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Like Crazy (2011)

Título Original: Like Crazy
Direção: Drake Doremus
Roteiro: Drake Doremus e Ben York Jones
País: EUA

Like Crazy é um filme sobre como relacionamentos (especialmente a distância) sofrem com o tempo e a apatia.

X e Y são estudantes da UCLA e se apaixonam. Tudo é bonito e único. Mas ela é de Londres e seu visa vai expirar logo. Algumas más decisões típicas de "jovens adultos" depois, eles tentam se manter juntos após toda a apatia que a distância traz. Like Crazy é dolorosamente realista e, quando o casal é feliz, ele passa com sucesso a sensação de que são a única coisa que importa no universo. E a gente sente também a ausência, o vazio, de quando eles estão separados.

O filme me fez pensar sobre os pontos-de-vista bons e ruins desse assunto. Um casal feliz que você conheça, por exemplo, por bastante tempo; eles sabem a sorte tem? Como se ganha ou perde a batalha do quanto tolerar a pessoa com o tempo contra a vontade de manter o relacionamento junto? Como se sabe quando é tarde demais pra tentar de novo?


Pelo romance do filme ser bonito e puro, ele me lembrou, em diversas partes, de Brilho Eterno. Inclusive o final, apesar de, bem, não vou comentar. Vou dar nove por causa do final. A protagonista, por sinal, é a coisa mais linda do mundo.

Nota 9

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 2

Moving on...

30 Minutes Or Less

Eh... Eu estava esperando uma boa comédia, por causa desses três da esquerda aí do cartaz. Mas as piadas são fracas. Aziz Ansari e Danny McBride decepcionam, Jesse Eisenberg tá legal porque, pelo menos no começo do filme, ele faz papel de um badass.

Enfim, só recomendo se for muito fã de algum dos três. Caso contrário, não vale a pena. Also, vale lembrar que a ideia do filme é baseada numa história real (dupla de criminosos plantam uma bomba num entregar de pizza e mandam ele assaltar um banco em menos de 30 minutos). Não vou falar o que acontece em cada história, mas só digo que no filme acontece diferente.

Nota 5.8

Our Idiot Brother

Logicamente, vi o filme pelo elenco. Paul Rudd, Elizabeth Banks, Zooey Deschanel, Emily Mortimer e Rashida Jones. Gosto de todos. E o trailer parecia engraçado o suficiente. Decepcionei-me um pouco (não tanto quanto no filme de cima). 

Rudd é o irmão maconheiro da família que vai preso e, de repente, precisa da ajuda das irmãs. Que, claro, têm as suas vidas e não querem ajudar um "peso morto." Lições de moral, reavaliação de valores, etc. Surpreendi-me com a Banks, ela está mais amor do que o normal.

As piadas são OK e o Rudd ficou divertido. Por sinal, a Zooey faz um casal com a Rashida, então... Se isso lhe interessa, fica a dica.

Nota 6

Cowboys & Aliens

Filme OK. Você já viu o trailer então já sabe sobre o que é.

Daniel Craig faz o típico badass e Harrison Ford faz o típico manly man. Olivia Wilde, AQUELA LINDA, um dos principais motivos que me fez ver o Cowboys & Aliens, está decente. 

O suspense assusta, a ação funciona mas a proposta é bem mais fodona do que o resultado final. De qualquer forma, é massa e diverte.

Nota 7

Horrible Bosses (2011)

IMDB: Horrible Bosses
Direção: Seth Gordon
Roteiro: Michael Markowitz, John Frances Daley e Jonhatan M. Goldenstein
País: EUA


Excelente! Comédia realmente boa, na minha opinião, é a que te faz chorar de rir. Essa fez. Duas vezes.

A história de Horrible Bosses é simples. Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis são amigos. E todos tem chefes terríveis. Kevin Spacey (chefe de Bateman) é abusivo e trata seus empregados como escravos. Jennifer Aniston, chefe de Charlie, o assedia sexualmente quando ele é um bom garoto prestes a se casar. E Colin Farrell, chefe de Bateman, não se importa com porra nenhuma e só quer dinheiro. A vida dos nosso protagonistas é uma merda. Por causa do trabalho. Por causa dos chefes. Então eles começam a fantasiar, o que é perfeitamente compreensível. "Como seria bom se ele simplesmente sumisse do mundo." Depois de umas discussões e conversas sérias e nem tanto, eles decidem: os chefes precisam morrer. Então eles agilizam.

Não quero falar mais muita coisa a não ser: veja. E ria.

As cenas que me fizeram chorar de rir, por sinal, foram quando o Jamie Foxx explica porque ele é chamado de Mother Fucker Jones e o trocadilho com wet work.

Nota 9

Armadillo (2010)

IMDb: Armadillo
Direção: Janus Metz Pedersen
Roteiro: Kasper Torsting
País: Dinamarca

Não tenho muito o que falar desse documentário. Ele conta a história de um esquadrão dinamarquês que foi pra Guerra do Afeganistão. É tudo bem realista. Ou seja, a maior parte do tempo é os caras esperando e não fazendo nada e tem um pouco de guerra de verdade.

Para fãs de guerra.

Nota 7.5

Super 8 (2011)

IMDb: Super 8
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: J.J. Abrams
País: EUA


Novo filme do J.J. Abrams. Se você não sabe quem é ele, como diz um amigo meu, "qual é o teu problema?!" Co-criador de Lost e Fringe, diretor de Missão Impossível 3 e Star Trek.

Super 8 é simples. Ambientado em 1979, ele fala sobre um grupo de adolescentes amigos que gostam de fazer filmes caseiros sobre detetives and whatnot. Um dia eles conseguem convencer a menina mais bonita da escola (Elle Fanning :3) a participar. Eles estão filmando perto de uma estação de trem quando de repente... um acidente enorme acontece perto deles. Vagões capotam, coisas explodem, shit happens. Todos protagonistas sobrevivem. Alguns dias depois, eventos estranhos surgem. Então descobrimos que são relacionados a aliens.

Fatores legais do filme: Elle Fanning está ótima, pela escolha de trabalhos que ela tem feito, já dá pra ver que é muito superior à detestável irmã Dakota Fanning. O romance da infância que rola em Super 8 é bonitinho, como deveria ser. O filme é tenso e dá bastante sustos. A comédia (química) entre as crianças funciona. Resumindo... Aprovado!

Nota 7.8

Bridesmaids (2011)

IMDb: Bridesmaids
Direção: Paul Feig
Roteiro: Kristen Wiig e Annie Mumolo
Pais: EUA

Um dos primeiros filmes que vi aqui no Canadá foi um chick flick. Você se pergunta, por quê? Em primeiro lugar, Bridesmaids é do Paul Feig, escritor e diretor de vários episódios de The Office, Freaks & Geeks e Arrested Development. Em segundo lugar, todo o mundo da comédia estava falando bem desse filme. Então decidi ir e não saí decepcionado.

Bridesmaids fala da amizade entre Annie e Lillian, BFFs, blá blá blá. Lillian tem um namorado e Annie é a solteirona. Então Lillian vira noiva e Annie tem que lidar com as bridesmaids (ela sendod uma, claro). Temos os exemplos clássicos de mulheres adultas e casadas: uma só teve um homem na vida e nunca experimentou nada fora do comum. Outra tem filhos, detesta ser mãe e quer mudanças. Outra (Rose Byrne, aquela linda) é rica e quer roubar a noiva das outras amigas. E, entrarei em detalhes sobre a última logo, a gorda (Melissa McCarthy) que não tem a ver com o assunto e rouba o filme.

PROS

- Parte do elenco. Rose Byrne e Jon Hamm pra ser mais específico. Os dois estão ótimos.

- Algumas cenas em particular. A da viagem de avião, a de quando elas sofrem de intoxicação alimentar numa loja de vestidos, a de Annie e não lembro quem mais tentando deixar um policial irritado...

- Melissa McCarthy. O personagem dela é genial. Qualquer um que gostou do filme vai falar que ela é destaque.

CONS

- O de sempre. Clichês hollywoodianos and all that jazz.


É uma boa comédia, deu pra rir bastante. Recomendo mais para as mulheres, né.

Nota 8.2

The Tree of Life (2011)

Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
País: EUA

O primeiro filme que vi nos cinemas canadenses já é ótimo. Comecei bem.

A história de The Tree of Life não tem nada de especial. A maioria dela se passa nos anos 50, onde Brad Pitt e sua mulher (uma ruiva linda, mas desconhecida) lidam com seus três filhos jovens. Ao mesmo tempo, temos lances do futuro, onde um dos irmãos já cresceu e agora é Sean Penn. Percebemos que ele divaga pela vida e se pergunta inúmeras vezes sobre a morte de um dos irmãos (notamos isso bem no começo).

Então, o que esse filme tem de especial? Bom, vamos para a lista de pros & cons onde posso me aprofundar.

PROS

- A beleza e grandiosidade das imagens em geral. Uma coisa interessante sobre esse filme é que ele deve ser o filme mais parecido com 2001 Uma Odisséia no Espaço que eu já vi. Estranho, você acha? Faz sentido, The Tree of Life nem sci-fi é. Mas lembram do começo de 2001? Que se passa muito antes da existência do homem? Ou da enorme gama de, simplesmente, imagens "aleatórias" como estrelas, galáxias, desertos and whatnot? The Tree of Life tem muito isso. Em relação com o início de 2001, por exemplo, o novo filme de Terrence Malick nos mostra dinossauros. Mas ele não segue uma linearidade, diferente de Kubrick. Ou seja... lá no meio do filme, surgem imagens (CGI, actually) de alguns dinossauros confraternizando. Por quê? Qual o sentido de botar imagens assim no meio da história do filme? Escolha você a resposta.

- A trilha sonora e a constante "narração". Basicamente, toda trilha é composta por música clássica. E botei narração entre aspas porque não se trata de somente uma voz contando os fatos que acontecem. São os personagens do filme que constantemente se perguntam sobre, you know, coisas do dia-a-dia como vida, morte and all that jazz. E essa combinação das músicas com a narração ficou excelente. The Tree of Life já começa com uma beleza absurda. A primeira música que toca é sensacional. Ela fica épica a partir dos 2:20, pode botar lá direto. E não precisa escutar toda. To com ela no repeat aqui.

- Grace. Grace é o nome da ruiva, mas os personagem mencionam muito a palavra graça em geral. As in como viver com graciosidade. "Grace doesn't try to please itself. It accepts being slighted, forgotten, disliked." Tudo que eles falam sobre graça se aplica à personagem, tão bonita e graciosa (duh) que ela parece intocável, sabe. Definitivamente uma vantagem do filme.

- Poucos diálogos. Como The Tree of Life é tão cheio de imagens (ok, não taaaanto), Malick deixou as conversas pequenas. Ou melhor, eles só nos mostra pedaços de conversas. Diálogos rápidos e curtos. Pequenos momentos na infância dos filhos onde Brad Pitt ensina uma ou duas coisas. Uma lembrança feliz, uma emocionante.

CONS

- A não-convencionalidade do filme. Isso pode incomodar uns. Matter of fact, geral não gosta disso. Todos estão acostumados com narrativas rápidas e ter que pensar imediatamente durante um filme pra ver se entendeu ou não. Vão chamar The Tree of Life de pretensioso, sem sentido, sem propósito. Tenho duas coisas pra dizer pra estes: too deep for you. Hah, nah, brincadeira. Mas sério agora: é indeed uma pena que são poucos os que vão conseguir realmente apreciar esse filme. Ei, muita gente saiu do cinema no meio de 2001 antigamente porque não gostaram ou whatever. Quem sabe...


Nota 9.6

PS: Vou botar os títulos no nome original por preguiça.

Se Beber, Não Case 2 (2011)

Título Original: The Hangover Part II
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Craig Mazin, Scot Armstrong e Todd Phillips
País: EUA

Pior do que o primeiro mesmo. Vou experimentar fazer um tipo diferente de post, dessa vez com uma lista de pros and cons. Um pouco sobre o filme antes. A moral é a mesma: um dos caras vai casar (dessa vez o Andy de The Office) e, depois da despedida de solteiro, ninguém lembra de nada e wtf happened last night. A diferença é que eles não ficaram "muito loucos" de propósito.

PROS:
- Mais destaque pro Señor Chang. Ele tá realmente muito bem. Vocês deveriam ver Community.
- Tocam duas músicas do Kanye West. Mesma coisa no primeiro filme.

CONS:
- Menos destaque pro Galifianakis, a melhor coisa da série. Porra! No primeiro filme, cada fala dele é, praticamente, uma masterpiece. Aqui reduziram o personagem dele pra uma babaca que mal acrescenta nada.
- Las Vegas > Bangkok
- Piadas de trava em Bangkok são previsíveis.


Sinto como se tivesse algo faltando nesse filme. Achei fraco.

Nota 7.3

Troll Hunter (2010)

Título Original: Trolljegeren
Direção: André øvredal
Roteiro: André øvredal
País: Noruega

Filme tipo Bruxa de Blair e Cloverfield (por sinal, não vi nenhum dos dois) mas sobre caçar trolls! :3

Notícia na Noruega atualmente são os massacres de ursos. Ninguém sabe a causa exata, mas é tudo suspeito. Pegadas gigantes, silêncio do governo. Então um grupo de estudantes de jornalismo resolve investigar por conta própria. Eles encontram um tiozão que está sempre envolvido nas investigações e que constantemente recusa dar entrevistas. Os "repórteres" seguem o cara o tempo todo e, bem, acabam esgotando a paciência do senhor que resolve explicar tudo.


Não é tão bom quanto eu esperava. A melhor cena sem dúvida é lá perto do final, com o último troll. O filme é tenso, realmente parece um documentário e os efeitos especiais são decentes. Mas senti como se estivesse algo faltando.

Nota 7.4

Não me Abandone Jamais (2010)

Título Original: Never Let Me Go
Direção: Mark Romanek
Roteiro: Alex Garland baseado em livro de Kazuo Ishiguro
País: UK / EUA

OK, this is a big one. Esse é um filme que quero ver há mais de 4 meses, por dois motivos, basicamente. Primeiro, o elenco. Carey Mulligan pra ser mais exato, apesar de gostar muito do Andrew Garfield e (um pouco menos) da Keira Knightley. Fiquei sabendo do filme provavelmente pelo Tumblr, vendo algumas imagens dos três. Fui me informar, vi que era baseado num livro de um japa (Kazuo Ishiguro) e comecei a pesquisar sobre a obra. Pela capa e cenas do trailer, eu já fiquei muito interessado. Percebi que era daqueles filmes/livros que eu tinha certeza que ia gostar. Então, após ler várias reviews boas e comentários positivos de um amigo meu (que me disse que o Kazuo escreve em inglês), eu resolvi comprar o livro na língua original. E, depois de muito enrolar, como sempre, eu terminei de ler. E, novamente, agora já por saber como tudo acontece, enrolei mais ainda pra ver o filme, por achar que talvez nunca estivesse preparado, hah. Mas enfim.

Never Let Me Go (recuso-me a botar em português, nenhuma tradução é fiel o suficiente) fala sobre uma menina, Kathy (Carey), e seus dois amigos Tommy (Andrew) e Ruth (Keira). Desde sempre, eles estudam no mesmo colégio, uma espécie de orfanato pois todos moravam lá. Eles não tinham nenhum contato praticamente com o mundo exterior e os professores de Hailsham (o nome do local) os tratavam como as crianças mais importantes do mundo. É tudo sempre um pouco suspeito, diferente do normal, quase todo mundo dá olhares de pena para as crianças, mas, claro, são todos tão jovens e eles não se importam. Mas então um dia uma professora relativamente nova em Hailsham resolve falar. Vou falar a cena a seguir como ela é descrita no livro, muito diferente do filme, pois ficou bem melhor assim.

Chove e vários alunos (assim como essa professora) estão em baixo de um toldo, a caminho de um campus para outro de Hailsham, basicamente. A professora está inquieta e estressada. Os alunos nem percebem o estado dela e levam conversas normais. Uma das crianças comenta que adoraria ir pra Hollywood quando crescer e virar uma atriz famosa. A professora imediatamente começa a prestar a atenção e na hora fica muito triste. Então ela liga o "foda-se" e diz. Ela fala que nenhuma das crianças de Hailsham vão virar adultos. Que quando chegar certo ponto, todas doarão orgãos vitais para o benefício de outras pessoas. Que é esse o propósito delas e de Hailsham, já está tudo programado, não existe outra opção. Claro, as crianças ficam absurdamente chocadas com as informações. Com o passar do tempo, elas também percebem que são clones. Clones feitos unicamente com esse objetivo, doação de orgãos, enquanto o seu original, está no mundo lá fora, com uma vida normal.

A infância acaba e todos viram adolescentes. Onto the next step... Todos devem se mudar de Hailsham e ir para escolas já mais direcionadas para, né, a preparação do que virá a seguir. Tommy, Kathy e Ruth conseguem ir os três para o mesmo lugar. Então ali elas ficam sabendo de um rumor interessante. Nessa época, Tommy e Ruth estão namorando, apesar de Tommy gostar mais de Kathy (e ela gostar dele), foi Ruth quem teve a iniciativa e ela quem se deu bem. Um casal experiente da segunda escola (Cottages, me acostumei com esse termo) menciona a adiamento. É basicamente o seguinte: se um casal dessas casas conseguisse provar que estivesse apaixonado um pelo outro, o pessoal os daria alguns anos para, you know, viverem e serem felizes, ao invés de começar a doar orgãos logo de cara. É a ideia romântica perfeita. Vamos ter uns anos juntos para depois dizer adeus. Infelizmente nenhum dos três protagonistas tinha ouvido falar disso mas o conceito de adiamento ficou na cabeça deles. E é basicamente em função disso que ficam em função os nossos protagonistas: esperança e a incessante busca de sentido nessa existência maldita.

Não vou comparar muitas cenas entre os dois, em algumas, como sempre, o filme foi muito pior (a cena que citei da professora desabafando, no livro também tem uma cena da Madame interrompendo uma dança com a almofada de Kathy escutando o toca-fita) mas em outras ganhou meu respeito (a segunda ou terceira doação de Ruth, o grito do Tommy perto do final). E o final. Tava tudo indo tão bem, mas mudaram as palavras. A moral do final do livro vocês podem ler no final desse post e ela é, apesar dos pesares, algo como "life goes on" e o filme tem uma vibe mais Blade Runner. "But then again, who does?"


Nota 8.6


BTW, essa capa é a do livro, mais bonita do que qualquer pôster do filme.



"I was thinking about the rubbish, the flapping plastic in the branches, the shore-line of odd stuff caught along the fencing, and I half-closed my eyes and imagined this was the spot where everything I'd ever lost since my childhood had washed up, and I was now standing here in front of it, and if I waited long enough, a tiny figure would appear on the horizon across the field, and gradually get larger until I'd see it was Tommy, and he'd wave, maybe even call. The fantasy never got beyond that --I didn't let it-- and though the tears rolled down my face, I wasn't sobbing or out of control. I just waited a bit, then turned back to the car, to drive off to wherever it was I was supposed to be."

O Vencedor (2010)

Título Original: The Fighter
Direção: David O. Russell
Roteiro: Scott Silver, Paul Damasy e Eric Johnson, baseado em fatos reais
País: EUA

Fucking epic!

Baseado em fatos reais, O Vencedor conta a história dos irmãos Ward, dois famosos boxeadores dos anos 80. Os dois são de uma pequena cidade que está cada vez mais sendo engolida pelo crack e Christian Bale, o irmão mais velho, e outrora um ótimo boxeador, é um desses viciados. Mas Mark Wahlberg, seu caçula, está no caminho oposto e procura se tornar um profissional melhor ainda nesse esporte. E logo conhece Amy Adams (aquela LINDA) e percebemos como funciona sua relação com a família Ward. Sua mãe tem filhos de vários homens (quase todas mulheres) e todos vivem juntos. E, ao invés de deixarem Mark aproveitar chances de treinar com profissionais interessados na carreira em potencial do guri, eles decidem que ficar com a família é melhor, afinal, eles tem experiência em, you know, arranjar lutas, treinar (que ele faz com Bale) e tudo mais. Basicamente tudo que ele sabe, no começo do filme, ele aprendeu com o irmão. Então ele resolve cortar os laços um dia e treinar em outra academia e se vai morar com Amy. O que, claro, cria um sentimento de traição entre os familiares.

Quando isso acontece, ele começa a ser dar melhor, mas, claro, sem nunca esquecer os ensinamentos de seu irmão. E, né, no fim do dia, todos querem somente que o cara vença a luta, no matter what. E é isso que deixa O Vencedor tão emocionante. A luta final quase me fez chorar!

Quando o filme acaba, os irmãos Ward de verdade aparecem e notamos que, de fato, o Bale tá igual ao cara, ficou sensacional. No wonder ele ganhou Oscar e tudo mais, ele é muito foda.

Nota 9.4

Besouro Verde (2011)

Título Original: The Green Hornet
Direção: Michel Gondry
Roteiro: Seth Rogen e Evan Goldberg baseado em obra de George W. Trendle
País: EUA

Divertido!

Seguinte: Seth Rogen é um filho de papai que só pensa em festa. O pai dele é o dono de um jornal famoso pela sua integridade profissional, o que fez da família Reid milionários. Um dia, porém, o pai morre e Seth não sabe o que fazer da vida. Ele então vira amigo do ajudante de seu pai, um japinha chamado Kato. Kato, por sua vez, é o cara mais foda do mundo. Mestre da engenharia, ele é daqueles que sabe fazer tudo. Então, um dia, revoltados com as injustiças desse mundo cruel, eles resolvem combater o crime. Ao lidar com problemas morais, though, eles decidem não agir como mocinhos normais. Eles resolvem atuar como vilões (como diz no cartaz), assim os outros bad guys (Christopher Waltz) não sabem que eles são na verdade caras normais e morais. O resultado é bem agradável.

Geral não gostou do Besouro Verde, dizem que é o primeiro grande filme ruim do ano. Eu discordo, a ação + comédia dele funciona bem. Eu tava com vontade de vê-lo faz tempo, né, I mean, Seth Rogen como super-herói? Also, claro, Michel Gondry.

Nota 7.7

Amor & Outras Drogas (2010)

Título Original: Love & Other Drugs
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Charles Randolph, Edward Zwick e Marshall Herskovitz
País: EUA

Eu esperava uma comédia romântica bunda mole (na verdade, só ia ver por causa do casal aí de cima) mas fui surpreendido no melhor sentido possível.

O filme se passa há alguns anos atrás, quando lançaram o Viagra. Jake é um liferuler normal, só pensa em curtir a vida e em mulheres. Eis que um dia ele é despedido (trabalhava como vendedor numa loja de eletrônicos) e, ao buscar um emprego novo, se depara com a possibilidade de virar um daqueles vendedor de remédios milagrosos ambulantes. Por mais seja uma profissão babaca, ele resolve tentar e mergulha de cabeça nisso. O problema, ele logo descobre, é que os médicos descolados já tem vendedores de remédios assim e Jake tem que se esforçar muito pra fazer o cara trocar de produto. Assim, ele cria inimigos e muita gente pra puxar saco. Então, meio como assistente de un médico (Hank Azaria), ele participa de uma consulta com uma paciente normal, ninguém menos que a moça do cartaz, Anne Hathaway.

Jake fica encantado com a moça, e isso faz com que ele a busque fora do horário de trabalho. Mas, claro, como ele percebeu, ela toma vários remédios e ele poderia se aproveitar aí também. Afinal, ela tem Parkinsons. Bom, eles saem num encontro mas ela menciona que não quer nada sério. Ele diz OK. E o relacionamento deles começa, baseado numa única coisa: sexo. Mas, né, as coisas evoluem e a relação deles acaba sendo a única boa na vida dos dois. Então surge o Viagra e Jake vira o "garoto propaganda" dele. Eles ganham muito dinheiro e começam a pesquisar sobre Parkinsons and all.


O que eu gostei mais de Amor & Outras Drogas é que, junto com elementos de comédia romântica (cenas engraçadas), pela doença (e personalidade excêntrica, na verdade) da Anne, o filme vira muito mais. Tem uma citação em particular que eu achei muito bonita, que surge durante uma discussão sobre, you know, defeitos, nada nunca vai dar certo e tal. Ele fala algo como: Imagine que exista um casal como a gente, mas sem esse tipo de problema. Os maiores problemas deles são preocupações como contas, onde jantar no fim de semana, como interagir com o chefe. Eu não quero ser essas pessoas. Eu quero isso. Eu quero nós.

Also, os dois aparecem pelados o tempo todo, então, né, taí outro motivo pra ver.

Nota 7.9

Além da Vida (2010)

Título Original: Hereafter
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Morgan
País: EUA

Drama sobre "o que acontece depois que a gente morre?" de Clint Eastwood.

Além da Vida fala sobre três pessoas. O americano Matt Damon, que no filme faz um médium, daqueles que tem super-poderes de verdade, e que ganhava dinheiro com isso mas cansou. Um garoto pequeno e londrino que tem seu gêmeo morto num acidente de carro. E uma jornalista francesa que tem uma experiência de quase-morte nas férias. O filme acompanha bem o que acontece com os três até que eles todos se ligam em uma Feira do Livro de Londres, quando todos estão lá com objetivos diferentes.

Eu gostei da forma como Além da Vida trata sobre esse assunto. É tudo bem direto. Also, a Bryce Dallas Howard tá linda. E tem uma cena manly tears perto do final, mas nada que deixe o filme muito melhor.

Nota 6.5

Cisne Negro (2010)

Título Original: Black Swan
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman e John J. McLaughlin baseado em estória de Andres Heinz
País: EUA

O que faz a arte se não inspirar? Ela nos leva a outros mundos, a lugares impossíveis de ficção. Por ser falso, de mentira, merece ser desmerecido? Pelo contrário. Algo que cumpre tão bem um de seus propósitos é digno somente de muito apreço e admiração. Como seriam as coisas sem a arte? Como seriam certas pessoas se não pudessem se expressar artisticamente da forma que fizeram, onde, nas suas obras, são completas e perfeitas? História seria feita? O que já foi feito em nome da arte? Para ter uma pintura mais ideal ou um livro mais verdadeiro. Vejo como me sinto em relação a esse filme e acredito, não, tenho certeza que faço parte de uma minoria que compreende e compartilha esses sentimentos. Essa admiração que nos deixa hipnotizados. Não somente em relação a Cisne Negro, claro, mas e sim a toda arte em geral. E esse filme trata disso: arte.

Black Swan é sobre o Lago dos Cisnes, um balé composto por Tchaikovsky. A história é a seguinte: era uma vez uma princesa mas a bruxa malvada a transforma num cisne. Para voltar a ser humana, ela precisa encontrar amor verdadeiro. Ela encontra, mas sua irmã, a cisne negra, seduz o cara e o nosso cisne branco se mata no final. Agora sobre o filme: Natalie Portman é uma bailarina jovem (pelos 20, ou menos), bonita, elegante e perfeccionista. Filha única, a coitada é muito mimada e vive sob a influência de sua mãe, ex-bailarina que parou a carreira por causa da gravidez. Então Vincent Cassel quer fazer uma releitura do Lago dos Cisnes, mas mais visceral e cru. Portman é perfeita para o cisne branco, mas e o negro? Ela deveria conseguir interpretar ambos perfeitamente. Aí que entra Mila Kunis, bailarina nova do pedaço, que manja das coisas. E então Kunis e Cassel começam a "ajudar" Portman a, bom, entrar em contato com seu lado negro, digamos. E Cisne Negro trata dessa self-jouney da Portman.


Overall, perfeito (só não dou nota 10 porque né). Melhor Aronofsky desde Requiem for a Dream. O cara manja muito de suspense, a história ficou belíssima, atuações sensacionais, trilha impecável... Aprovado ao extremo.

Nota 9.8

Tron: O Legado (2010)

Título Original: Tron: Legacy
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Edward Kitsis e Adam Horowitz
País: EUA

Em resumo, um Tron antigo pior mas bonito.

A primeira coisa que você provavelmente vai perceber ao ver esse filme (isso se já viu o anterior) é: espera, Tron Legacy não era um remake? Pois então, não é! Eu não fazia ideia. É uma continuação! Nesse filme temos a história do filho de Jeff Bridges. Ele entra pra Grid e aí começa a função.

Tron: O Legado parece que depende demais do visual. Logo que o protagonista entra na Grid é tudo, WOW, AWESOME. E o filme também tem várias referências ao filme antigo. Also, Daft Punk e Michael Sheen. E, óbvio, Olivia Wilde num personagem bonitinho.


Existem rumores dizendo que vai sair, sim, ainda outra continuação. Completamente desnecessário? Sim. Mas foda-se, se tiver Olivia Wilde de novo, eu vejo no cinema com o maior prazer.

Nota 7.4

O Escritor Fantasma (2010)

Título Original: The Ghost Writer
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski baseado em livro de Robert Harris
País: França / Alemanha / UK


Você deve saber o que é um escritor fantasma. O wikipedia resume bem: um escritor profissional que é pago para escrever livros, matérias, blá, creditados à outra pessoa. Nesse filme, Ewan McGregor é contratado para ser o escritor fantasma de Pierce Brosnan, um político importatíssimo da UK. Mas, claro, o ex-escritor fantasma do cara se matou (ou não) e Ewan logo percebe que se meteu numa baita merda, que Pierce é um war criminal, etc.

Ao todo, O Escritor Fantasma é muito bem trabalhado. E o plot twist do final não é absurdo e caiu muito bem. Um ótimo suspense!

Nota 8

Uma Noite Fora de Série (2010)

Título Original: Date Night
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Josh Klausner
País: EUA

Uma esperada e decepcionante comédia.

Como vocês devem saber, sou um grande fã dos seriados desse casal aí de cima. 30 Rock, criação da genial Tina Fey, e The Office, de Ricky Gervais (GOSTO DAS DUAS VERSÕES, OK). Então Date Night deveria ser ótimo, pois esses dois são excelentes atores na área cômica. Pode até ser, mas eles escrevem melhor.

Se você nunca viu o trailer desse filme e não faz ideia da estória, lá vai: Tina Fey e Steve Carell (duh) são casados faz tempo e chegaram naquele ponto onde é tudo a mesma coisa sempre. Rotina, falta de originalidade e inovação. Pensam aquelas clássicas "devo me sentir mal por me sentir assim? mas e se não melhorar?" enfim. Então um dia eles resolvem ir em um restaurante chique, só por ir e tentar ser diferente. Claro, estava tudo lotado e eles não haviam marcado hora. Eles ficam no bar por um tempo e escutam alguém do restaurante chamar pelo casal fulano, que aparentemente não está pois não responde. Por impulso, Steve alega que eles são o casal fulano. E assim eles tem o seu jantar incomum e espontâneo, onde, claro, dá muita merda. Turns out o casal fulano é procurado por uns criminosos e muita coisa dá errada a partir daí.

Um dos pontos fortes do filme são as participações especiais. Mila Kunis, James Franco, Leighton Meester!!! (que bizarro vê-la de jeans e roupas normais haha), Mark Wahlberg... Mas o Date Night é fraquinho, sim.

Nota 7

O Livro de Eli (2010)

Título Original: The Book of Eli
Direção: Albert e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
País: EUA

Não gosto de falar muito sobre filme que não gostei, então serei breve.

Denzel Washigton. Gary Oldman. Mila Kunis. Pós-apocalipse. E A BÍBLIA.

Resumi o filme. Não vejam, se quiserem distopia boa e recente, assistam A Estrada.


Nota 5

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (2010)

Título Original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Direção: David Yates
Roteiro: Steve Kloves baseado em livro de J.K. Rowling.
País: UK / USA

Tudo acaba aqui, como diz o cartaz.

Vi a maioria dos filmes de HP somente uma vez (principalmente, por algum motivo, os últimos) e, por isso, eu não lembrava de quase nada, quando HP7 começou. Então vou recapitular o principal: em HP6, descobrimos que Voldemort repartiu sua alma em sete e escondeu os pedaços em diversos objetos. E para matá-lo, só destruindo esses troços (Horcrux) antes. Então os bonzinhos estão tipo procurando as esferas do dragão, pois ninguém sabe onde as Horcruxes estão. Also, como Dumbledore morreu no filme anterior, os malvados tomaram conta do pedaço. Ou seja, "todo mundo" está atrás de HP.

Assim sendo, HP e seus amigos passam o filme inteiro fugindo e se escondendo. O que me deixou pensando, no começo do filme. Senti falta de quando os filmes eram todos em Hogwarts e as descobertas legais eram coisas como ter aula de tal coisa ou que existem feitiços para fazer aquilo. Deu saudade de quando os nossos três protagonistas eram assim. E depois então eu pensei: NOT. OK, brincadeira. Acontece que, assim como na vida, seja pro bem ou pro mal, tudo muda. E às vezes shit gets real. E é o que acontece nesse HP7.

O filme conseguiu me passar muito bem a sensação pessimista de... solidão e desesperança que os personagens passam. Tanto que minha cena favorita foi quando Harry e Hermione dançam sozinhos dentro de uma barraca, ouvindo alguma música do rádio. Nessa parte, o Ron não está com eles, pois eles tinham brigado e a Hermione principalmente estava bastante chateada. Então, no meio de um monte de merda e de uma música bonita no rádio, ele pede a mão dela para uma dança. Ela aceita mas demora um pouco pra se separar dos problemas. Até que, enfim, aproveita. Mesmo que tudo esteja ruim lá fora, e pode ser inclusive que a gente morra amanhã, mas agora, nesse instante, temos esse momento e podemos dançar. Então why not? Enjoy.


Claro, HP7 tem muito mais do que isso, tem até várias cenas hilárias, o que eu não estava esperando, por se tratar de uma parte tão séria da estória. Enfim, só me resta uma coisa a dizer. QUE VENHA A ÚLTIMA PARTE!

Nota 8.8