Tron (1982)

Título Original: Tron
Direção: Steven Lisberger
Roteiro: Steven Lisberger e Bonnie MacBird
País: EUA

Mais oitentera! Amo os anos 80.

Tron é curioso pois é uma ideia pouco trabalhada até então: como de fato funciona uma máquina? E se por dentro dela, existissem homenzinhos trabalhando, para sempre ligados a essas funções?

O filme começa numa época onde existe um programa de computador que controla tudo chamado Master Control. Um hackerzinho famoso (Jeff Bridges) trabalhava na empresa do MC mas foi despedido pelos seus métodos. Então agora ele tem um amigo lá ainda que criou um programinha chamado Tron. E Tron deve ajudar a "liberdade da informação" e tirar tudo dos olhos do Big Brother, digamos. É engraçado que fica essa dúvida no ar "ok, como deve ser dentro de um computador?" e por isso os caras tinham uma liberdade absurda pra criar o que quisessem. O resultado foi ótimo, ficou tudo bem legal.

Plus, a história é legal e funciona muito bem.

Nota 9.2

Os Intocáveis (1987)

Título Original: The Untouchables
Direção: Brian de Palma
Roteiro: David Mamet, Eliot Ness e Oscar Fraley
País: EUA

And now for something completely different: arrumando falhas culturais.

Brian de Palma com Sean Connery, Kevin Costner, Andy Garcia e ninguém menos que De Niro interpretando Al Capone. Um daqules filmes onde os policiais bonzinhos se fodem e precisam burlar a lei para serem eficazes. Works like a charm. O

Os Intocáveis fala sobre a lei seca nos EUA e como, no começo desse período, famílias mafiosas de todos os lugares iniciaram sua dominação nas cidades. No filme, Al Capone já é todo-poderoso, diferente de como é retratado em Boardwalk Empire, um seriado (SENSACIONAL) da HBO que trata do mesmo assunto. Kevin é o policial bonzinho e é ajudado por Sean Connery, um old school que sabe como se deve lidar com esses mafiosos de hoje em dia. Eles botam Andy Garcia no meio e é aí que começa a caça aos gangsters.


Um daqueles filmes onde não tem nada errado. E é de mafia. Enough said.

Nota 9.4

Os Vigaristas (2008)

Título Original: The Brothers Bloom
Direção: Rian Johnson
Roteiro: Rian Johnson
País: EUA

Divertido.

Mark Ruffalo e Adrien Brody são irmãos e cresceram juntos, sem família próxima. Eles viviam de casa em casa, adotados. Mas desde lá, já roubavam e faziam de tudo pra enganar as pessoas e tirar lucro das situações. Ruffalo era o especialista em criar cenários enquanto Brody só seguia as instruções. Mas logo a consciência de Brody começa a pesar, ainda crianças, sobre "como é feio" enganar as pessoas. A forma como isso acontece é bem interessante.

Os dois estão numa nova cidade e Ruffalo já bola o seu plano. O primeiro passo consiste em Brody começar uma amizade com as crianças da praça. Bom, ele consegue e vive esse papel por uns dias, sendo quem, talvez, ele realmente quisesse ser. Então Brody lhes conta uma estória que um velho lhe contou sobre uma caverna e o tesouro nela escondido. Sobre como a caverna certa emitia uma luz peculiar. Mas para saber o exato local da caverna, o velho pediu 30 dólares. Então as crianças fazem uma vaquinha e dão o dinheiro para Brody dar para o velho. Brody então leva todas as crianças para uma tal floresta onde deveria estar a caverna. Ruffalo, dentro da caverna, emite a luz e todos os pequenos ficam emocionados e cheios de esperança. Nesse momento, correndo em direção a caverna, até Brody cai na fantasia e se empolga como os outros. Mas logo se lembra que é uma farsa e não existe tesouro.

Os Vigaristas fala bastante sobre isso. Enganar e manipular. Os irmãos crescem mas Brody chega no seu limite. Ele concorda em dar seu último truque, numa milionária muito louca chamada Penelope (Rachel Weisz). E, bom, é claro que um se apaixona pelo outro e dá muita merda e ninguém sabe em quem confiar.

Vi um comentário sobre o filme agora há pouco e infelizmente é daqueles que você não consegue "desver." Os Vigaristas tenta muito ser Wes Anderson. Mas né. Enfim, recomendo para fãs.

Nota 7.4

Irmãos de Sangue (2009)

Título Original: Leaves of Grass
Direção: Tim Blake Nelson
Roteiro: Tim Blake Nelson
País: EUA

Pelo cartaz já dá pra ver porque eu queria ver esse filme. Edward Norton e Edward Norton.

Em Irmãos de Sangue, ele faz dois irmãos gêmeos (duh). Um deles é um redneck traficante de maconha de Oklahoma e o outro é um professor de filosofia moderna numa universidade chique de NYC. Eles cresceram numa família hippie e isso claramente não agradou muito um deles que se mandou logo que teve a chance. O outro ficou por lá mesmo. Aí, claro, o filme fala sobre o reencontro dos dois, após (naturalmente) o criminoso pedir ajuda pro outro por causa de umas merdas aí.

Irmãos de Sangue é daqueles filmes que te deixa pensando "até onde você aguenta sua família?", haha. Ou o que você faria por ela. O filme me surpreendeu um pouco pois achei que ia ser só uma comédia nada demais mas tem umas cenas bem emocionantes perto do final. Manly tears stuff, o que meio me lembrou de Na Mira do Chefe. Mas fica por aí.

Nota 7.3

O Orfanato (2007)

Título Original: El Orfanato
Direção: Juan Antonio Bayona
Roteiro: Sergio G. Sánchez
País: México / Espanha

Ótimo suspense.

Laura cresceu num orfanato com várias outras crianças, até o dia em que foi adotada por uma família feliz. Muitos anos depois, ela já casada decide voltar e criar seu próprio orfanato lá, para crianças incapacitadas. Mas o filho dela, autista com alguns amigos imaginários, começa a ter visões das antigas crianças que moravam lá e, depois de alguns dias na casa nova, desaparece por muitos meses. Então o filme mostra Laura atrás do filho.

Gostei de O Orfanato pois ele é tenso e bem assustador e isso que procuro num suspense. Also, o plot twist do final (inerente a todo suspense) me surpreendeu de tão simples e funciona perfeitamente.

Nota 8.5

O Escritor Fantasma (2010)

Título Original: The Ghost Writer
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski baseado em livro de Robert Harris
País: França / Alemanha / UK


Você deve saber o que é um escritor fantasma. O wikipedia resume bem: um escritor profissional que é pago para escrever livros, matérias, blá, creditados à outra pessoa. Nesse filme, Ewan McGregor é contratado para ser o escritor fantasma de Pierce Brosnan, um político importatíssimo da UK. Mas, claro, o ex-escritor fantasma do cara se matou (ou não) e Ewan logo percebe que se meteu numa baita merda, que Pierce é um war criminal, etc.

Ao todo, O Escritor Fantasma é muito bem trabalhado. E o plot twist do final não é absurdo e caiu muito bem. Um ótimo suspense!

Nota 8

Há Tanto Tempo que te Amo (2008)

Título Original: Il y a longtemps que je t'aime
Direção: Philippe Claudel
Roteiro: Philippe Claudel
País: França / Alemanha

Drama francês que vi num cineclube esses dias.

O filme fala sobre Juliette, uma mulher que acabou de sair da cadeia depois de passar 15 anos lá. Ela só tem a sua irmã de família e depende totalmente dela para voltar para a sociedade. Então Juliette passa a morar com a irmã, junto com seu marido, um filho criança e o pai do marido. O filme demora bastante pra contar porque de fato ela ficou presa por tanto tempo e isso é um de seus pontos mais fortes. Outra coisa que me agradou bastante foi Juliette ter pequenos surtos de paciência, o que me deixou pensando que ela poderia matar todo mundo a qualquer momento, haha. Mas logo percebemos que ela, realmente, só está tentando voltar ao normal e esquecer tudo que já lhe aconteceu.

Bem legal.

Nota 7.8

Uma Noite Fora de Série (2010)

Título Original: Date Night
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Josh Klausner
País: EUA

Uma esperada e decepcionante comédia.

Como vocês devem saber, sou um grande fã dos seriados desse casal aí de cima. 30 Rock, criação da genial Tina Fey, e The Office, de Ricky Gervais (GOSTO DAS DUAS VERSÕES, OK). Então Date Night deveria ser ótimo, pois esses dois são excelentes atores na área cômica. Pode até ser, mas eles escrevem melhor.

Se você nunca viu o trailer desse filme e não faz ideia da estória, lá vai: Tina Fey e Steve Carell (duh) são casados faz tempo e chegaram naquele ponto onde é tudo a mesma coisa sempre. Rotina, falta de originalidade e inovação. Pensam aquelas clássicas "devo me sentir mal por me sentir assim? mas e se não melhorar?" enfim. Então um dia eles resolvem ir em um restaurante chique, só por ir e tentar ser diferente. Claro, estava tudo lotado e eles não haviam marcado hora. Eles ficam no bar por um tempo e escutam alguém do restaurante chamar pelo casal fulano, que aparentemente não está pois não responde. Por impulso, Steve alega que eles são o casal fulano. E assim eles tem o seu jantar incomum e espontâneo, onde, claro, dá muita merda. Turns out o casal fulano é procurado por uns criminosos e muita coisa dá errada a partir daí.

Um dos pontos fortes do filme são as participações especiais. Mila Kunis, James Franco, Leighton Meester!!! (que bizarro vê-la de jeans e roupas normais haha), Mark Wahlberg... Mas o Date Night é fraquinho, sim.

Nota 7

GLOBO DE OURO 2011 - Os Indicados

E lá vamos outro ano comentar o GG!


MELHOR FILME - DRAMA

Cisne Negro: O filme que mais espero entre os três que não vi dessa lista, sem dúvida alguma. Mila Kunis, Natalie Portman, Darren Aronofsky, Vincent Cassel... CERTAMENTE VAI SER UM FILME EXCELENTE.

A Origem: Apesar de ter gostado muito, não creio que tenha boas chances de ganhar melhor drama. Muito ousado?

A Rede Social: Outro forte concorrente. Não ficaria triste se ganhasse. BAITA FILME.

O Vencedor: Ainda não saiu. História real de um boxeador (Mark Wahlberg) e seu treinador (Christian Bale) nos anos 80. Promete.

O Discurso do Rei: O filme com mais indicações ao GG 2011. Sete. Bom, Colin Firth, Inglaterra e tudo mais. Ruim não deve ser.


MELHOR FILME - MUSICAL OU COMÉDIA

Alice no País das Maravilhas: Passo. Espero que não ganhe.

Burlesque: Musical com Christina Aguilera e Cher. Só vendo.

Minhas Mães e Meu Pai: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Annette Bening. Count me in.

RED: Filme de ação muito lolco que tá por aí. Ainda não vi.

O Turista: Johnny Depp + Angelina Jolie. Não sabia que era um filme de comédia, lol.


MELHOR ATOR - DRAMA

Jesse Eisenberg, A Rede Social: JÁ GANHOU, JÁ GANHOU! Brincadeira. Adoro o ator e o "personagem" foi perfeito pra ele. Torço muito.

Colin Firth, O Discurso do Rei: Só vendo.

James Franco, 127 Hours: Filme novo do Danny Boyle sobre um escalador de montanhas que se fode e se vira pra sobreviver. E COM O JAMES FRANCO?! Quero muito ver!

Ryan Gosling, Blue Valentine: Huh. O único indicado dessa categoria onde o filme não foi baseado numa história real. Gosto do ator e já ouvi bastante desse filme.

Mark Wahlberg, O Vencedor: Só vendo. [2]


MELHOR ATRIZ - DRAMA

Halle Berry, Frank and Alice: Drama sobre multiple personality disorder. Não gosto muito da atriz, mas só vendo.

Nicole Kidman, Rabbit Hole: A vida de um casal é abalada pela morte do filho num acidente. Promete.

Jennifer Lawrence, Winter's Bone: Thriller/suspense sobre uma guria que vai atrás do pai drogado. Huh, curioso, essa Jennifer é uma guria nova e uma das protagonistas de Vidas que se Cruzam. E já foi indicada pra um GG, atta girl.

Natalie Portman, Cisne Negro: JÁ GANHOU, JÁ GANHOU! OK, OK, depois de ver o filme, eu comento.

Michelle Williams, Blue Valentine: Adoro a atriz. Aliás, todo mundo deveria ver Mammoth.


MELHOR ATOR - MUSICAL OU COMÉDIA

Johnny Depp, O Turista: Meh. Mas pelo menos deve ser melhor do que Alice.

Johnny Depp de novo, Alice no País das Maravilhas: Cheater! Improvável ele ganhar por esse filme, talvez só pelo Turista mesmo...

Paul Giamatti, Barney's Version: Paul Giamatti FTW! Verei esse filme asap.

Jake Gyllenhaal, O Amor e Outras Drogas: Tenho certeza que todo mundo vai tá torcendo por ele, mas não acho que vá ganhar, não importa o quão bom o filme seja. Mas né. Ele com Anne Hathaway é muito amor.

Kevin Spacey, Casino Jack: Kevin Spacey!!! Merece um cartaz aqui do lado. Verei asap e é meu ator favorito dessa categoria.


MELHOR ATRIZ - COMÉDIA OU MUSICAL

Annette Bening e Julianne Moore, Minhas Mães e Meu Pai: Mais gente cheatando. Creio que alguma delas ganhe. Mas torço pra Julianne pois Annette já ganhou GG antes.

Anne Hathaway, O Amor e Outras Drogas: AMOR. Mas improvável.

Angelina Jolie, O Turista: Só vendo...

Emma Stone, Easy A: OMG PARA TUDO! TO MUITO FELIZ POR ELA, EU NÃO FAZIA IDEIA! Seria tão legal se ela ganhasse, tenho certeza que vai tá todo mundo torcendo. Mas certo que vão dar o prêmio pra alguém mais experiente.


MELHOR ATOR COADJUVANTE


Christian Bale, O Vencedor: Ganhou um zilhão de fãs a mais depois de Batman, mas creio que possua boas chances de ganhar.

Michael Douglas, Wall Street: Eh... Sure, why not?

Andrew Garfield, A Rede Social: JÁ GANHOU, JÁ GANHOU! Vou torcer pra ele com força!

Jeremy Renner, The Town: WTF, isso ganhou indicação ao GG? Agora vou ter que ver... Pelo menos é o cara do Guerra ao Terror, gosto dele.

Geoffrey Rush, O Discurso do Rei: Adoro o ator, é provável que ganhe.


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Amy Adams e Melissa Leo, O Vencedor: Mais cheaters. Meh. Gosto bastante da Amy Adams.

Helena Boham Carter, O Discurso do Rei: Todo mundo vai torcer pra ela e eu gosto da atriz. Mas...

Mila Kunis, Cisne Negro: AQUELA LINDA. Vou torcer pra ela sem dúvidas.

Jacki Weaver, Animal Kingdom: WTF. Filme sobre uma família envolvida no crime. Jacki é a mãe, pelo jeito. Pior que o filme não parece ruim...


MELHOR DIREÇÃO

Cisne Negro, A Rede Social, O Discurso do Rei (que cartaz feio), A Origem e O Vencedor: Vai ser tenso. Voto no Darren por Cisne mas não ficaria triste se o Fincher ganhasse pela Rede. Nolan não deve ganhar e os outros dois só se o filme realmente for muito bom, coisa que eu não duvido nada.


MELHOR ROTEIRO

127 Hours, A Origem, Minhas Mães e Meu Pai, O Discurso do Rei e A Rede Social: Torço pela Rede Social mas não creio que vá ganhar. MMMP e Inception também não. Resta os dois que não vi...


MELHOR TRILHA SONORA

127 Hours, Alice no País das Maravilhas, A Origem, O Discurso do Rei e A Rede Social: Inception (Hans Zimmer aka Deus) ou A Rede Social (Trent Reznor) PRECISAM ganhar! Depende da de 127, mas vou torcer pra esses dois quase certo.


MELHOR ANIMAÇÃO

Meu Malvado Favorito, Como Treinar o seu Dragão, L'illusionniste, Tangled e Toy Story 3: Só vi TS3 mas seria legal se esse francês ganhasse, lol. Tenho que ver os outros...


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Biutiful: Faço questão de comentar essa categoria pois acho uma das mais relevantes. Já começamos com esse puta indicado aqui, aka novo filme do DEUS Iñárritu. Filme mexicano com Javier Bardem. DEVE. SER. MUITO. BOM.

Le Concert: Dramédia francesa sobre música clássica.

Kray: Filme russo de aventura sobre o final da segunda guerra. PORRA! Deve ser foda!

Io sono l'amore: FILME ITALIANO COM A TILDA SWINTON! E olha esse cartaz, que troço bem foda! Can't fucking wait.

Haeven: Drama dinamarquês, nada mais para falar. Não tenho dúvidas de que foi bem feito e deve ser ótimo.



Bom, era isso. No meu outro blog, vou comentar sobre as indicações de seriados. O GLOBO DE OURO 2011 é dia 16 de Janeiro e PUTZ FALTA UM MÊS E DOIS DIAS!

Preciso. Ver. Filmes.

O Mensageiro (2009)

Título Original: The Messenger
Direção: Oren Moverman
Roteiro: Alessando Camon e Oren Moverman
País: EUA

Nada como ver um filme sem saber da sinopse e se surpreender com sua originalidade.

Sabe quando um cara, na guerra, morre e normalmente algum amigo dele vai na sua casa dar a má notícia para a família? E se o fulano não tiver nenhum amigo no exército? Então eles enviam os mensageiros, gente de lá que tem isso como trabalho. Não é algo digno. As pessoas te xingam, culpam os militares, as guerras desnecessárias... Alguns aceitam de boa. Mas se você tem um parente militar que foi pra guerra, nunca é bom, do nada, quando outros militares visitam.

Como mostra o cartaz do filme, Ben Foster (ele fez o Arcanjo em X-Men III mas gosto muito dele pelo seriado Six Feet Under) e Woody Harrelson são os mensageiros da vez. Ben já foi pra guerra, perdeu muitos amigos lá e não tem família nos EUA. Ele, assim como vários jovens americanos que "já viram a face do terror" é meio psicótico e perturbado psicologicamente. Mas ele ainda tem um bom coração. Ele logo é aproximado por Woody sobre o novo trabalho. E Ben não é muito um cara tipo "siga o protocolo e vai dar tudo certo", ele é mais humano do que isso. Tanto que devolve uma atração por uma recente viúva, Samantha Morton. Ben é muito retraído mas com o passar do filme, claro, sua relação com Woody cresce e tudo mais.

Gostei bastante.

Nota 8.7

O Livro de Eli (2010)

Título Original: The Book of Eli
Direção: Albert e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
País: EUA

Não gosto de falar muito sobre filme que não gostei, então serei breve.

Denzel Washigton. Gary Oldman. Mila Kunis. Pós-apocalipse. E A BÍBLIA.

Resumi o filme. Não vejam, se quiserem distopia boa e recente, assistam A Estrada.


Nota 5

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (2010)

Título Original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Direção: David Yates
Roteiro: Steve Kloves baseado em livro de J.K. Rowling.
País: UK / USA

Tudo acaba aqui, como diz o cartaz.

Vi a maioria dos filmes de HP somente uma vez (principalmente, por algum motivo, os últimos) e, por isso, eu não lembrava de quase nada, quando HP7 começou. Então vou recapitular o principal: em HP6, descobrimos que Voldemort repartiu sua alma em sete e escondeu os pedaços em diversos objetos. E para matá-lo, só destruindo esses troços (Horcrux) antes. Então os bonzinhos estão tipo procurando as esferas do dragão, pois ninguém sabe onde as Horcruxes estão. Also, como Dumbledore morreu no filme anterior, os malvados tomaram conta do pedaço. Ou seja, "todo mundo" está atrás de HP.

Assim sendo, HP e seus amigos passam o filme inteiro fugindo e se escondendo. O que me deixou pensando, no começo do filme. Senti falta de quando os filmes eram todos em Hogwarts e as descobertas legais eram coisas como ter aula de tal coisa ou que existem feitiços para fazer aquilo. Deu saudade de quando os nossos três protagonistas eram assim. E depois então eu pensei: NOT. OK, brincadeira. Acontece que, assim como na vida, seja pro bem ou pro mal, tudo muda. E às vezes shit gets real. E é o que acontece nesse HP7.

O filme conseguiu me passar muito bem a sensação pessimista de... solidão e desesperança que os personagens passam. Tanto que minha cena favorita foi quando Harry e Hermione dançam sozinhos dentro de uma barraca, ouvindo alguma música do rádio. Nessa parte, o Ron não está com eles, pois eles tinham brigado e a Hermione principalmente estava bastante chateada. Então, no meio de um monte de merda e de uma música bonita no rádio, ele pede a mão dela para uma dança. Ela aceita mas demora um pouco pra se separar dos problemas. Até que, enfim, aproveita. Mesmo que tudo esteja ruim lá fora, e pode ser inclusive que a gente morra amanhã, mas agora, nesse instante, temos esse momento e podemos dançar. Então why not? Enjoy.


Claro, HP7 tem muito mais do que isso, tem até várias cenas hilárias, o que eu não estava esperando, por se tratar de uma parte tão séria da estória. Enfim, só me resta uma coisa a dizer. QUE VENHA A ÚLTIMA PARTE!

Nota 8.8

O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus (2009)

Título Original: The Imaginarium of Doctor Parnassus
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Terry Gilliam e Charles McKeown
País: UK / Canadá / França

O famoso último filme de Heath Ledger, dirigido por Terry Gilliam. Mas muito mais do que isso.

Doutor Parnassus fez um dia um trato com o Diabo. Ele queria imortalidade e, em troca, o Diabo tomaria seu yet-to-be-born filho ou filha quando este chegar aos 16 anos. Então falta pouco para o prazo e o Doutor começa a se arrepender. Ele aumenta a aposta e diz que vai lhe dar cinco almas, caso o Diabo desista da menina (Lily Cole). O Diabo aceita.

O Doutor Parnassus, atualmente, é dono de um circo móvel. A tropa consta dele, sua filha, Anton (Andrew Garfield) e Percy (o mini-me). Na atração deles, eles levam um voluntário para o Imaginário. É literalmente o lugar dos sonhos da pessoa, onde ela pode ser tudo que quiser, onde e como quiser. Pouco tempo depois, numa noite qualquer em Londres, eles encontram um jovem semi-morto (enforcado) numa ponte chamado Tony. Ele simpatiza com a turma (e a Lily Cole com ele) e vira o novo do grupo.

Tony eventualmente entra no Imaginário e adivinha? Lá, ele não é ele mesmo. Ele é Jude Law! Ou Johnny Depp! Ou Colin Farrell! Assim conseguiram terminar o filme, visto que o Heath morreu no meio das filmagens.


Bonito, criativo, diferente. VEJAM! Also, O Diabo = Tom Waits.

Nota 9

Karatê Kid (2010)

Título Original: The Karate Kid
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey baseado em estória de Robert Mark Kamen
País: EUA / China

OK. Eu devo ter visto o filme original nos anos 90 alguma vez, mas não lembro de nada. Então não vou comparar.

Todo mundo já sabe do que se trata, mas vamos lá. Jaden Smith (sim, o filho do Will Smith!) é um guri novo e se muda com sua mãe dos EUA para a China. Oportunidade de trabalho, sacumé. Bom. Jaden detesta toda essa mudança. Ele acha uma menina bonita na escola mas começa a sofrer bullying de uns idiotas. E como todo chinês (not), eles manjam de artes marciais. Então Jaden conhece Jackie Chan, o tiozinho quieto e misterioso. Que, também, naturalmente, sabe kung fu (mas não é karate kid?) e resolve ensinar o nosso protagonista.

O novo Karatê Kid ficou bem legal. Deu pra curtir numa boa, tá tudo modernizado e contemporâneo. Creio que era esse o objetivo do remake. Aprovei.

Nota 7.7

Invictus (2009)

Título Original: Invictus
Direção: Clint Eastwood

Roteiro: Anthony Peckham baseado em livro de John Carlin

País: EUA


Motivos não faltavam pra ver esse filme. Dirigido por Clint Eastwood (OK, nem preciso continuar a lista). Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela. Rugby na África do Sul. Pois é.

Eis um fato que você não sabia: o time de rugby da África do Sul foi campeão mundial em 1995. Pois foi. Matt Damon (wut) faz François Pienaar, o capitão do time, e é uma pessoa relativamente normal. Mandela, o novo presidente do país, nota que a África do Sul ainda está frágil, afinal o apartheid tinha acabado logo ali, e resolve usar o esporte para unir o povo. Então ele cria uma relação direta com François e os dois ficam encarregados de, bem, deixar todo mundo com orgulho de ser sul-africano.


Enfim, Invictus é muito bom. Obrigatório para fãs de filmes sobre esporte.

Minha cara no final:

MANLY FUCKING TEARS.

Nota 9.2

Os Mercenários (2010)

Título Original: The Expendables
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Sylvester Stallone e Dave Callaham
País: EUA

Fuck yeah, filme de ação bem feito.

Grupo de fodões é contratado por um cara para tirar um ditador do poder, em alguma ilha misteriosa da América do Sul. Não se precisa saber mais do que isso. O que você precisa saber é que Os Mercenários cumprem o que prometem. Logo na primeira cena de violência já se nota isso: ação pra macho.

Also, você vai cagar nas calças na cena da igreja.

Nota 8

Entre Irmãos (2009)

Título Original: Brothers
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: David Benioff baseado em filme de Susanne Bier e Anders Thomas Jansen
País: EUA

Bom drama.

É aquela clássica história: Sam (Tobey Maguire) vai pra guerra e deixa sua esposa (Natalie Portman) com as filhas. Dá merda lá e ele fica supostamente morto. Ela move on e se envolve com o Tommy (Jake Gyllenhaal), irmão do marido. Então Sam volta.

As atuações (dos três) são o melhor do filme, sem dúvida. Entre Irmãos realmente só começa quando Tobey volta da guerra. Diferente. Ele fica mais frio and all that jazz. A cena do jantar em família, no aniversário de uma das filhas, é tensa demais e muito boa. Also, vi uma entrevista com o Tobey um dia e mostraram uma das cenas que ele surta. Ele ficou muito hesitante em comentar a respeito, pois é aquele tipo de coisa, onde tu precisa buscar sentimentos e vontades do teu lado negro, digamos. Respeitei muito ele por isso, não é uma cena normal.


Nota 8


BTW, tenho pulado um monte de filmes aqui no blog. Alguns estou esperando estrear no cinema, outros não postei ainda por preguiça mesmo. Dois próximos posts: Karate Kid (o novo) e Invictus. Próximo filme que vou ver: The Book of Eli. Se já viu algum dos três, feel free to comment.

A Ressaca (2010)

Título Original: Hot Tub Time Machine
Direção: Steve Pink
Roteiro: Josh Heald, Sean Anders e John Morris
País: EUA

OK, primeiro de tudo, todo mundo sabe que esse título (A Ressaca) deveria ser dado para The Hangover e não pra esse filme, né. Isso não faz sentido. Aliás, The Hangover + De Volta Para o Futuro = Hot Tube Time Machine. Sei que não posso de fato fazer essa análise, mas, oh well, se você já viu esses três filmes, sabe que é verdade.

A Ressaca reúne um quarteto legal pra uma comédia. Craig Robinson (The Office), o guri Clark Duke (Sex Drive, Kick-Ass), John Cusack (duh) e o comediante que quase ninguém conhecia (aka o Zach Galifianakis desse filme) Rob Corddry (que, como sendo o porra louca, é o mais engraçado). OK, a plot: Esse grupo de amigos - though not really - vão para o resort que costumava ser o partying place deles back in the day. Então no meio de muita bebida e uma ~banheira mágica~, eles voltam para os anos 80. E, quando percebem o que aconteceu, surgem aquele dilema: se eu fizer algo diferente aqui, vai mudar o meu futuro? Eles decidem curtir a vida, lá mesmo, e é a melhor parte.

O filme é bem divertido. Deu pra rir bastante. Also, não recomendo ver o trailer, pois assim como na maioria das comédias atuais, quase todas melhores cenas estão lá.

Nota 7.9

Nine (2009)

Título Original: Nine
Direção: Rob Marshall
Roteiro: Michael Tolkin e Anthony Minghella baseado em musical da Broadway por Arthur Kopit e Maury Yeston
País: EUA / Itália

Ótimo musical.

Daniel Day-Lewis, um dos melhores atores dos últimos tempos, FATO, faz um diretor em crise. Após oito filmes de sucesso (sendo os mais recentes destruídos pela crítica), ele está mais confuso e sem foco do que nunca. Parte disso é por causa da grande influência que as mulheres de sua vida tem. A esposa (Marion Cotillard), amante (Penelope Cruz), atriz favorita de seus filmes (Nicole Kidman), mentora (Judi Dench) e mãe (Sophia Loren). Pois é, só nome de peso. Todas as atuações (e danças e músicas) são excelentes.

Recomendo!

Nota 8.5

A Estrada (2009)

Título Original: The Road
Direção: John Hillcoat
Roteiro: Joe Penhall baseado em livro de Cormac McCarthy
País: EUA

Ótimo.

Viggo Mortensen e seu filho vivem num mundo pós-apocalíptico. De alguma forma, "o planeta morreu" e agora é tudo cinza, nada é natural e é cada um por si. E A Estrada nos mostra como eles sobrevivem no meio desses problemas como falta de comida e gangues canibais.

O fato mais interessante, sem dúvida, desse filme é o quanto a moralidade dos personagens é... relativa. Se no meio desse mundo sem nada, você encontra um cara suspeito? E se você tiver uma arma melhor que a dele? E se ele tiver um casaco mais quente? Viggo diz o filme inteiro que eles são os good guys mas com o passar do tempo o filho começa a se questionar sobre isso.

A Estrada é muito bom. Triste e cru. E possui um final inesperado e épico. Vejam.

Nota 8.9

A Origem (2010)

Título Original: Inception
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
País: EUA

Outro dos filmes mais esperados do ano. Não decepciona at all!

Leonado DiCaprio e JGL são extratores. Um extrator é contratado para invadir a mente de uma pessoa enquanto ela dorme para obter informações importantes. Mas Leo, diferente de JGL, tá longe de ser "perfeito." Ele mora longe de sua família pois foi acusado falsamente de ter matado sua mulher. Então surge uma oportunidade de trabalho para umas pessoas muito poderosas que podem mexer vários pauzinhos e ajudá-lo na reunião da família Cobb.

Mas o trabalho de Leo e JGL (e do grupo que eles reunem) não é nada fácil. Conseguir informação da mente de alguém é tranquilo, claro, mas o que Ken Watanabe quer é inserir uma ideia na cabeça de Cillian Murphy. Inserção, nesse meio, é considerado como lenda urbana. Mas Leo é muito confiante e aceita o trabalho.


Uma dos aspectos que mais me agradou em A Origem foi a conversa toda sobre sonhos, conspirações e "outras realidades." Lembrou muito de Matrix e Waking Life, dois filmes épicos. Mais um aspecto: efeitos especiais. Só dois em particular, sendo que um nem é tanto. Bom, o, praticamente, sonho inteiro de JGL sozinho no hotel e as lutas com a gravidade fodida. O segundo são os slow motions da câmera que foram muito bem usados (fica a dica, Zack Snyder). E, claro, o motivo principal de A Origem ser tão bom é o roteiro e direção. Tudo pode não ser extremamente original (como dizem os haters) mas é muito, muito bem feito. Épico, tenso e manly tears. Não é preciso mais nada.

Nota 9.6

Kick-Ass - Quebrando Tudo (2010)

Título Original: Kick-Ass
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Matthew Vaughn e Jane Goldman baseado em HQ de Mark Millar e John Romita Jr.
País: EUA

Um dos filmes mais esperados do ano. Não vi no cinema porque minha cidade é uma merda. Also, antes de mais nada, digo que foi impossível pra mim não comparar o filme com a HQ. Sou grande fã dela e já sabia de várias mudanças que o filme traria. Poucas me agradavam. Mas me surpreendi. Enfim..

"Sempre me perguntei porque ninguém fez antes de mim. Digo, com todos aqueles filmes baseados em HQs e seriados, dá pra imaginar que pelo menos um ecêntrico solitário faria um uniforme pra ele. A vida cotidiana é tão empolgante assim? Colégios e escritórios são assim tão legais que somente eu fantasio sobre isso? Fala sério, seja sincero. Todo mundo já pensou em ser um super-herói em algum momento de sua vida." Eu sei que eu já. E é assim que Kick-Ass, tanto o filme como a HQ, começa.

Acho que todo mundo já conhece a história. Dave, a nerd with a golden heart, percebe que ninguém precisa de super-poderes para ajudar os necessitados. Então ele resolve inventar um super-herói e enfrentar bad guys pelas ruas. Ele acaba ficando muito famoso. And then shit gets real. Surgem novos mascarados épicos, muita gente morre, máfia, you name it. E então Dave precisa lidar com as consequências.


OK, OK, vamos fazer uma lista. Vantagens do filme: o fucking jetpack. Dave falar que não pode morrer sem saber o fim de Lost. Algumas piadas sobre quando Dave era o gay BFF da mocinha. Quase tudo da Hit-Girl que não tem na HQ. A cena Watchmen da segunda luta de Kick-Ass (gente que assiste os horrores e não faz fucking nada). O sequestro de Kick-Ass ao vivo na TV.

Vantagens da HQ: antes de mais nada, ele não pega a fucking mocinha. Dave sempre foi, e sempre será, um loser. Um final com ela é patético. A morte do Big Daddy. A verdade sobre Big Daddy e Hit Girl. A última cena da HQ ("você pode ver nos jornais de amanhã"). O plot twist do Red Mist.

Bom, não preciso de mais. Sim, o filme tem cenas inéditas muito boas, mas algumas fundamentais da HQ são completamente inexistentes no longa. O que, pra mim, prova que a HQ é muito superior. Kick-Ass não deixa de ser um filme muito divertido. Mas como adaptação..

Nota do filme se não existisse a HQ: 9.2
Nota do filme como adaptação: 4.0
Nota da HQ: 9.9

E mais duas coisas: Se você gostou mais do filme do que da HQ, você é idiota e não merece meu respeito. E se você não leu nem viu ainda, LEIA ANTES. Depois veja o filme e tire suas próprias conclusões.

Alice no País das Maravilhas (2010)

Título Original: Alice in Wonderland
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton baseada em livros de Lewis Carroll
País: EUA

Um dos filmes mais esperados do ano. Mas que decepcionou todo mundo.

OK, se você procura uma versão "live action" daquele desenho da Alice da Disney que todo mundo conhece, pode tirar o cavalinho da chuva. Eu, particularmente, nunca li Alice nem a sua continuação. Mas pelo que eu ouvi falar, esse filme é baseado no segundo livro. Se ficou fiel eu não sei, mas eu não achei a história ruim. I mean, se é feita pelo mesmo cara, how bad can it be? Fiquei muito curioso pra ler o segundo livro. Lerei eventualmente.

Ah, e o filme é "visualmente bonito." O que isso quer dizer, afinal? Quanto mais artificial, melhor? Por vezes fiquei irritado e tudo que eu queria era uma cena dentro de uma casa, com o menor número de efeitos especiais possíveis. Enfim, funciona. Até ali. Um ponto bom do filme é a Alice mesmo. Ela ficou ótima.

Alice no País das Maravilhas é decente. That's it.


Nota 6.3

Esquadrão Classe A (2010)

Título Original: The A Team
Direção: Joe Carnahan
Roteiro: Joe Carnahan, Brian Bloom e Skip Woods baseado em seriado de Fran Lupo e Stephen J. Canell
País: EUA


Esquadrão Classe A, The Losers, Os Mercenários.. Uma das modas atuais é fazer filme de ação com muitos protagonistas fodões. Seja a história baseada em HQ, seriado, ou algo original mesmo. Já vi dois dos três filmes citados e admito que eles me divertem.

Nesse caso, nos é mostrada o convívio de um grupo de quatro pessoas do exército: pelos apelidos, Hannibal (Liam Neeson), Face (Bradley Cooper), B. A. Baracus (versão atual de Mr. T) e Murdock (protagonista de Distrito 9, um porra louca do hospício mas que manja muito). Eles começam tudo de boa mas merda acontece e eles acabam culpados por algo que não fizeram. Então o resto da históra nos conta como é a sua vingança. Basicamente.

Os atores ficaram ótimos. Bradley perfeito para o papel, sendo o charlatão com lábia infinita. Neeson também, experiente, badass e sensato. Mr. T junior, bem... Ele é o fucking Mr. T. E o Murdock é uma excelente surpresa, o personagem mais engraçado. A mocinha (interesse romântico de Bradley - e quem mais?), Jessica Biel, é decente. O papel dela é mazomenos.

Esquadrão Classe A é aquele tipo de ação que se desliga o cérebro antes de ver (alguma ação não é assim?) mas a comédia é perfeitamente medida, o que deixa tudo muito divertido e você simplesmente curte e enjoy the ride.

Nota 7.6

Príncipe da Persia: As Areias do Tempo (2010)

Título Original: Prince of Persia: The Sands of Time
Direção: Mike Newell
Roteiro: Boaz Yakin, Doug Miro e Carlo Bernand baseados em jogos de video game
País: EUA


Nunca joguei Prince of Persia, então não sei se é uma boa adaptação. Eu vi um filme decente.

Jake é um moleque pobre que é adotado pela realeza pela sua honestidade. Ele sempre foi sincero e simpático, mas alguns de seus irmãos não gostavam disso. Então ele é culpado pela morte do Rei (pai deles) e vira fugitivo. E descobre uma adaga que permite voltar no tempo..

Meh. Jake tá bem, a princessa é OK, Alfred Molina e Ben Kingsley estão legais.

Nota 6.6

Na Natureza Selvagem (2007)

Título Original: Into the Wild
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn baseado em livro de Jon Krakauer
País: EUA



O que é liberdade pra você? Ter um dia livre pra fazer o que quiser? Férias? O horário de almoço no trabalho? Matar aula? Saber que você pode ir pra rodoviária e viajar pra qualquer lugar do país e, se quiser, não avisar ninguém? Agir como se não estivessem olhando? Fazer um inesperado mochilão sozinho, com o total desligamento da sociedade e sua fixação por futilidades como materialismo e consumismo? Pois pra Chris McCandless, ultimate freedom era exatamente essa última opção. "A vida é mais do que relações pessoais." E foi isso que ele fez.

Chris McCandless (Emile Hirsch) é um inteligente e curioso estudante de West Virginia. Ele não é como a maioria dos seus colegas; não se importa muito com, digamos, ter um carro novo ou ser descolado. Ele prefere a companhia dos seus livros, personagens e citações pertinentes que menciona em diversos momentos. Ele, porém, é muito próximo de sua irmã (Jena Malone) e junto dela teve uma infância e pré-adolescência.. perturbada. O pai (William Hurt) trabalhava pra NASA e, pelas suas inovações, ganhava muito dinheiro, algo que deixava a família sempre querendo mais. Um aposento a mais na casa, um aparelho mais moderno e tecnológico. Então, num dia qualquer, Chris finalmente se forma no colégio. Ele tem mais 24 mil dólares guardados pra faculdade. Mas ele resolve doar tudo e fazer um mochilão, a pé, até o Alaska, sozinho e sem avisar ninguém.

Na Natureza Selvagem mostra sua jornada (real) de mais de um ano até seu destino. Grande parte da graça dela, claro, está nas pessoas que conhecem nessa aventura. Muitos atores legais fazem esses coadjuvantes, como Vince Vaughn, Zach Galifianakis, Catherine Keener e (lol) Kristen Stewart. A outra parte da graça está em tudo que ele vivencia sozinho. Paisagens lindíssimas, lugares onde não se vê nenhuma outra pessoas em muitos e muitos quilômetros. Sem muita tecnologia e conveniências sociais (por opção, claro), ele vive, no meio da natureza. Mata e come animais da floresta, sente o mesmo calor do fogo mas com uma satisfação completamente inédita quando faz, com sucesso, uma fogueira. Tudo tem um sabor diferente (e não falo só sobre comida) quando feito pelas próprias mãos, sem auxílio ou supervisão de alguém. Tudo é uma pequena conquista.


Fazia um bom tempo que eu não via um filme com tantas cenas tão emocionantes. Sean Penn como diretor fez um trabalho sensacional. Sei que o crédito deve ir praticamente quase todo para o livro, mas o filme também tem o seu. Ainda mais em uma obra assim. Quão bem palavras podem descrever um lugar assim? A trilha sonora também é excelente, toda composta por Eddie Vedder. Enfim, é tudo sensacional. Quero muito ler o livro. E vejam o filme. It will make you wonder.


Não é muito relevante, mas é algo que quero comentar e me lembrei durante a minha segunda vez vendo Na Natureza Selvagem. Por certo lado, eu concordo com o protagonista. Tenho certeza que não é só comigo que é frequente a vontade de abandonar tudo e quebrar essas correntes que nos prendem a esse nosso entediante e worthless estilo de vida atual. Vontade de, não sei, simplesmente desistir de qualquer tipo de contato com as outras pessoas. Mas, por outro lado, é disso que tudo se trata. Pessoas. Se não fossem elas, não existiria aquela arma pra você usa pra caçar, ou aquela música fantástica que você tanto gosta. As cenas mais emocionantes do filme, justamente, envolvem quem Chris conhece no caminho. E é daí que me veio uma citação de um outro filme (Antes do Amanhecer, do Richard Linklater) em mente. "Eu acredito que, se existe algum tipo de Deus, ele não estaria em mim, ou em você, mas sim no espaço entre nós. Se existe algum tipo de magia nesse mundo, ela está na tentativa de entender alguém enquanto compartilham algo. Eu sei que é praticamente impossível de acontecer, mas quem se importa? A resposta deve estar nas tentativas." E é exatamente por isso que você acorda todos os dias, vai pra rua, estudar ou trabalhar, e acaba conversando com outras pessoas. Essa tentativa. Talvez algo aconteça. Quem sabe?


Vou acabar o post com uma mudança de assunto. Uma das várias citações famosas que Chris usa. Quando perguntado pelos estranhos recentemente conhecidos sobre família e dinheiro, Chris citava Thoreau. "Antes de amor, dinheiro, fé, fama, justiça... dêem-me a verdade."

Nota 9.7

A Ponte (2006)

Título Original: The Bridge
Direção: Eric Steel
Roteiro: Eric Steel
País: EUA

Documentário sobre suicídio e a Golden Gate Bridge, que, até 2006, era onde mais pessoas se matavam por ano.

O filme cata relatos de famílias que já perderam um membro por causa disso. Um dos casos é de um guri que se jogou da ponte e não morreu. Outro é de um fotógrafo que estava pela ponte tirando fotos e notou uma mulher indo pra parte do lado da ponte, onde, bem, normalmente se veria técnicos arrumando algo or something. Na verdade, não é o lugar mais perigoso do mundo, dá pra ficar sentado até na parte do lado, dá pra ver bem isso no documentário. Mas se você vê uma pessoa normal ali, pode ter certeza que ela pretende pular. Ou está com muita vontade. Enfim, o fotógrafo viu a mulher ali e ficou tirando fotos dela. Ela contemplando e ele fotografando. Até que, enfim, ele percebeu o que estava acontecendo e foi impedir a mulher de pular.

Logo no começo de A Ponte, conversamos com uma mulher que presenciou um suicídio desses. Aí ela ficou com a dúvida na cabeça "será que isso acontece com muita frequência?" e foi perguntar pra um guarda marinho. "It happens all the time." Tanto que Eric Steel, o diretor, deixou a câmera gravando por dias sem parar. Capturou 23 suicídios.

Não sei se preciso dizer, mas esse foi um documentário polêmico. I mean, filmar ao invés de ajudar as pessoas? Esse, por exemplo, é um dos casos do filme (convenhamos, um jeito bem badass de pular). E, sim, essa é a foto de um suicídio real. É curioso que, em várias cenas onde tem pessoas andando nessa parte do lado da ponte que já mencionei, as outras pessoas seguem com seus dias normalmente caminhando pela calçada. "Hm, por que aquele cara está ali? Enfim, tenho outras coisas pra me preocupar." Tenho uma amiga que já presenciou alguém pulando de um prédio (em São Paulo) e, porra.. Assim como ela, eu não conseguiria não dar bola. E se o estranho conseguisse de fato se matar, eu ficaria profundamente perturbado.


Uma coisa que eu achei interessante, though, e por certo lado "positiva", é que muitos casos e famílias.. "suportaram" a decisão do suicida. Se alguém diz que quer se matar, todo mundo que gosta dele vai fazer de tudo pra que fulano não morra. Mas muita gente percebe que, para essas pessoas, viver é.. Bem, uma merda. Não o "vida de merda" que você pensa quando falta luz durante aquele trabalho que você tava fazendo ou quando fulana diz que só quer ser sua amiga. Dava pra notar, pelos relatos dos familiares, que nada fazia valer a pena, pros caras que se mataram. Então alguns sentiram certo alívio quando ficaram sabendo que tal pessoa se matou. "Ele foi pra um lugar melhor." É o que tem que se pensar nessas horas.


Me decepcionei um pouco com o filme pois esperava mais suicídio e menos ponte, if you know what I mean. Poderia ser bem melhor.

Nota 7.8

Tudo Pode Dar Certo (2009)

Título Original: Whatever Works
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
País: EUA


OK. Algo me diz que você conhece (e gosta) mais do trabalho do Woody Allen do que o do Larry David (o cara do cartaz). Eu sinceramente não sei qual prefiro. Larry David, caso você não saiba, é um dos criadores de Seinfeld. Eu nunca vi um episódio de Seinfeld inteiro. Larry também tem um seriado de comédia na HBO chamado Curb Your Enthusiasm, onde ele faz, bem, ele mesmo. E desse seriado, sim, eu sou fã.

Esse filme, assim sendo, era bastante esperado por qualquer amante da comédia. Dois judeus velhos e americanos trabalhando juntos. Larry David, no filme, faz Boris, o Woody Allen de sempre. Boris é um "gênio", gosta de música clássica e física, solteiro e niilista. Então um dia ele conhece Evan Rachel Wood, uma mendiga que muda sua vida. Ele a hospeda e então ambos os personagens crescem com a convivência. Evan faz o papel de uma caipira sulista. Ou seja, ela é, em essência, "normal"; acredita em Deus, em amor, as pessoas são boas e por aí vai. É engraçado ver como, inicialmente, Boris afeta a menina. Ela, suddenly, começa a não gostar mais de jovens que, sei lá, só pensam em sexo ou em ter uma família. Enfim.. personangens novos são surgem, assim como relacionamentos.

Woody Allen é um "agrada-multidões." Em diversas cenas, Boris conversa com o público, sim, nós (o que faz muito mais sentido se você vê esse filme no cinema e não no computador). Haters gonna hate, mas eu achei bem legal o jeito que foi feito aqui. Eu poderia colar uma citação enorme do filme aqui (a melhor parte do filme, bem no começo) mas não vou. Vou botar uma quote da moral de Whatever Works. Qual é a dessa expressão? "That's why I can't say enough times, whatever love you can get and give, whatever happiness you can filch or provide, every temporary measure of grace, whatever works."


Melhor Woody Allen desde Match Point.

Nota 9

À Prova de Morte (2007)

Título Original: Death Proof
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
País: EUA

Porra, muito bom! Haters gonna hate.

Filme dividido em duas etapas, basicamente. Kurt Russell faz Stuntman Mike, um dublê (o rly?) que, bem, gosta de matar mulheres com o seu carro à prova de morte. À prova de morte para o motorista, pois é um carro de dublês. O primeiro grupo de mulheres que lhe atrai ele encontra num bar e depois de, , ele vai atrás de outro. Com esse segundo grupo é onde o filme se passa na maior parte.

Um dos principais diferencias desse pra outros filmes do Tarantino é que a maioria dos personagens é feminino. Assim sendo, aqueles diálogos típicos são todos por elas e fica muito, muito bem. O segundo grupo tem Rosario Dawson e Zoë Bell. E nos créditos, você vê que ela faz ela mesmo. Mas who the fuck is Zoë Bell, you may wonder. Ninguém menos que a dublê da noiva (Uma Thurman) de Kill Bill! Pelo jeito o Tarantino curtiu ela o suficiente pra botar como uma das protagonistas de Death Proof.


Enfim.. Diálogos longos e fodas, falas memoráveis, violência e bastante epicness em geral. Muita gente não gostou desse filme pois ele faz parte do Grindhouse e, bem, Planet Terror é bem melhor, they say. Sim, é melhor, mas Death Proof também é MUITO BOM.


OBS.: Descobri recentemente que a cheerleader do segundo grupo é quem fará a RAMONA FLOWERS (a de cabelo rosa) no filme de SCOTT PILGRIM. Ela é tão bonita! D: Preciso rever Death Proof asap.


Nota 9.2

Robin Hood (2010)

Título Original: Robin Hood
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland
País: EUA / UK

*boceja*

Pontos bons: Mostra a origem de Robin Hood e não o que ele fez. Ação legal. Um ou dois diálogos. Cate Blanchett tsundere.

Pontos ruins: Todo o resto. Chato demais.


Nota 5.4

Um Segredo de Família (2007)

Título Original: Un Secret
Direção: Claude Miller
Roteiro: Claude Miller baseado em livro de Philippe Grimbert
País: França

Meh..

Filme interessante sobre uma visão judia sobre o Holocausto. Mas não bem isso. Baseado em fatos reais, Um Segredo de Família fala da família Grimbert, mais examtamente de François, uma criança e suas lembranças do que aconteceu com seus parentes naquela época. Não, não é um filme brutal. É bem dramático, mal aparecem nazistas, é mais sobre as pessoas envolvidas com François e as consequências do nacional-socialismo na comunidade judaica.

Vou contar a melhor cena, que deixou todo mundo surpreso, porque foi muito tensa / estranha / curiosa mesmo. E sei que ninguém vai ver esse filme por causa desse post (inclusive não o recomendo, tem muita coisa melhor pra se ver) então vai fundo e leia o seguinte. François, adulto, se casa e logo se apaixona pela mulher de um parente ou amigo, não lembro bem. Ele passa quase o filme todo sem fazer nada a respeito. Aí eles (todos judeus) encontraram uma casa boa pra "se esconder" e estão a habitando já faz um tempo. A mulher de François recentemente percebeu que ele gosta da tal outra mulher e detestou a ideia de ir pra essa casa, pois a loirona estaria lá. Mas ela acabou indo, com o filho. Então certo dia chegam uns nazistas e querem documentos provando que ninguém ali é judeu. Ao falar com a esposa (François não está presente), ela mostra os dois documentos que possui, o falso e o verdadeiro. As parentes ficam WTF. E então chega o filho dela no aposento e a mãe diz "aquele ali é meu filho." Porra, muito tenso.


Enfim.. Interessante, mas chatinho.

Nota 6.7

Garotas Sem Rumo (2005)

Título Original: Havoc
Direção: Barbara Kopple
Roteiro: Stephen Gaghan e Jessica Kaplan
País: EUA

Dobradinha Anne Hathaway! <3

Então. White boys being gangsta. Vergonha alheia mil. Anne e sua amiga são as descoladas que namoram os caras mais legais. Mas elas estão entediadas e resolvem ir para East LA se envolver com latinos. Pois é lá onde a coisa realmente acontece. Mas, claro, dá muita merda, etc. Um destaque do filme é um amigo deles descolado que está filmando uma espécie de documentário sobre esse estilo de vida. Nele, a juventude fala o que pensa. É.. realista.

Novamente, eu estava esperando uma bomba, mas não foi tão ruim assim. Sem contar que se você é fã da Anne Hathaway, esse filme vale a pena, if you know what I mean.

Nota 6.4