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The Grand Budapest Hotel (2014)

Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson e Hugo Guiness baseado em livro de Stefan Zweig
País: EUA, Alemanha e UK

Se você é fã do Wes Anderson, você provavelmente está se perguntando: quem são os atores que Anderson vai usar pela primeira vez nesse filme?

A Família (2013)

Direcao: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson e Michael Caleo baseado em livro de Tonino Benacquista
País: EUA / França

"Desculpa, eu não falo françês."

A Grande Beleza (2013)

Direcao: Paolo Sorrentino 
Roteiro: Paolo Sorrentino e Umberto Contarello
Pais: Italia / Franca

"Tudo se resolve entre murmurinhos e barulho."

Existe algo profundamente intoxicante - num bom sentido - sobre coisas velhas e bonitas. Pode-se dizer que nosso protagonista niilista, hedonista e bon vivant Jep Gambardella é uma dessas coisas preciosas e decadentes que Roma possui. Além de, claro, suas paisagens e lugares hipnotizantes e charmosos, que foram filmados de forma excelente.

Pain & Gain (2013)

Direção: Michael Bay
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely baseado em artigo de Pete Collins
País: EUA

"My name is Daniel Luogo and I believe in fitness."

Quem diria que Michael Bay sabia fazer sátira tão bem?

Todos pensávamos o mesmo sobre Pain & Gain. Um filme (comédia) de Michael Bay sobre levantadores de peso criminosos, baseados em fatos reais. É, talvez seja bom. Eu só não esperava que fosse realmente... engraçado. 

É claro que tudo aconteceu em Miami; cidade das praias, riqueza e "pessoas bonitas." Bay capturou muito bem aqui a atmosfera superficial da Flórida dos anos 90. Nosso trio principal é The Rock, Mark Whalberg e Anthony Mackie. Wahlberg sendo o protagonista, Mackie seu braço direito e The Rock o "reforço." Outros atores famosos com destaque no filme: Ed Harris (papel perfeito pra ele), Rob Corddry e Ken Jeong.

Pain & Gain compartilha o mesmo tema principal (o sonho americano) de vários outros filmes de 2013, mas principalmente com um dos meus favoritos: Spring Breakers. LEVES SPOILERS DOS DOIS FILMES A SEGUIR: Aqui lidamos com personagens estúpidos e narcisistas, mas no filme de Korine eles faziam besteiras porque eram jovens e inocentes. Temos também a "glamourização" do ilegal; atalhos para "O Sonho Americano." Nos dois filmes, ele representa a mesma coisa: ser rico. Porém, é curioso como, depois de "ficar rico", o personagem de Wahlberg por exemplo, decide levar uma vida calma, aparentemente satisfeito com sua riqueza recém adquirida (vivendo na casa nova, sendo um bom vizinho, etc.). Eles acabam precisando de mais dinheiro devido ao vício em drogas do The Rock e o descuido de Mackie com o dinheiro. Por outro lado, as meninas de Spring Breakers procuravam algo mais abstrato: viver a "gangster life."

Tirando a sátira e as críticas a sociedade ocidental moderna de lado, esse filme é hilário e uma das melhores comédias do ano. 

Nota 8

Frances Ha (2013)

Direção: Noah Baumbach
Roteiro: Noah Baumbach e Greta Gerwig
País: EUA

"Quero este momento especial. É o que quero em um relacionamento... E é o que pode explicar o porquê de eu estar solteira agora. (...) É aquela coisa de quando você está com alguém e você o ama e ele sabe disso e ele te ama e você sabe disso, mas vocês estão em uma festa e os dois falando com outras pessoas e você está rindo e feliz e você olha para outro lado da sala e cruza com o olhar do outro, mas não porque você é possessivo ou por ser sexual mas porque aquela é a sua pessoa nesta vida. E é engraçado e triste, mas só porque esta vida vai acabar, e é este mundo secreto que existe ali em público, sem ser notado, e que ninguém mais sabe. (...) Isso é o que quero em um relacionamento."

O filme que define a geração Girls. Mais ou menos.

Por que esse pessoal branco, artístico, liberal e de classe média sempre mentem pra quem amam falando que estão bem quando não estão? Meio que fazendo parte desse demográfico, eu me identifico com Frances Ha. Todo esse espectro de problemas: relacionamentos, roommates, amigos distantes, aluguel, falta de dinheiro, satisfação pessoal, conquistas profissionais e todo o resto.

Essencialmente, Frances Ha é uma comédia. Uma comédia completamente cheia de esperança, graças à Greta Gerwig, que faz Frances e também co-escreveu o filme junto com o famoso diretor hipster Noah Baumbach. Funciona tudo bem, pelo menos na primeira metade do filme. Durante um tempo, Frances discute com sua melhor amiga porque, é claro, elas estão virando aquilo que justamente fazem piadas sobre e desprezam (a amiga arranja um namorado rico e ignora Frances). A nossa então esperançosa e feliz protagonista fica subitamente sozinha e começa a tentar socializar e ser aceita por diferentes tipos de pessoas. Humor de vergonha alheia, sim, mas doloroso de ver. Felizmente o filme não foca muito no quanto "não sucedida" a Frances é comparado com, sabe, as pessoas normais que ela tenta conversar com. 

Uma cena em particular me chamou a atenção. Frances (e Greta) são de Sacramento mas moram em NYC (óbvio). Enquanto Frances está sem Sophie (a melhor amiga), a protagonista visista a sua cidade natal. Ela então tem alguns dias "normais" com a sua família "feliz." Então os dias acabam e ela está indo embora no aeroporto enquanto sua família a acompanha. O filme passa uma sensação de casa vazia, pois vemos Frances crescendo como pessoa e viajando, o que naturalmente acontecendo quando ela se formou e resolveu sair de Sacramento, mas não por instinto ou sobrevivência e sim por escolha. Ela escolheu se mudar para o Brooklyn e é claro que isso fez com que ela amaduresse e se tornasse mais independente e responsável, mas nessa cena quando ela está voltando pra NYC, ela não está particularmente feliz nem triste. Ela sabe que ela não mora mais com a melhor amiga, as coisas não são mais como antes, ela está sozinha agora, bem, não sozinha, ela mora com uns caras legais, mas esse sentimento de não pertencer existe, o mesmo sentimento que provavelmente fez com que ela saísse de Sacramento da primeira vez. Qual é o propósito disso tudo, afinal?

Frances Ha passa sentimentos muito bons (e ele também aparece muito atraente) mas no final você se sente vazio porque foi tudo tão superficial. Eu esperava, num filme que relata a sociedade atual de uma forma tão boa, um pouco mais de existencialismo. Ou talvez seja exatamente por isso que não teve nenhuma menção a respeito. 

Nota 7.5

Drinking Buddies (2013)

Direção: Joe Swanberg
Roteiro: Joe Swanberg
País: EUA

Literalmente um filme só sobre dois casais que bebem bastante. Obviamente, o cara do casal A começa a gostar da guria do casal B, etc.

É estranho que não tem tantas discussões e DR nesse filme. O que às vezes é algo bom, mas nesse caso é ruim, porque não é realista. Outra coisa é que, e não estou falando isso apenas porque Olivia Wilde e Anna Kendrick são bonitas, não tem sexo o suficiente. Fala sério, casais jovens e bonitos que não transam (tanto)? Drinking Buddies é mais sobre tensão sexual e expectativas decepcionantes do que sobre romance e drama.

E eu gosto do Ron Livingston, mas ele não combia nem um pouco com o resto do elenco.

Nota 5

Spring Breakers (2012)

Direção: Harmony Korine
Roteiro: Harmony Korine
País: EUA

Um filme de Harmony Korine (diretor de obras como Gummo e Kids) estrelando as ex-princesinhas da Disney, Vanessa Hudgens e Selena Gomez, junto de James Franco. Sobre spring break. Todo mundo já sabia que esse seria um filme digno de atenção, mas pouca gente esperava um resultado tão interessante. 

Tudo começa no interior, onde a vida é chata. As férias estão chegando e, com elas, a Spring Break. Spring Break é um período nos EUA onde os estudantes vão pra praia (normalmente) para festejar. Leia-se drogas, bebida e sexo. O problema é que as nossas quatro protagonistas não tem dinheiro o suficiente para viajar. Três delas então decidem assaltar uma lancheria então uma noite para conseguir o dinheiro. Juventude, sabe como é. A vontade de fazer o que todo mundo está fazendo é maior do que tudo. Elas precisam ser como as outras e as outras foram pra Spring Break. Então é isso que vamos fazer, custe o que custar. "Faça de conta que é um videogame." 

Spring Breakers é acima de tudo um filme sobre a glamourização da violência, promiscuidade e crime, principalmente entre meninas adolescentes. Na primeira cena do filme já se percebe isso. Mostram-se apenas imagens típicas de uma Spring Break ao som da clássico hit de dubstep Scary Monster e Nice Sprites do Skrillex (que compôs grande parte da trilha sonora. junto com Cliff Martinez, de Drive). Quando chega o drop da música, é como se as imagens e comportamentos mostrado nas imagens fossem cuspidos na cara do espectador com uma agressividade absurda (a mesma da música). Nudez. Spring Break. Em outra cena particular onde também toca um hit clássico de Skrillex, a música se sobrepõe com declarações das protagonistas em ligações que elas fizeram pra casa relatando sua experiência na praia. A música tem a sua beleza, as imagens novamente são gente semi-nua se divertindo e o que as mocinhas estão falando te convence. É um lugar mágico. Todo mundo é tão legal, conhecemos tantas pessoas novas, estamos nos divertindo tanto, nunca quero voltar pra casa.

Só que, se você conhece Harmony Korine, você sabe que o filme dele não vai ser só o que parece ser uma propaganda da MTV. Quando o personagem de James Franco (um rapper, possivelmente o melhor papel e atuação da carreira dele; está simplesmente irreconhecível) é introduzido e ajuda as mocinhas a sair da cadeia, "por nenhum motivo aparente", o clima do filme muda. Por que homens mais velhos querem se ver cercados de mulheres mais novas, afinal? Mas na adolescência, somos todos tão ingênuos. Elas não vêem nada além de como Alien (o nome do personagem) é legal por ser traficante e rapper e ter muito dinheiro e armas e tatuagens e dentes prateados. Alien percebe a tendência à violência das meninas e começa a gostar muito mais delas.


Spring Breakers não é sobre um grupo de amigas que quer se divertir; é muito mais do que isso. É uma análise sobre uma geração vazia onde tudo é artificial (o filme é praticamente todo feito de cores neon, como dá pra ver pelo cartaz). É um relato sobre os extremos de perseguir o "sonho americano" (get rich or die trying), que vai do hedonismo do materialismo até o niilismo do "fazer por fazer."

Hipnotizante.

Nota 9


Edit: Finalmente agora posso ver porque tanta acha esse filme mais parecido com Hotline Miami do que Drive. É uma mistura dos dois, convenhamos.

Edit 2: Agora com grid!


Ruby Sparks (2012)

Diretor: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Roteiro: Zoe Kazan
País: EUA

Um filme sobre fantasias, o combate entre realidade e ficção, escrever e, bem, manic pixie dream girls.

Manic pixie dream girl é um termo usado para quando o seguinte acontece em ficção: temos um protagonista hétero, muito tímido e constrangido e então ele conhece, quase sempre do nada, uma moça alternativa, sempre bonitinha, normalmente com cabelo colorido, que imediatamente começa a gostar do nosso mocinho e tem a intenção de levá-lo à aventuras divertidas e a viver de verdade. Exemplos: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, Garden State, Zooey Deschannel e basicamente todos os seus personagens.

A diferença de Ruby Sparks para qualquer outro filme com MPDGs é que a realidade do nosso protagonista (Paulo Dano) literalmente se mistura com a ficção do livro que ele está escrevendo (meio como acontece no excelente Stranger Than Fiction). Ele é um cara só, rico porque escreveu um livro quando jovem e fez muito sucesso. Mora sozinho com o seu cachorro. Então começa a ter sonhos que essa ruiva linda (Ruby Sparks, interpretada por Zoe Kazan) é sua namorada caída do céu. Ele tem a ideia de escrever sobre ela e sobre o romance que eles teriam. Afinal, quem não gosta de ter fantasias? Mas então ela saí das suas palavras, assume forma física e vira uma pessoa. A namorada sobre qual ele escrevia.

No começo é tudo perfeito, claro, afinal ele criou ela. Isso faz Ruby Sparks ter uma certa vantagem sobre os outros MPDG porque nos outros filmes tudo que acontece as vezes parece bom demais pra ser verdade. Mas nesse caso não é assim porque Paul Dano literalmente escreveu como as coisas vão ser então faz sentido elas serem perfeitas do ponto de vista romântico. Digo, ele escreveu que ela é sua namorada e isso implica que ela o ama.

(Mas é claro que esse romance perfeito não dura o filme inteiro.)


O final de Ruby Sparks é um pouco forçado mas tem uma cena logo antes dele que eu gostei bastante. Quando ele fala o monólogo do seu livro novo. Ele cita uma frase clássica que diz que o escritor, no seu melhor momento, sabe que as palavras não estão saindo de ti e sim por ti. No caso, como se ele fosse um veículo que expressa seus sentimentos. E é exatamente isso que acontece.

Nota 7

To Rome With Love (2012)

Diretor: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
País: EUA / Espanha / Itália

Acho que estou ficando sem saco para filmes novos do Woody Allen.

Quatro histórias separadas em Roma. Duas envolvem italianos, as outras são com turistas. Elas não se conectam mas isso não é bom nem ruim. O problema é que nenhuma delas é engraçada ou é relevante. A história de Roberto Benigni fala sobre como a fama é efêmera e sem sentido. A do próprio Woody (e Allison Pill, aquela linda) é terrível, fala sobre como as pessoas cantam bem enquanto tomam banho (ou morte, mas né). A da Penélope Cruz fala sobre um casal do interior italiano que se perde em Roma e acaba lidando com adultério e inocência. E a história mais interessante é a de Alec Baldwin, Jesse Eisenberg e Ellen Page que fala sobre a paixão entre jovens e carreira profissional.

O papel da Ellen Page e do Baldwin são as únicas vantagens de To Rome With Love. Ela faz uma pseudo-intelectual tentando seduzir Eisenberg mas Baldwin está lá sempre para "não deixá-lo cair em tentação" afinal Jesse tem uma namorada.


Filme longo demais e raros foram os momentos em que eu ri.

Nota 4.5

Pitch Perfect (2012)

Direção: Jason Moore
Roteiro: Kay Cannon baseado em livro de Mickey Rapkin
País: EUA

Confesso que vi Pitch Perfect apenas por motivos de: Anna Kendrick. O roteiro foi feito por uma produtora de 30 Rock e BFF da Tina Fey, uma curiosidade.

Beca (Anna) está começando a faculdade. Ela faz remixes como hobby, adora música e seu sonho é produzir em LA. Sem nenhum amigo (novidade), ela procura formas de passar seu tempo e se depara com o glee club da faculdade formado inteiramente por mulheres, as Barden Bellas, principais rivais do grupo famoso e popular de rapazes chamado Trebletones. Como sempre, ela não tem interesse (até experimentar pela primeira vez)porque, né, glee clubs são babacas e cheio de otários. Nesse primeiro mês de "tentando se achar" na faculdade, ela conhece Jesse (o mocinho) e Fat Amy (Rebel Wilson e, sim, ela se chama assim e a explicação é uma das melhores piadas do filme, então não vou contar). Fat Amy entra no clube e Beca vai junto. E então inicia sua jornada de volta para o estrelato onde as Barden Bellas era respeitado e não um fracasso ultrapassado.

É um filme divertido, nada mais. As piadas (principalmente da Rebel Wilson) são boas e, pra quem gosta de musicais modernos (Glee), eu recomendo.

Nota 6.5

God Bless America (2011)

Direção: Bobcat Goldthwait
Roteiro: Bobcat Goldhwait
País: EUA

Pela sinopse desse filme, você já sabe que ele é de humor negro. O protagonista está pra morrer e decide sair matando todo mundo que julga "ser o câncer da sociedade." Gente que atende celular e falan normalmente durante um filme no cinema. Vizinhos com a TV muito alta e um bebê que não para de chorar. Adolescentes da MTV com seu próprio reality show que reclamam pros pais que eles deram o carro errado pra ela. Gente que reclama não ter ganho um iPhone no Natal. 

Na primeira cena de God Bless America, em uma fantasia, o protagonista invade o apartamento vizinho e mata com uma escopeta o tal casal e, com um sorriso na cara, inclusive o bebê que não parava de chorar. Nessa hora você pensa "OK, vai ser esse tipo de filme." Felizmente não é bem isso, em diversos outros momentos, Frank, o nosso protagonista, faz discursos para os colegas ou amigos sobre como a sociedade atual (ou americana, convenhamos) é tóxica e não tem mais valores. No final do post vou postar um pedaço de um diálogo com o qual concordo bastante para mostrar o tipo de opinião que o filme expressa.


O que dá errado então em God Bless America? Primeiro, pelo menos pra mim é muito óbvio que todas as opiniões do filme são as opiniões do roteirista/diretor (ou, se não são, ele apenas copiou o que dizem) e isso nunca é bom. Se você quer reclamar do mundo, faça um blog ou escreva um livro a respeito. Não crie um personagem que é como você gostaria de ser. O mesmo acontece com o seriado The Newsroom, por exemplo, onde claramente as opiniões do protagonista são as mesmas de Aaron Sorkin. Em segundo lugar, se ele reclama tanto da sociedade ser "edgy", sair matando todo mundo que é chato é extremamente edgy. Você vai matar aquele cara só porque ele não ligou o pisca na hora de dobrar? Como você é radical, cara. Não quero discutir "os problemas da sociedade" aqui (até porque acredito que não tem solução) mas ninguém te força a ver TV ou a ver filmes ruins, então quando você reclama deles você só está sendo um pé no saco. Vá morar no meio da selva.

Naturalmente, por ser uma pessoa com bom senso, eu concordo com quase tudo que o protagonista diz. Mas né. Vou colar aqui o pedaço de diálogo que eu mais gost


Office Worker: So, you're against free speech now? That's in the Bill of Rights, man. 

Frank: I would defend their freedom of speech if I thought it was in jeopardy. I would defend their freedom of speech to tell uninspired, bigoted, blowjob, gay-bashing, racist and rape jokes all under the guise of being edgy, but that's not the edge. That's what sells. They couldn't possibly pander any harder or be more commercially mainstream, because this is the "Oh no, you didn't say that!" generation, where a shocking comment has more weight than the truth. No one has any shame anymore, and we're supposed to celebrate it. I saw a woman throw a used tampon at another woman last night on network television, a network that bills itself as "Today's Woman's Channel". Kids beat each other blind and post it on Youtube. I mean, do you remember when eating rats and maggots on Survivor was shocking? It all seems so quaint now. I'm sure the girls from "2 Girls 1 Cup" are gonna have their own dating show on VH-1 any day now. I mean, why have a civilization anymore if we no longer are interested in being civilized? 

Nota 7

Safety Not Guaranteed (2012)

Direção: Colin Trevorrow
Roteiro: Derek Connolly
País: EUA

Divertido, e concordo com o cartaz quando diz "Back to the Future meets Juno."

Safety Not Guaranteed se passa em torno do anúncio nos classificados que está no pôster. Viagem no tempo. Aubrey Plaza (Parks & Recreation), a mocinha e protagonista, é uma estagiária de uma revista. Ela é designada a fazer uma matéria sobre a pessoa por trás desse anúncio, junto com seu "chefe" Jake Johnson (The New Girl) e Karan Soni. Jake também aproveita a empreitada pra encarar uma ex-colega com quem já teve um relacionamento e decide revisitar esses sentimentos.

O homem por trás do anúncio é Mark Duplass (The League) e logo de começo percebemos que ele é peculiar. Lembra o Dwight de The Office. Primeiro Jake decide entrar em contato mas é cortado. Então entra Aubrey e eles começam uma amizade bacana. Claro, no começo todos achamos que Mark é simplesmente louco pois viajar no tempo é impossível, e ele é extremamente paranóico, mas com o passar do filme, vemos que talvez ele tenha razão.

Nota 7

21 Jump Street (2012)

Direção: Phil Lord e Chris Miller
Roteiro: Michael Bacall e Jonah Hill baseado em seriado de Patrick Hasburgh e Stephen J. Cannell
País: EUA

Melhor comédia de 2012 até agora. Eu ri bastante do primeiro trailer. Depois eu vi vários comentários no Twitter a respeito, falando muito bem. Então vi uma outra cena nova e achei genial. Isso me fez ficar muito empolgado com o lançamento de 21 Jump Street e fico feliz em dizer que o filme não decepciona.

21 Jump Street originalmente é um seriado do final dos anos 80 que basicamente fez um teen idol de Johnny Depp. A trama bota dois policiais jovens e undercover num colégio americano em busca de dar fim a alguns crimes. No caso do filme de 2012, o chefe (Ice Cube) quer saber quem é o fornecedor da droga do momento. E o traficante descolado é ninguém menos que Dave Franco (namorado de Brie Larson no filme, nada mal).


A primeira coisa que você precisa saber sobre esse remake é que o filme é totalmente retardado. E ele sabe disso. E isso é ótimo. Em mais de uma vez, quando acontece algo que só funcionaria em Hollywood e alguém tenta dar sentido somente pra ser ignorado, conclui-se que, como dizem os personagens, "ninguém se importa." Nick Offerman (lendário Ron fucking Swanson) também ajuda nisso. Ele diz, quando menciona que 21 Jump Street é uma operação dos anos 80, que "o pessoal de hoje só pensa em reciclar material antigo e ficam esperando que ninguém note." Como eu nunca vi o seriado, comigo funcionou.

Os dois protagonistas estão muito bem. Jonah Hill segue fazendo o seu melhor (comédias idiotas e hilárias) mas a surpresa está em Channing Tatum. Quando você olha pra ele, e bota um contexto de high school americano, é gritante que ele faz parte do grupo dos jogadores de futebol americano e é super popular. Mas não é bem isso que acontece no filme. Ele ficou ótimo como policial disfarçado de estudante.

21 Jump Street também tem várias subversões dos clichês de filmes de ação e de high school. Destaque pras novas tribos sociais que Jonah e Channing não conseguem identificar e pro caminhão de galinhas. A melhor cena do filme (quando os protagonistas usam a tal droga) dura vários minutos e eu ri durante cada segundo dela. Parece exagero mas eu quase passei mal rindo (não ria tanto desde Horrible Bosses). E também posso citar umas cinco piadas que são simplesmente GENIAIS.

Definitivamente uma daquelas comédias pra ver mais de uma vez, pra lembrar de algumas ótimas risadas perdidas.

Nota 9

Goon (2011)

Direção: Michael Dowse
Roteiro: Jay Baruchel e Adam Goldberg baseado em livro de Adam Frattasio e Doug Smith
País: Canadá e EUA


Goon é um filme de hockey que na verdade fala mais sobre a pancadaria legalizada por trás do esporte. O filme está fazendo um sucesso enorme aqui (essencialmente, por ser um filme de canadenses para canadenses) mas, como fã da NHL, também pude apreciar esse ótimo retrato dessa pequena parcela da América do Norte. Jay Baruchel co-escreveu, produziu e é um dos principais personagens do filme. Ele faz um adolescente viciado em hockey que tem um podcast em vídeo onde comenta os jogos e, em destaque, os maiores hits e lutas das partidas. 

Na grande maioria dos esportes em equipe, a função de um defensor, por exemplo, é marcar (ou impedir) que o atacante do outro time avançe. Isso, com o passar dos vários minutos de qualquer partida, cansa ambos jogadores e, claro, com um trash talk ali ou aqui, tudo começa a parecer pessoal. É muito comum então algum deles fazer uma jogada ilegal com o propósito de desabilitar o adversário fisicamente. Um carrinho bem dado e jurar que foi na bola, no futebol. Bom, quando as coisas ficam quentes assim e, para evitar essas jogadas baixas e "por trás das câmeras", no hockey, é permitido socar (sim) o adversário. Se os dois julgam necessário e querem se "desestressar um contra o outro", eles tiram as luvas e se atacam. O jogo para até algum sair "vitorioso" ou de pé. Quando isso acontece, naturalmente, todos os fãs e envolvidos, começam a torcer para o respectivo jogador de sua equipe e, bem, todo mundo vai a loucura , quer ver sangue e o adversário "sair da luta" imóvel. Basicamente. O filme retrata isso muito bem. 

O melhor amigo de Jay é Seann Williams Scott (conhecido por todo mundo como o Stiffler de American Pie), um brutamontes estúpido (ele mesmo diz) que trabalha como segurança de um bar. Seann só é bom em uma coisa e ele sabe disso: dar porrada nos outros. Depois de uma pancadaria nas arquibancadas de um jogo da segunda divisão, ele ganha a atenção de um caça-talentos. O profissional vê potencial em Seann. Em pouco tempo, ele faz parte dos Halifax Islanders e, como grande parte dos times de segunda, a situação não tá boa. Jogadores velhos demais, ninguém se importa realmente com ganhar ou não e a estrelinha do time muito menos - e ele também nem pode jogar bem se o time não ajuda. Não preciso nem dizer, mas com Seann, tudo começa a melhorar e o time passa a ver a glória de uma ascenção.

O principal conflito de Goon, porém, está em Ross Rhea, um jogador que, assim como Seann, ganhou a fama e habilidade sendo o tank do time. Rhea ainda atua na mesma liga e nada como um novo prodígio pra fazer os da velha guarda ficarem receosos e precisarem defender o seu título ou status como melhor. Naturalmente a briga entre os dois é o ápice do filme e Goon constrói tudo tão bem a tal momento que é impossível não ficar empolgado e se ajeitar na cadeira quando fica claro que a cena vai acontecer. Sensacional.

Queria dizer que você não precisa gosta de esportes pra gostar de Goon mas não garanto. É preciso, sim, entender trabalho em equipe, sentir orgulho de fazer parte de um grupo e, desde que você veja aquele outro cara com o mesmo uniforme seu, saber que ele vai fazer sua função em prol de um resultado positivo.

Nota 8.9

The Artist (2011)

Direção: Michel Hazanavicius
Roteiro: Michel Hazanavicius
País: França e Bélgica

Aprovado!

George Valentin é uma estrela do cinema mudo. Ele e seu pequeno cachorro são muito carismáticos e, apesar de seu orgulho de estrela o cegar às vezes, é difícil não gostar do ator. Um dia ele encontra uma fã chamada Peppy Miller que lhe prende a atenção. Infelizmente, como todos encontros fugazes e aleatórios, eles se separam e a vida continua. Mas Peppy não desiste. Ela vai atrás de George, num estúdio de cinema e atrai um membro da produção que logo a convida para ser uma extra de um filme. Em pouco tempo, ela encontra George novamente. Ele demonstra interesse em trabalhar com ela (mesmo Peppy não sendo atriz profissional) e, bom, a vontade do ator é suprida. 

Peppy começa a crescer como atriz. Alguns anos depois, uma grande mudança acontece. Os filmes passam a ter sons e vozes. George, antiquado e orgulhoso do seu trabalho, recusa essa evolução. Peppy aceita e dispara em direção ao estrelato. Ela fica extremamente famosa enquanto George, recluso a fazer filmes com seu próprio dinheiro e se aventurando como diretor, é jogado às traças. Então cabe aos dois lidar com essa mudança revolucionária no cinema, assim como, claro, o seu relacionamento. 


Parece de fato estranho ver um filme mudo em pleno 2012. The Artist mostra que é um filme bom é bom indiferente da tecnologia da sua época. Claro, um filme hoje em dia onde ninguém fala é muito incomum e talvez incômodo de se assistir pra muita gente. Mas logo que a música começa, entra-se no filme e percebe-se com clareza as intenções, pensamentos e opiniões de cada personagem. 

Eu daria 7 e alguma coisa pro filme mas tem uma cena em particular que é simplesmente genial. A cena do sonho do George. Excelente ideia. Dando 8 só por ela.

Nota 8

Sobre o GG 2012: Concordo com melhor ator e melhor trilha sonora. Ganhou também melhor comédia ou musical... Fico feliz que tenha ganho de Midnight in Paris, mas eu gostei tanto de Bridesmaids e 50/50. Principalmente 50/50. Bem, entendo que apesar de ser muito bom, não é material pra GG. Enfim. Perdeu atriz coadjuvante pra The Help, não vi então não comento. Diretor pra Scorsese, faz total sentido. E roteiro pro Woody Allen. Também faz sentido, o roteiro é o melhor do filme dele e, afinal, é o Woody.

The Descendants (2011)

Direção: Alexander Payne
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash baseado em livro de Kaui Hart Hemmings
País: EUA

Bom, bom. E nomeado a cinco GG nesse ano.

George Clooney é um advogado. Ele também é dono de uma porção enorme de terra que pretende vender. Ele não mora mais com a esposa, mas nenhum pediu divórcio ainda. Ele não tem contato com as duas filhas. E lida uma vida relativamente agradável. Então um dia a esposa sobre um acidente na praia e entra em coma. Isso faz com que ele volte pra sua casa antiga e lide com suas filhas e tudo que ele deixou pra trás.

Antes de mais nada, é bom dizer que The Descendants se passa no Havaí. Eu não sabia disso quando fui ver o filme, mas foi uma ótima surpresa. Paisagens lindas. Logo nos primeiro minutos do filme, Clooney faz um pequeno monólogo sobre como o Havaí não é como você pensa. Não é praia, praia, praia o dia inteiro e ninguém trabalha. Sim, praias em todos os lugares e muita gente usa roupa praiana o tempo inteiro, em geral, é um lugar normal com cidades normais. Eventualmente Clooney descobre que sua esposa estava o traindo (não é spoiler, mostra no trailer, então não enche). Então ele e as filhas começam essa jornada de descobrir quem é o cara e tudo mais.

Pelo trailer, eu julgava que iria rir mais do que me emocionar, mas o filme é mais triste do que eu esperava. O que, claro, é uma coisa boa. Então, fica a dica.

Nota 7.8

Breves comentários sobre o GG: Não deve ganhar melhor filme. Clooney talvez ganhe melhor ator, mas vou torcer pro Fassbender. A filha mais velha concorre a melhor atriz coadjuvante. Ela é bonita e atua bem, mas não. Melhor diretor também não. Nem melhor roteiro. E era isso.

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 3

E provavelmente o último dessa série. E com dobradinha Gosling.

50/50

Seth Rogen e Joseph Gordon-Levitt. Anna Kendrick e Bryce Dallas Howard. Dramédia. Baseado em fatos reais.

Seth Rogen faz ele mesmo. Um dia um amigo dele falou que estava com câncer e tinha 50% de chances. Rogen recomendou que ele escrevesse um roteiro a respeito. O amigo o fez e o resultado é 50/50. 

Pouca comédia, o que é bom quando se trata de, né, um assunto sério e baseado em fatos reais. O drama funciona muito bem e o climax do filme é realmente tenso e emocionante. Vai fazer você reavaliar sua amizades com pessoas queridas.

Nota 8.4

The Ides of March

Lembro de quando ouvi falar desse filme pela primeira vez. Foi, na verdade, quando vi esse pôster, enorme, num cinema. Minha primeira impressão foi: parece ótimo. E de fato é.

Clooney dirige ele mesmo, Ryan Gosling, Paul Giamatti, Philip Seymour Hoffman, Evan Rachel Wood e Marisa Tomei. Baita elenco. Como indica o cartaz, é sobre a campanha de dois políticos que concorrem pela presidência americana. Curiosamente, o segundo candidato (Clooney é um) mal aparece, pois o filme foca mais nos bastidores e em Gosling, novato no negócio mas que sabe muito bem como o sistema funciona.

Excelente drama político. E uma recomendação indireta: veja se você gosta de poker.

Nota 8.6

Drive

A REAL HUUUMAN BEEEING. Esse sim! Que filme!

Gosling faz um dublê de Hollywood especialista em carros e perseguições. No seu tempo livre, ele gosta de ser contratado por criminosos pra ser o motorista de fugas. Sua vida é isso. Então ele conhece uma vizinha, Carey Mulligan, AQUELA LINDA. Seu namorado está na cadeia e ela tem um filho. Pela falta de afeição na vida nos dois, ambos começam a se ver e ter uma relação bonita. Um dia, um de suas fugas dá errado e, resumo dos fatos, ele agora está sendo perseguido por quem não deveria. Então os dois tem que lidar com isso e também com o namorado de Carey que eventualmente sai da cadeia.

Drive é surpreendemente violento (e gráfico), o que é ótimo. O clima dos anos 80 funciona perfeitamente, por causa da excelente trilha sonora. As atuações estão boas, assim como o roteiro. E o filme é tenso. Tudo se encaixa. Vejam!

Nota 9.4

Minha experiência com Drive, no TIFF: Drive estreiou no festival internacional de Toronto e, apesar de não ter conseguido ingresso pra vê-lo durante a premiação, eu estive lá e vi alguns dos atores principais. Eu estava esperando, vocês já devem saber, a Carey Mulligan, mas depois descobri que ela estava (e ainda está ) filmando The Great Gatsby, na Nova Zelândia. 

Mas vi o Ryan Gosling e consegui autógrafo do Bryan Cranston. Foi engraçado e divertido. Tapete vermelho, de um lado fãs e mais fãs, do outro a imprensa. Eles chegavam, tiravam fotos oficiais logo no começo e depois iam pro corredor. Alternavam entre as duas seções.  Numa das vezes que as fãs histéricas (nem tanto) gritaram RYYYAAAAN, enquanto ele estava dando alguma entrevista, ele se virou pra gente e abriu os braços como alguém querendo uma explicação e falou sorrindo "Whaaaaat?" Muito divertido. Impossível não gostar dele ator, fico muito feliz que esse ano tenha sido ótimo pro mesmo. 

E sobre Cranston, ele parecia, assim como parece nas entrevistas, um cara muito de boa e humilde, extremamente diferente de Walter White. Foi um inferno conseguí-lo perto, pois os dois tem o nome muito parecido (Bryan e Ryan) então ele sempre achava que estávamos se referindo ao Gosling, haha. Quando o entreguei o pôster pra ele assinar, ele perguntou "Who is this badass person?" rindo. 

Foi uma ótima noite.

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 2

Moving on...

30 Minutes Or Less

Eh... Eu estava esperando uma boa comédia, por causa desses três da esquerda aí do cartaz. Mas as piadas são fracas. Aziz Ansari e Danny McBride decepcionam, Jesse Eisenberg tá legal porque, pelo menos no começo do filme, ele faz papel de um badass.

Enfim, só recomendo se for muito fã de algum dos três. Caso contrário, não vale a pena. Also, vale lembrar que a ideia do filme é baseada numa história real (dupla de criminosos plantam uma bomba num entregar de pizza e mandam ele assaltar um banco em menos de 30 minutos). Não vou falar o que acontece em cada história, mas só digo que no filme acontece diferente.

Nota 5.8

Our Idiot Brother

Logicamente, vi o filme pelo elenco. Paul Rudd, Elizabeth Banks, Zooey Deschanel, Emily Mortimer e Rashida Jones. Gosto de todos. E o trailer parecia engraçado o suficiente. Decepcionei-me um pouco (não tanto quanto no filme de cima). 

Rudd é o irmão maconheiro da família que vai preso e, de repente, precisa da ajuda das irmãs. Que, claro, têm as suas vidas e não querem ajudar um "peso morto." Lições de moral, reavaliação de valores, etc. Surpreendi-me com a Banks, ela está mais amor do que o normal.

As piadas são OK e o Rudd ficou divertido. Por sinal, a Zooey faz um casal com a Rashida, então... Se isso lhe interessa, fica a dica.

Nota 6

Cowboys & Aliens

Filme OK. Você já viu o trailer então já sabe sobre o que é.

Daniel Craig faz o típico badass e Harrison Ford faz o típico manly man. Olivia Wilde, AQUELA LINDA, um dos principais motivos que me fez ver o Cowboys & Aliens, está decente. 

O suspense assusta, a ação funciona mas a proposta é bem mais fodona do que o resultado final. De qualquer forma, é massa e diverte.

Nota 7

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 1

Então, como tenho enrolado muito pra postar aqui, e não tenho o que falar sobre os filmes que vi faz tempo, vou fazer uma série de posts grandes comentando tudo que vi nos últimos meses (que ainda não foi postado aqui). Depois disso, com sorte, volto aos posts normais.


Midnight in Paris

 Divertido! A ideia do filme é clássica. Todo mundo que eu conheço já pensou alguma vez na vida "queria ter nascido há algumas décadas atrás." A gente olha pra juventude de hoje e pensa "antigamente, sim, os jovens sabiam viver!". Eu gosto da atualidade, mas adoraria ter vivido nos anos 60, 70 ou 80. Talvez até antes.

Enfim, em Midnight in Paris, Owen Wilson faz o papel de um escritor, que está na França com Rachel McAdams, sua parceira. Owen é apaixonado pela capital francesa mas mais pela sua história do que qualquer coisa. "Imagina os anos 20 aqui em Paris!", ele pensa o tempo inteiro. Então, numa noite aleatória, ele resolve festejar com uns estranhos e, boom, viagem no tempo. Ele de repente se encontra nos anos 20. E lá encontra todo tipo de pessoa famosa que admira (Hemingway, Dali, Picasso, Buñuel, T.S. Eliot, Gauguin...). É, só citando essa lista já deu vontade de ir pros anos 20. Ele conhece também Marion Cotillard (AQUELA LINDA) e ela traz uma questão pertinente ao filme. Talvez quem viveu os anos 20, por exemplo, tenha detestado a década. Talvez eles queriam ter nascido alguns anos atrás, porque afinal, the grass is always greener on the other side.

Nota 7.7


 Crazy, Stupid, Love

 Amor! Esse filme eu queria ver faz meses antes de ser lançado, principalmente pelo elenco. Steve Carrell, Julianne Moore, Emma Stone e Ryan Gosling. Semanas antes da estreia, aqui em Toronto, este cartaz maravilhoso estava em todos os lugares. Como não amar?!

Steve Carrell e Julianne Moore estão com problemas no casamento. Ryan Gosling é o bonitão que só pensa em sexo. Até que ele se apaixona por Emma Stone (dá pra culpá-lo?). E o filme também lida com amor adolescente, apaixonar-se por alguém mais velho e tudo mais. Duas cenas em particular são lindas (a noite de Emma e Ryan e a ligação da Julianne pro Steve).

Nota 8.4

One Day

 Meh...

O cartaz é bonito e a ideia é legal, mas é só isso.

Anne Hathaway (essa linda) e Jim Sturgess se conheceram no último dia de faculdade e a partir de então começaram uma relação interessante.

Todo ano, no mesmo dia, eles conversam. O problema é que, ano após ano, fica tudo muito chato. Fica naquele "vão ou não vão?" e mesmo quando a resposta está clara, não tem quase nada acontecendo no fundo do filme. Jim ficou bem mas o sotaque da Anne tá forçado. Em geral, fraquinho.

Nota 5.5

Horrible Bosses (2011)

IMDB: Horrible Bosses
Direção: Seth Gordon
Roteiro: Michael Markowitz, John Frances Daley e Jonhatan M. Goldenstein
País: EUA


Excelente! Comédia realmente boa, na minha opinião, é a que te faz chorar de rir. Essa fez. Duas vezes.

A história de Horrible Bosses é simples. Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis são amigos. E todos tem chefes terríveis. Kevin Spacey (chefe de Bateman) é abusivo e trata seus empregados como escravos. Jennifer Aniston, chefe de Charlie, o assedia sexualmente quando ele é um bom garoto prestes a se casar. E Colin Farrell, chefe de Bateman, não se importa com porra nenhuma e só quer dinheiro. A vida dos nosso protagonistas é uma merda. Por causa do trabalho. Por causa dos chefes. Então eles começam a fantasiar, o que é perfeitamente compreensível. "Como seria bom se ele simplesmente sumisse do mundo." Depois de umas discussões e conversas sérias e nem tanto, eles decidem: os chefes precisam morrer. Então eles agilizam.

Não quero falar mais muita coisa a não ser: veja. E ria.

As cenas que me fizeram chorar de rir, por sinal, foram quando o Jamie Foxx explica porque ele é chamado de Mother Fucker Jones e o trocadilho com wet work.

Nota 9