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300: A Ascenção do Império (2014)

Direção: Noam Murro
Roteiro: Zack Snyder e Kurt Johnstad baseado em HQ de Frank Miller
País: EUA

300: A Ascenção do Império tem tudo que o primeiro filme tem (que inclusive ajudou a carreira do Zack Snyder, agora conhecido como o cara que adora cenas de ação em slow motion). Um pouco de ação decente, muitos homens semi-nus e sangue artificial. É provável que você vá gostar ou não gostar desse filme justamente pelos aspectos visuais.

Ruby Sparks (2012)

Diretor: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Roteiro: Zoe Kazan
País: EUA

Um filme sobre fantasias, o combate entre realidade e ficção, escrever e, bem, manic pixie dream girls.

Manic pixie dream girl é um termo usado para quando o seguinte acontece em ficção: temos um protagonista hétero, muito tímido e constrangido e então ele conhece, quase sempre do nada, uma moça alternativa, sempre bonitinha, normalmente com cabelo colorido, que imediatamente começa a gostar do nosso mocinho e tem a intenção de levá-lo à aventuras divertidas e a viver de verdade. Exemplos: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, Garden State, Zooey Deschannel e basicamente todos os seus personagens.

A diferença de Ruby Sparks para qualquer outro filme com MPDGs é que a realidade do nosso protagonista (Paulo Dano) literalmente se mistura com a ficção do livro que ele está escrevendo (meio como acontece no excelente Stranger Than Fiction). Ele é um cara só, rico porque escreveu um livro quando jovem e fez muito sucesso. Mora sozinho com o seu cachorro. Então começa a ter sonhos que essa ruiva linda (Ruby Sparks, interpretada por Zoe Kazan) é sua namorada caída do céu. Ele tem a ideia de escrever sobre ela e sobre o romance que eles teriam. Afinal, quem não gosta de ter fantasias? Mas então ela saí das suas palavras, assume forma física e vira uma pessoa. A namorada sobre qual ele escrevia.

No começo é tudo perfeito, claro, afinal ele criou ela. Isso faz Ruby Sparks ter uma certa vantagem sobre os outros MPDG porque nos outros filmes tudo que acontece as vezes parece bom demais pra ser verdade. Mas nesse caso não é assim porque Paul Dano literalmente escreveu como as coisas vão ser então faz sentido elas serem perfeitas do ponto de vista romântico. Digo, ele escreveu que ela é sua namorada e isso implica que ela o ama.

(Mas é claro que esse romance perfeito não dura o filme inteiro.)


O final de Ruby Sparks é um pouco forçado mas tem uma cena logo antes dele que eu gostei bastante. Quando ele fala o monólogo do seu livro novo. Ele cita uma frase clássica que diz que o escritor, no seu melhor momento, sabe que as palavras não estão saindo de ti e sim por ti. No caso, como se ele fosse um veículo que expressa seus sentimentos. E é exatamente isso que acontece.

Nota 7

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 1

Então, como tenho enrolado muito pra postar aqui, e não tenho o que falar sobre os filmes que vi faz tempo, vou fazer uma série de posts grandes comentando tudo que vi nos últimos meses (que ainda não foi postado aqui). Depois disso, com sorte, volto aos posts normais.


Midnight in Paris

 Divertido! A ideia do filme é clássica. Todo mundo que eu conheço já pensou alguma vez na vida "queria ter nascido há algumas décadas atrás." A gente olha pra juventude de hoje e pensa "antigamente, sim, os jovens sabiam viver!". Eu gosto da atualidade, mas adoraria ter vivido nos anos 60, 70 ou 80. Talvez até antes.

Enfim, em Midnight in Paris, Owen Wilson faz o papel de um escritor, que está na França com Rachel McAdams, sua parceira. Owen é apaixonado pela capital francesa mas mais pela sua história do que qualquer coisa. "Imagina os anos 20 aqui em Paris!", ele pensa o tempo inteiro. Então, numa noite aleatória, ele resolve festejar com uns estranhos e, boom, viagem no tempo. Ele de repente se encontra nos anos 20. E lá encontra todo tipo de pessoa famosa que admira (Hemingway, Dali, Picasso, Buñuel, T.S. Eliot, Gauguin...). É, só citando essa lista já deu vontade de ir pros anos 20. Ele conhece também Marion Cotillard (AQUELA LINDA) e ela traz uma questão pertinente ao filme. Talvez quem viveu os anos 20, por exemplo, tenha detestado a década. Talvez eles queriam ter nascido alguns anos atrás, porque afinal, the grass is always greener on the other side.

Nota 7.7


 Crazy, Stupid, Love

 Amor! Esse filme eu queria ver faz meses antes de ser lançado, principalmente pelo elenco. Steve Carrell, Julianne Moore, Emma Stone e Ryan Gosling. Semanas antes da estreia, aqui em Toronto, este cartaz maravilhoso estava em todos os lugares. Como não amar?!

Steve Carrell e Julianne Moore estão com problemas no casamento. Ryan Gosling é o bonitão que só pensa em sexo. Até que ele se apaixona por Emma Stone (dá pra culpá-lo?). E o filme também lida com amor adolescente, apaixonar-se por alguém mais velho e tudo mais. Duas cenas em particular são lindas (a noite de Emma e Ryan e a ligação da Julianne pro Steve).

Nota 8.4

One Day

 Meh...

O cartaz é bonito e a ideia é legal, mas é só isso.

Anne Hathaway (essa linda) e Jim Sturgess se conheceram no último dia de faculdade e a partir de então começaram uma relação interessante.

Todo ano, no mesmo dia, eles conversam. O problema é que, ano após ano, fica tudo muito chato. Fica naquele "vão ou não vão?" e mesmo quando a resposta está clara, não tem quase nada acontecendo no fundo do filme. Jim ficou bem mas o sotaque da Anne tá forçado. Em geral, fraquinho.

Nota 5.5

Além da Vida (2010)

Título Original: Hereafter
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Morgan
País: EUA

Drama sobre "o que acontece depois que a gente morre?" de Clint Eastwood.

Além da Vida fala sobre três pessoas. O americano Matt Damon, que no filme faz um médium, daqueles que tem super-poderes de verdade, e que ganhava dinheiro com isso mas cansou. Um garoto pequeno e londrino que tem seu gêmeo morto num acidente de carro. E uma jornalista francesa que tem uma experiência de quase-morte nas férias. O filme acompanha bem o que acontece com os três até que eles todos se ligam em uma Feira do Livro de Londres, quando todos estão lá com objetivos diferentes.

Eu gostei da forma como Além da Vida trata sobre esse assunto. É tudo bem direto. Also, a Bryce Dallas Howard tá linda. E tem uma cena manly tears perto do final, mas nada que deixe o filme muito melhor.

Nota 6.5

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (2010)

Título Original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Direção: David Yates
Roteiro: Steve Kloves baseado em livro de J.K. Rowling.
País: UK / USA

Tudo acaba aqui, como diz o cartaz.

Vi a maioria dos filmes de HP somente uma vez (principalmente, por algum motivo, os últimos) e, por isso, eu não lembrava de quase nada, quando HP7 começou. Então vou recapitular o principal: em HP6, descobrimos que Voldemort repartiu sua alma em sete e escondeu os pedaços em diversos objetos. E para matá-lo, só destruindo esses troços (Horcrux) antes. Então os bonzinhos estão tipo procurando as esferas do dragão, pois ninguém sabe onde as Horcruxes estão. Also, como Dumbledore morreu no filme anterior, os malvados tomaram conta do pedaço. Ou seja, "todo mundo" está atrás de HP.

Assim sendo, HP e seus amigos passam o filme inteiro fugindo e se escondendo. O que me deixou pensando, no começo do filme. Senti falta de quando os filmes eram todos em Hogwarts e as descobertas legais eram coisas como ter aula de tal coisa ou que existem feitiços para fazer aquilo. Deu saudade de quando os nossos três protagonistas eram assim. E depois então eu pensei: NOT. OK, brincadeira. Acontece que, assim como na vida, seja pro bem ou pro mal, tudo muda. E às vezes shit gets real. E é o que acontece nesse HP7.

O filme conseguiu me passar muito bem a sensação pessimista de... solidão e desesperança que os personagens passam. Tanto que minha cena favorita foi quando Harry e Hermione dançam sozinhos dentro de uma barraca, ouvindo alguma música do rádio. Nessa parte, o Ron não está com eles, pois eles tinham brigado e a Hermione principalmente estava bastante chateada. Então, no meio de um monte de merda e de uma música bonita no rádio, ele pede a mão dela para uma dança. Ela aceita mas demora um pouco pra se separar dos problemas. Até que, enfim, aproveita. Mesmo que tudo esteja ruim lá fora, e pode ser inclusive que a gente morra amanhã, mas agora, nesse instante, temos esse momento e podemos dançar. Então why not? Enjoy.


Claro, HP7 tem muito mais do que isso, tem até várias cenas hilárias, o que eu não estava esperando, por se tratar de uma parte tão séria da estória. Enfim, só me resta uma coisa a dizer. QUE VENHA A ÚLTIMA PARTE!

Nota 8.8

O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus (2009)

Título Original: The Imaginarium of Doctor Parnassus
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Terry Gilliam e Charles McKeown
País: UK / Canadá / França

O famoso último filme de Heath Ledger, dirigido por Terry Gilliam. Mas muito mais do que isso.

Doutor Parnassus fez um dia um trato com o Diabo. Ele queria imortalidade e, em troca, o Diabo tomaria seu yet-to-be-born filho ou filha quando este chegar aos 16 anos. Então falta pouco para o prazo e o Doutor começa a se arrepender. Ele aumenta a aposta e diz que vai lhe dar cinco almas, caso o Diabo desista da menina (Lily Cole). O Diabo aceita.

O Doutor Parnassus, atualmente, é dono de um circo móvel. A tropa consta dele, sua filha, Anton (Andrew Garfield) e Percy (o mini-me). Na atração deles, eles levam um voluntário para o Imaginário. É literalmente o lugar dos sonhos da pessoa, onde ela pode ser tudo que quiser, onde e como quiser. Pouco tempo depois, numa noite qualquer em Londres, eles encontram um jovem semi-morto (enforcado) numa ponte chamado Tony. Ele simpatiza com a turma (e a Lily Cole com ele) e vira o novo do grupo.

Tony eventualmente entra no Imaginário e adivinha? Lá, ele não é ele mesmo. Ele é Jude Law! Ou Johnny Depp! Ou Colin Farrell! Assim conseguiram terminar o filme, visto que o Heath morreu no meio das filmagens.


Bonito, criativo, diferente. VEJAM! Also, O Diabo = Tom Waits.

Nota 9

Alice no País das Maravilhas (2010)

Título Original: Alice in Wonderland
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton baseada em livros de Lewis Carroll
País: EUA

Um dos filmes mais esperados do ano. Mas que decepcionou todo mundo.

OK, se você procura uma versão "live action" daquele desenho da Alice da Disney que todo mundo conhece, pode tirar o cavalinho da chuva. Eu, particularmente, nunca li Alice nem a sua continuação. Mas pelo que eu ouvi falar, esse filme é baseado no segundo livro. Se ficou fiel eu não sei, mas eu não achei a história ruim. I mean, se é feita pelo mesmo cara, how bad can it be? Fiquei muito curioso pra ler o segundo livro. Lerei eventualmente.

Ah, e o filme é "visualmente bonito." O que isso quer dizer, afinal? Quanto mais artificial, melhor? Por vezes fiquei irritado e tudo que eu queria era uma cena dentro de uma casa, com o menor número de efeitos especiais possíveis. Enfim, funciona. Até ali. Um ponto bom do filme é a Alice mesmo. Ela ficou ótima.

Alice no País das Maravilhas é decente. That's it.


Nota 6.3

Príncipe da Persia: As Areias do Tempo (2010)

Título Original: Prince of Persia: The Sands of Time
Direção: Mike Newell
Roteiro: Boaz Yakin, Doug Miro e Carlo Bernand baseados em jogos de video game
País: EUA


Nunca joguei Prince of Persia, então não sei se é uma boa adaptação. Eu vi um filme decente.

Jake é um moleque pobre que é adotado pela realeza pela sua honestidade. Ele sempre foi sincero e simpático, mas alguns de seus irmãos não gostavam disso. Então ele é culpado pela morte do Rei (pai deles) e vira fugitivo. E descobre uma adaga que permite voltar no tempo..

Meh. Jake tá bem, a princessa é OK, Alfred Molina e Ben Kingsley estão legais.

Nota 6.6

Um Olhar do Paraíso (2009)

Título Original: The Lovely Bones
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh e Philippa Boyens baseado em livro de Alice Sebold
País: EUA / UK / Nova Zelândia


Mais uma prova de que cineasta bom não faz sempre filme bom. Bem, o filme é baseado num livro, então suponho que a culpa não seja do Peter Jackson..

Um Olhar do Paraíso fala de Susie, uma garotinha de 14 anos que é brutalmente assassinada pelo seu vizinho. A partir daí, ela vira um espírito errante pelos mundos e assiste de camarote tudo que acontece com sua família e o seu assassino. Então ela precisa se decidir entre tentar a vingança contra o cara ou esperar que sua família melhore da perda. Ah, e ela também auxilia uns amigos, digamos, a encontrarem o seu corpo sumido.

Meh, tudo bem, essa sinopse não parece tão horrível assim. Mas o filme é forçado e chato. Esse tal in-between, lugar onde Susie está, é uma espécie de paraíso (daí o nome do filme), que tem tudo que ela gosta e é muito, muito bonito. E totalmente fantasioso, rosas brotam em baixo de rios congelados e por aí vai. Era pra ajudar na estética do filme, mas não quebrou o galho pra mim. É muito artificial e WTF.

Recomendo Um Olhar do Paraíso só para fãs do Stanley Tucci (ele ficou legal de vilão), Saoirse Ronan (a loirinha de Desejo e Reparação) e Rachel Weisz (linda, dispensa comentários).


Nota 5.2

Ghost Town (2008)

Título Original: Ghost Town
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp
País: EUA

Não preciso nem falar que só vi o filme por causa do Ricky Gervais.

Ele é um dentista. Solteiro, velho, relativamente bem de com a vida. Então um dia ele morre. Digo, por alguns minutos. E quando ele volta, percebe que as coisas não são as mesmas. Agora ele consegue ver espíritos que rondam o mundo dos vivos. E, bem, os mortos percebem isso e começam a encher o saco dele. Sendo um deles, Greg Kinnear, um rico desgraçado que traía a mulher. E os mortos pedem favores, pois afinal se eles ainda andam pela Terra, talvez exista algo pendente que precisa ser resolvido. E Ricky Gervais supostamente é o cara pra isso.


Meh, por não ser escrito pelo Gervais, não se poderia esperar grandes coisas. Mas o filme diverte. É ele, afinal. Tem uma cena genial, mas que eu nem lembro na verdade. Isso aqui é melhor.

Nota 6.4

Onde Vivem os Monstros (2009)

Título Original: Where The Wild Things Are
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze e Dave Eggers baseado em livro de Maurice Sendak
País: EUA

Putz, que filme bom! Precisava ver um filme assim.

Max é um garotinho normal. Ele tem uma mãe solteira e uma irmã mais velha. Ou seja, ele é bastante ignorado. Ele brinca com o cachorro e com seus amigos imaginários. Mas então um dia ele briga com a mãe e ele foge de casa. Ele parte de barco e para numa ilha onde encontra vários monstros. E então começa a se relacionar com eles.

Sabe aquelas sensações boas (e as ruins também) que Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças passa? Onde Vivem os Monstros tem isso. Nesse filme, tem muito daquela cena onde a Kate Winslet fala sobre como é solitário ser criança. E aí o Max encontra e fica amigo dos monstros e tudo fica bem e você fica feliz, como quando o Jim Carrey fica criança e pula na chuva. Mas aí Max percebe que os monstros também têm seus problemas.

Uma das coisas que achei mais legal nesse filme é que, porra, Carol, o monstro mais amigo de Max, é dublado pelo James Gandolfini, cara! Pra quem não conhece, ele é Tony fucking Soprano. Já imaginou ele fazer a voz de um bicho grande, peludo e divertido? Ficou demais. Eu gostei muito do começo de Onde Vivem os Monstros também. As cenas iniciais são geniais. O Max com o cachorro e ele no iglu.


Nota 9.2

Paixão Suicida (2006)

Título Original: Wristcutters - A Love Story
Direção: Goran Dukic
Roteiro: Goran Dukic, baseado em conto de Etgar Keret
País: EUA/Croácia/UK


Paixão Suicida é original. O filme se passa num mundo que é o lugar para onde todo mundo se matou vai. Para a decepção deles, bem, é tudo praticamente igual ao mundo real. Com a diferença de que ninguém sorri.

Zia, nosso protagonista, é novo no local. Ele se matou por causa da namorada. Atualmente, ele divide o apartamento com um russo. Um dia, porém, Zia descobre que sua namorada também cometeu suicídio e está nesse mundo estranho. Ele (junto com o russo) parte numa jornada em busca dela. No caminho, eles encontram Mikal, uma moça que se matou sem querer (overdose). Ela busca os donos desse lugar, pois quer reclamar disso (não morreu de propósito) e quer voltar pro mundo real. Ah, o russo se matou sem querer também (derramou em cima da guitarra, em um show ao vivo) mas ele não tem problema em estar lá, afinal toda sua família está (é..).


Pelo que eu acabei de dizer, já dá pra perceber que é um filme com uma história bem estranha e diferente. Enfim, é um filme legal. É engraçado e você fica curioso pra saber como exatamente funciona esse mundo estranho.


Nota 8.2

Um Homem de Família (2000)

Título Original: The Family Man
Direção: Brett Ratner
Roteiro: David Diamond e Weissman
País: EUA


Ninguém sabe como vai ser o seu futuro. Você não sabe se (e quais) as decisões que tomou ontem ou mês passado vão lhe afetar. Nem de que forma. Talvez lhe afetem de um jeito tão passivo e despercebido que você nem ficará sabendo. E isso gera arrependimento. Pensar um pouco mais antes de ter falado aquilo, ter saído de casa naquela noite com os amigos ou quem sabe ter mudado o seu jeito rotineiro de ser só com aquela pessoa, aquela hora. Como eu disse, é possível que as decisões que mais lhe afetam no presente são acontecimentos que você mal lembra (inclusive, creio eu, esse é um dos motivos do porquê existem psiquiatras e relativos; buscar motivos e sentido em sentimentos). Isso tudo, naturalmente, deixa o homem muito pensativo e indeciso. É impossível que tenha existido um homem até hoje que nunca tenha pensado "e se eu tivesse feito aquilo?" E é nessa frase que Um Homem de Família se baseia.

Nicolas Cage faz o papel de um homem de negócios muito bem sucedido. Trabalha em Wall Street, ganha muito dinheiro, tem um carro fodão and all that jazz. Por pensar unicamente no trabalho, isso o fez um homem, talvez, egoísta, que só pensa no que ele gostaria de fazer. Ele mora sozinho e não tem mulher nem filhos. Assim sendo, ele já é diferente da maioria dos outros personagens normais do seu trabalho, e isso cria um carisma interessante nele. Isso e o fato de ele ser muito confiante em si mesmo.

Natal. Todos indo pra casa mais cedo, para as famílias. Uma época que faz Jack (Nicolas) pensar. "Seria eu uma pessoa mais feliz se fosse como todos? Se tivesse uma família saudável e normal?" De qualquer forma, faltando pouco pra meia-noite, ele vai comprar algo para comer numa loja qualquer. No loja, acontece um assalto. Bem, o cara chega com uma raspadinha "premiada" e o dono da loja acusa fulano de fraude. Ele tira uma arma. Jack acaba se metendo na confusão e propõe um trato. O cara aceita e eles saem juntos. Na rua, Jack, por algum motivo, se sente tocado pela.. falta de oportunidade, talvez, do fulano e fala sobre botá-lo em alguma instituição. O cara ri e nega. Eles conversam mais um pouco e o cara pergunta para Jack: do que você precisa? Culpado, Jack responde que não precisa de nada. O cara não acredita e enfim eles se separam. No dia seguinte, Jack acorda ao lado de sua ex-namorada (agora esposa) de anos atrás, em uma casa, com dois filhos e um cachorro. Mas ele continua sendo o Jack de sempre.


Um Homem de Família não só faz você refletir sobre se sempre fez as decisões certas (possivelmente não) mas te diverte e emociona, enquanto Jack tenta se adaptar nessa vida nova. Uma vida que, talvez, ele sempre quis e nunca percebeu.

Nota 9.1

Coraline e o Mundo Secreto (2009)

Título Original: Coraline
Direção: Henry Selick
Roteiro: Henry Selick baseado em livro de Neil Gaiman
País: EUA


Took me long enough..

Coraline é uma garotinha que se mudou e está entediada. Ela então conhece os vizinhos, todos mais velhos e estranhos. Mas aí um dia, de saco cheio de tudo, encontra uma portinha na casa nova.. que está fechada. Só que ela confere depois outro dia e, tcharam, tem um caminho colorido que lida para um outro lugar. Tim Burton? Não, Neil Gaiman. Enfim, o filme é mágico. O tal mundo secreto é maravilhoso, mas, bem, não é real. Isso me lembra de Vanilla Sky..


Quer animação boa, veja Coraline. Arrependo-me profundamente de não ter ido para Porto Alegre ver o filme em 3D, já que ele foi feito para ver nesses cinemas.


Nota 9.2

Arraste-me Para o Inferno (2009)

Título Original: Drag me to hell
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi
País: EUA



Uma imagem > mil palavras, certo? Acima foi a minha reação, na maioria das cenas do novo Sam Raimi.


Não, o filme não é horroroso. É que finalmente percebi que não tenho mais a menor paciência pra filme trash. Eu não consigo separar o que é feito pra ser sério e o que é piada. Se você gosta desse gênero, vai fundo, provavelmente vá gostar. Tem uma coisa no final que eu achei legal, mas... não.


Nota 3.5

X-Men Origens: Wolverine (2009)

Título Original: X-Men Origins: Wolverine
Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff e Skip Woods
País: EUA


*boceja*


Nota 3

Mais Estranho que a Ficção (2006)

Título Original: Stranger Than Fiction
Direção: Marc Forster
Roteiro: Zach Helm
País: EUA


Totalmente ótimo! Original, engraçado, dramático. Muito bom!

Will Ferrel faz um trabalhador honesto e extremamente metódico e preciso. O cara mora sozinho e a vida dele são uma sequência de dias iguais infinitos. Mas ele não é triste por causa disso, e sim não percebeu ainda, ou tanto faz. Eis que um dia ele começa a escutar a narradora do filme narrando a sua vida. Sim, isso mesmo.

Acontece que, em outra parte do filme, existe uma autora e ela está fazendo um livro. E personagem dela principal é o Will Ferrel. Ela escreve e acontece com ele. Basicamente isso.


Não fosse o final hollywoodiano, seria um excelente drama. Mas de qualquer forma, não deixa de ser criativo e ter o seu valor.

Nota 8.3

Coração de Tinta - O Livro Mágico (2008)

Título Original: Inkheart
Direção: Iain Softley
Roteiro por: David Lindsay-Abaire, baseado em livro de Cornelia Funke
País: EUA/Alemanha/UK


Coração de Tinta tem uma proposta interessante. O protagonista tem o seguinte poder especial: toda vez que ele lê algo em voz alta, aquilo acontece. Na hora.

Infelizmente o filme não é muito bem trabalhado com essa idéia. Por vezes, fica muito confuso (por exemplo, quando isso acontece, pessoas saem do livro pro mundo real e vice-versa, mas às vezes isso não acontece) e não se incomodam em explicar muito bem.


Nota 5.1

The Curious Case of Benjamin Button (2008)

Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Direção: David Fincher
Roteiro por: Eric Roth e Robin Swicord
País: EUA


Acho que todo mundo já sabe sobre o que trata esse filme, mas falarei aqui. Ele conta a história de Benjamin Button (Brad Pitt), uma pessoa que nasce... velha. Seus primeiros momentos de vida se asemelham (fisicamente) ao de um idoso no seu leito de morte. Médicos, ao analisarem a situação, notam que é um caso muito estranho e não dão muito tempo de vida para o pobre bebê. Mas o que acontece é o oposto, ele vai ficando cada vez melhor. E mais novo.

É engraçado que Benjamin é abandonado pela família e logo começa a morar em um abrigo de idosos. Então, ao invés de passar sua infância cercado de crianças (como acontece com a maioria delas), ele passa no meio de velhos. Pessoas com uma grande experiência de vida. Isso torna Benjamin uma pessoa muito interessante - como se já não fosse, pela sua condição. Eu estava louco pra ver esse filme faz tempo já, queria muito ver como iriam trabalhar com essa temática inusitada, uma pessoa que rejuvenesce com o passar do tempo. O filme não só foi de acordo com todas minhas expectativas, como as superou.

Ótimo.

Sobre as indicações: talvez ganhe melhor diretor, drama e roteiro. Ator e trilha acho improvável. Trilha não foi muito marcante e ator não vi nenhum dos outros indicados, mas tenho certeza que são excelentes.

Nota 8.8

Bolt (2008)

Título Original: Bolt
Direção: Byron Howard e Chris Williams
Roteiro por: Dan Fogelman e Chris Williams
País: EUA


Bolt é um cachorro famoso, que protagonisa um programa de televisão onde ele é um super-cão, com, naturalmente, super-poderes. O problema é que ele acha que é tudo verdade. Como sempre foi um cão "ator", ele nunca teve uma vida de cachorro normal e então acha que a atriz que faz a sua dona é realmente sua dona, acha que todos os gatos são criaturas demoníacas e por aí vai.

Então, por acidente, logo depois de um episódio onde sua dona era raptada, Bolt é enviado em uma caixa para NYC, sozinho. E para voltar ao estúdio, lá em Hollywood, ele atravessa o país e acaba conhecendo vários animais que resolvem ajudá-lo.

O destaque do filme justamente é esse, uma jornada no mundo real, fora das câmeras, onde ele aprende que é um cão normal, tentando usar poderes e vendo que não funcionam e acaba botando culpa em outras coisas. O que eu mais gostei do final foi a gata que vira amiga dele, a Mittens. Enfim... É um filme divertido e engraçado, mas, novamente, that's it.


Sobre as indicações: melhor animação muito improvável, tenho quase certeza que Wall-E vai ganhar. Melhor música, improvável também, apesar de a música ser legalzinha.

Nota 6.9