Além da Vida (2010)

Título Original: Hereafter
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Morgan
País: EUA

Drama sobre "o que acontece depois que a gente morre?" de Clint Eastwood.

Além da Vida fala sobre três pessoas. O americano Matt Damon, que no filme faz um médium, daqueles que tem super-poderes de verdade, e que ganhava dinheiro com isso mas cansou. Um garoto pequeno e londrino que tem seu gêmeo morto num acidente de carro. E uma jornalista francesa que tem uma experiência de quase-morte nas férias. O filme acompanha bem o que acontece com os três até que eles todos se ligam em uma Feira do Livro de Londres, quando todos estão lá com objetivos diferentes.

Eu gostei da forma como Além da Vida trata sobre esse assunto. É tudo bem direto. Also, a Bryce Dallas Howard tá linda. E tem uma cena manly tears perto do final, mas nada que deixe o filme muito melhor.

Nota 6.5

Tetro (2009)

Título Original: Tetro
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Francis Ford Coppola e Mauricio Kartun
País: EUA / Argentina / Espanha / Itália

Esse sim!

Pra quem não conhece, Vincent Gallo é um músico, ator, diretor, blá blá, descolado e controverso. Eu não tinha opinião formada sobre ele até ver esse filme.

Tetro (apelido de Angelo Tetrocini) é filho de Tetrocini pai, um artista muito famoso. Revoltado com a forma que sua família (seu pai, pra ser mais exato) lida com certas situações, o filho resolve fugir de casa pra sempre e ir morar na Argentina. Muitos anos depois, Bonnie, caçula de Tetro, resolve seguir os mesmos passos e vem aqui pra América do Sul encher o saco do irmão. A moral é que Tetro era um aspirante a escritor que poderia dar muito sucesso, mas ele desistiu. Então Bonnie acha rastros de sua obra e começa a entender melhor seu irmão, pai and all that jazz.

Engraçado que eu me mantive do lado de Tetro durante o filme inteiro, quase sempre concordei com ele. O filme tem um mindfuck no final, que poderia tê-lo estragado, mas ficou bom. Also, preto e branco, a trilha sonora é ótima, Argentina, Coppola... Não precisa de mais muita coisa.

Nota 9.3

O Bom Coração (2009)

Título Original: The Good Heart
Direção: Dagur Kári

Roteiro: Dagur Kári
País: EUA / Islândia / Dinamarca / França / Alemanha



Paul Dano é um mendigo de, heh, bom coração, enquanto Brian Cox, como dá pra ver pelo cartaz, é o velho ranzinza. Dano tenta se matar no começo no filme e Brian tem um problema no coração, e assim eles se conhecem. Brian acha um absurdo o estilo de vida de Dano e resolve "adotá-lo" como "aprendiz" e assim o leva para sua casa / bar. Então várias lições de moral ensue, como boa educação, como tratar clientes e mulheres, qual é o sentido da vida e tudo mais. Mas Brian não é bem o melhor exemplo pra isso, vide pérolas como "não estamos aqui para salvar as pessoas, e sim destruí-las." O personagem dele pode ser visto como um Woody Allen ou Larry David mas (forçadamente) mais extremo.

Brian faz um personagem legal, though, daqueles que discute com as pessoas pelo bem de discutir, mesmo que não concorde com o que quis. Tem uma cena que ele defende o vegetarianismo (algo que um personagem como ele claramente seria contra) só pra irritar e instigar um debate.

Um filme divertido e bonito.

Nota 7.3

Cisne Negro (2010)

Título Original: Black Swan
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman e John J. McLaughlin baseado em estória de Andres Heinz
País: EUA

O que faz a arte se não inspirar? Ela nos leva a outros mundos, a lugares impossíveis de ficção. Por ser falso, de mentira, merece ser desmerecido? Pelo contrário. Algo que cumpre tão bem um de seus propósitos é digno somente de muito apreço e admiração. Como seriam as coisas sem a arte? Como seriam certas pessoas se não pudessem se expressar artisticamente da forma que fizeram, onde, nas suas obras, são completas e perfeitas? História seria feita? O que já foi feito em nome da arte? Para ter uma pintura mais ideal ou um livro mais verdadeiro. Vejo como me sinto em relação a esse filme e acredito, não, tenho certeza que faço parte de uma minoria que compreende e compartilha esses sentimentos. Essa admiração que nos deixa hipnotizados. Não somente em relação a Cisne Negro, claro, mas e sim a toda arte em geral. E esse filme trata disso: arte.

Black Swan é sobre o Lago dos Cisnes, um balé composto por Tchaikovsky. A história é a seguinte: era uma vez uma princesa mas a bruxa malvada a transforma num cisne. Para voltar a ser humana, ela precisa encontrar amor verdadeiro. Ela encontra, mas sua irmã, a cisne negra, seduz o cara e o nosso cisne branco se mata no final. Agora sobre o filme: Natalie Portman é uma bailarina jovem (pelos 20, ou menos), bonita, elegante e perfeccionista. Filha única, a coitada é muito mimada e vive sob a influência de sua mãe, ex-bailarina que parou a carreira por causa da gravidez. Então Vincent Cassel quer fazer uma releitura do Lago dos Cisnes, mas mais visceral e cru. Portman é perfeita para o cisne branco, mas e o negro? Ela deveria conseguir interpretar ambos perfeitamente. Aí que entra Mila Kunis, bailarina nova do pedaço, que manja das coisas. E então Kunis e Cassel começam a "ajudar" Portman a, bom, entrar em contato com seu lado negro, digamos. E Cisne Negro trata dessa self-jouney da Portman.


Overall, perfeito (só não dou nota 10 porque né). Melhor Aronofsky desde Requiem for a Dream. O cara manja muito de suspense, a história ficou belíssima, atuações sensacionais, trilha impecável... Aprovado ao extremo.

Nota 9.8

O Concerto (2009)

Título Original: Le Concert
Direção: Radu Mihaileanu
Roteiro: Radu Mihaileanu baseado em estória de Héctor Cabello Reyes e Thierry Degrandi
País: França / Itália / Rússia / Bélgica / Romênia

Bonito e divertido.

A primeira cena do filme fala bastante sobre o mesmo. Ensaio de uma orquestra. O maestro lida tudo perfeitamente. Até que um celular começa a tocar e percebemos que o maestro na verdade é um faxineiro que atrapalha o ensaio. Alexei era um regente de orquestra e tinha a música clássica como sua maior paixão. Infelizmente, a cultura do seu país teve problemas com o Comunismo e ele foi expulso do seu trabalho. Ele, assim como todos os seus amigos da orquestra, ficaram desempregados e tiveram que se virar pela vida. 30 anos depois, surge uma oportunidade deles tocarem novamente. Em Paris.

O engraçado é que a orquestra toda é composta por um bando de velho que só pensa em beber e ganhar uns dinheiros por aí, lol. Mas, né, todos apaixonado pela boa música de Tchaikovsky. O Concerto tem umas piadas hilárias e a devoção dos personagens é realmente tocante. "Palavras traem. Somente a música é pura e verdadeira." Reflita. Also, o filme tem aquela linda da Mélanie Laurent, de Bastardos Inglórios.

Vale a pena.

Nota 8.4

Tron: O Legado (2010)

Título Original: Tron: Legacy
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Edward Kitsis e Adam Horowitz
País: EUA

Em resumo, um Tron antigo pior mas bonito.

A primeira coisa que você provavelmente vai perceber ao ver esse filme (isso se já viu o anterior) é: espera, Tron Legacy não era um remake? Pois então, não é! Eu não fazia ideia. É uma continuação! Nesse filme temos a história do filho de Jeff Bridges. Ele entra pra Grid e aí começa a função.

Tron: O Legado parece que depende demais do visual. Logo que o protagonista entra na Grid é tudo, WOW, AWESOME. E o filme também tem várias referências ao filme antigo. Also, Daft Punk e Michael Sheen. E, óbvio, Olivia Wilde num personagem bonitinho.


Existem rumores dizendo que vai sair, sim, ainda outra continuação. Completamente desnecessário? Sim. Mas foda-se, se tiver Olivia Wilde de novo, eu vejo no cinema com o maior prazer.

Nota 7.4