Morte no Funeral (2007)

Título Original: Death at the Funeral
Direção: Frank Oz

Roteiro: Dean Craig

País: UK / USA / Alemanha / Holanda


Você sabe quando uma comédia sobre funeral vai ser boa quando a primeira cena é a chegada da funerária no local com o caixão errado.

Bom, não existe muita história para ser contada sobre Morte no Funeral. O pai da família morre. Filhos e mulher vão pro velório. Gente que não se encontrava faz tempo. Estranhos peculiares amigos do pai. Uma pequena coisa dá errado com alguns presentes. Outra com outros. E começa a bola de neve.

Li uma crítica falando mal do filme e dizia que "não consegue entender esse humor britânico de vergonha alheia." Na minha opinião, Morte no Funeral não tem tanto disso, não. É um filme que, assim, de cabeça, procurando comparações, lembra um pouco de Queime Depois de Ler, pois muita coisa inesperada acontece e pessoas ficam irritadas e estressadas. Mas isso é muito engraçado!

Vejam!

Nota 8.9

A Rede Social (2010)

Título Original: The Social Network
Direção: David Fincher
Roteiro: Aaron Sorkin baseado em livro de Ben Mezrich
País: EUA

Você tem Facebook? Por quê? Você sabia que no começo do Facebook, assim como no orkut, só entrava com convite? Você sabia que o Facebook surgiu em Harvard e só podia se cadastrar quem tinha e-mails terminados em @harvard.edu? Você sabia que Eduardo Saverin, um brasileiro de 25 anos, é dono de 5% do site (o que faz dele um bilionário)? Você sabia que Shawn Fanning, o criador do Napster, teve uma profunda participação no crescimento do Facebook? Pois nesse filme, David Fincher, com o mesmo ritmo frenético de Clube da Luta, nos mostra tudo isso.

Tenho certeza que você conhece o conceito de clube social secreto. Pois é, isso existe, não é futilidade (bem, kinda) de adolescente mimado em seriado sobre aparências. Aqueles clubes que (obviamente) você precisa ser convidado e então tem o período de tempo em que você fica sob observação e deve fazer como mandam. Eles existem fora da ficção e tem uma simples palavra que faz as pessoas quererem entrar: contatos. A Rede Social é, em parte, sobre isso.

Vamos para um dia qualquer de 2000 e pouco. Mark Zuckerberg está bêbado e acabou de perder a namorada. Nos campus de Harvard. Ele é um nerd daqueles self-proclaimed genius e lembra os personagens de The Big Bang Theory, mas né, sem ser tão idiota. Não foi por isso que ela terminou com ele. Ele volta para o seu quarto, dividido com mais uns três colegas, todos programadores, e vai pra internet. Cansado, ele resolve criar um site ali, rapidinho. Duas fotos de mulheres, clique na que você acha mais bonita. The thing is: todos os sites dos campus de Harvard (e faculdades ao redor) tem fotos dos estudantes. E, bem, Mark, com suas l33t skills, consegue quase todas as fotos de alunas rapidamente e monta o site. O atrativo não era escolher entre duas mulheres, e sim entre duas que você conhece. Ele manda o link pra todo mundo da faculdade (todos habitantes dos dormitórios estudantis de Harvard) e, poucas horas depois, o servidor da faculdade cai, tamanho o movimento da banda.

Claro, o site é desativado mas people talk. Pessoas do topo da cadeia social entram em contato com Mark, pois, bem, talvez seja ele que pode ajudá-los naquele projeto. Mark logo aceita, afinal vê aquilo como uma oportunidade para crescimento pessoal e profissional mas percebe as limitações dessa ideia deles. Então ele resolve fazer melhor. O Facebook no início era uma espécie de cardápio de pessoas. Tinha informações básicas (e absolutamente necessárias para college people, como relationship status) e, de lá, dava pra, bem, fazer um breve julgamento sobre a pessoa e ver se o seu interesse aumentava ou não. Todas essas informações era o próprio dono do perfil que botava, afinal o Facebook era extremamente exclusivo e elitista. Então todo mundo tinha orgulho de ter um perfil. Resumindo... Era tipo um orkut sem comunidades e sem scrapbook. Na verdade, nem fala se tinha sistema de amigos, mas, a-há, assim como dá no Facebook atual, dava pra ver quais eram os estudantes de tal faculdade. Claro, não demorou muito pra perceberem que isso dava dinheiro. Mark não queria ficar rico, tudo que ele queria é reconhecimento. Mas sabe como os seres humanos são. E é a partir daí que começa a dar merda.


A Rede Social alterna entre dois tempos. Primeiro, os flashbacks. Tudo como aconteceu, em ordem. E, ao mesmo tempo, mostra Mark contra os diversos processos legais que ele aturou com o passar do tempo. E é tudo muito, muito bem feito.

Bom, resumindo: um excelente filme sobre nerds, milhões, internet e faculdade.

Nota 9.4


GG talk: Sobre o Globo de Ouro... O filme levou melhor filme, diretor, roteiro e trilha sonora. Tudo merecido. Pena que os guris (Jesse e Andrew) não levaram nada.