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The Grand Budapest Hotel (2014)

Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson e Hugo Guiness baseado em livro de Stefan Zweig
País: EUA, Alemanha e UK

Se você é fã do Wes Anderson, você provavelmente está se perguntando: quem são os atores que Anderson vai usar pela primeira vez nesse filme?

Pais & Filhos (2013)

Direção: Hirozaku Koreda
Roteiro: Hirozaki Koreda
País: Japão

Duas famílias japonesas, depois de seis anos dos filhos terem nascido, descobrem que "trocaram" os bebês na maternidade.

Vidas ao Vento (2013)

Direção: Hayao Miyazaki
Roteiro: Hayao Miyazaki
País: Japão

"O Japão vai explodir. E a Alemanha também."

Mega Post Janeiro 2014

Ultimamente, cultivei o hábito de escrever no mínimo 200 palavras por crítica. Às vezes parece impossível, às vezes 200 é pouquíssimo - nestes casos, escrevo até cansar. Em Janeiro vi vários filmes e não escrevi nada concreto sobre eles, então resolvo fazer este resumo. Cinco filmes que vi no começo do ano.
  

 Frozen (2013)

Superestimado. É legal e aborda uns temas bem pertinentes mas não é o filme salvador da animação ocidental como todo mundo tá dizendo. Let It Go é muito boa.


Nota 7 


The Past (2013)

"Am I not suffering?"
Excelente. Do iraniano Asghar Farhadi, mesmo diretor e roteirista do também fantástico A Separation, de 2011. Esse cara sabe muito bem como fazer dramas familiares.

Nota 9


The Selfish Giant (2013)

Um daqueles dramas britânicos onde, quando o filme acaba e os créditos começam, todo mundo ainda fica sentado por um tempo pra absorver o que aconteceu. Brutal. 

Nota 8.5

Inside Llewyn Davis (2013)

"Estou cansado. Achei que uma boa noite de sono ajudaria, mas não é isso." Não tá fácil pra ninguém. O filme fala sobre um cantor de folk durante os anos 60. Engraçado que mesmo numa situação assim, consegui me identificar bastante com o personagem - quando são usados temas universais como deslocamento, existencialismo, entre outros. Um dos filmes mais apaixonados dos irmãos Coen. Nota 9


Dallas Buyers Club (2013)

Bom filme com excelentes atuações de Jared Leto e Matthew McConaughey. Os dois ganharam Oscar, afinal.

Nota 7.5

The World's End (2013)

Direção: Edgar Wright
Roteiro: Simon Pegg e Edgar Wright
País: UK, EUA e Japão

Eu odeio essa porra de cidade!

Sabe quando você é jovem e vai pro bar beber com os amigos e se diverte? Sabe quando você tem amigos que vivem no passado e só falam sobre como antigamente era tudo melhor? The World's End é uma mistura entre isso. 

O fim da Trilogia do Cornetto foi um pouco decepcionante. O eternamente imaturo Gary King (Simon Pegg) convence seus agora adultos e responsáveis amigos (Nick Frost e Martin Freeman inclusos) a terminar um pub crawl que eles começaram quando eram adolescentes mas nunca finalizaram. Todos voltam para sua pequena e chata cidade natal, mas durante sua aventure, percebem que a cidade foi dominada por robôs ansiosos pela dominação mundial. Ou algo do gênero.

Edgar Wright e grupo mergulharam de cabeça em Hollywood aqui, então preparem-se para muitos efeitos especiais apocalípticos. Um dos destaques do filme é a trilha sonora. Resumindo, é uma boa comédia pra ver com quem bebe.

Nota 7.5

Frances Ha (2013)

Direção: Noah Baumbach
Roteiro: Noah Baumbach e Greta Gerwig
País: EUA

"Quero este momento especial. É o que quero em um relacionamento... E é o que pode explicar o porquê de eu estar solteira agora. (...) É aquela coisa de quando você está com alguém e você o ama e ele sabe disso e ele te ama e você sabe disso, mas vocês estão em uma festa e os dois falando com outras pessoas e você está rindo e feliz e você olha para outro lado da sala e cruza com o olhar do outro, mas não porque você é possessivo ou por ser sexual mas porque aquela é a sua pessoa nesta vida. E é engraçado e triste, mas só porque esta vida vai acabar, e é este mundo secreto que existe ali em público, sem ser notado, e que ninguém mais sabe. (...) Isso é o que quero em um relacionamento."

O filme que define a geração Girls. Mais ou menos.

Por que esse pessoal branco, artístico, liberal e de classe média sempre mentem pra quem amam falando que estão bem quando não estão? Meio que fazendo parte desse demográfico, eu me identifico com Frances Ha. Todo esse espectro de problemas: relacionamentos, roommates, amigos distantes, aluguel, falta de dinheiro, satisfação pessoal, conquistas profissionais e todo o resto.

Essencialmente, Frances Ha é uma comédia. Uma comédia completamente cheia de esperança, graças à Greta Gerwig, que faz Frances e também co-escreveu o filme junto com o famoso diretor hipster Noah Baumbach. Funciona tudo bem, pelo menos na primeira metade do filme. Durante um tempo, Frances discute com sua melhor amiga porque, é claro, elas estão virando aquilo que justamente fazem piadas sobre e desprezam (a amiga arranja um namorado rico e ignora Frances). A nossa então esperançosa e feliz protagonista fica subitamente sozinha e começa a tentar socializar e ser aceita por diferentes tipos de pessoas. Humor de vergonha alheia, sim, mas doloroso de ver. Felizmente o filme não foca muito no quanto "não sucedida" a Frances é comparado com, sabe, as pessoas normais que ela tenta conversar com. 

Uma cena em particular me chamou a atenção. Frances (e Greta) são de Sacramento mas moram em NYC (óbvio). Enquanto Frances está sem Sophie (a melhor amiga), a protagonista visista a sua cidade natal. Ela então tem alguns dias "normais" com a sua família "feliz." Então os dias acabam e ela está indo embora no aeroporto enquanto sua família a acompanha. O filme passa uma sensação de casa vazia, pois vemos Frances crescendo como pessoa e viajando, o que naturalmente acontecendo quando ela se formou e resolveu sair de Sacramento, mas não por instinto ou sobrevivência e sim por escolha. Ela escolheu se mudar para o Brooklyn e é claro que isso fez com que ela amaduresse e se tornasse mais independente e responsável, mas nessa cena quando ela está voltando pra NYC, ela não está particularmente feliz nem triste. Ela sabe que ela não mora mais com a melhor amiga, as coisas não são mais como antes, ela está sozinha agora, bem, não sozinha, ela mora com uns caras legais, mas esse sentimento de não pertencer existe, o mesmo sentimento que provavelmente fez com que ela saísse de Sacramento da primeira vez. Qual é o propósito disso tudo, afinal?

Frances Ha passa sentimentos muito bons (e ele também aparece muito atraente) mas no final você se sente vazio porque foi tudo tão superficial. Eu esperava, num filme que relata a sociedade atual de uma forma tão boa, um pouco mais de existencialismo. Ou talvez seja exatamente por isso que não teve nenhuma menção a respeito. 

Nota 7.5

Tyrannosaur (2011)

Direção: Paddy Considine
Roteiro: Paddy Considine
País: UK

"They all think it, but I do it. That's the difference between me, you and the rest of the world."

Tyrannosaur é um filme sobre violência. Por lado, temos Joseph, um alcóolatra viúvo com problemas de raiva e que briga o tempo inteiro. Por outro, temos Hannah, uma religiosa que sofre abusos constantes do marido. Um dia, tentando fugir dos próprios pensamentos, Joseph entra na pequena loja de Hannah e se esconde. Eles começam a conversar e aí surge uma relação entre os dois.

O nível de violência chega, em partes, a níveis brutais com, por exemplo, a morte de dois cachorros e um estupro. Isso me pegou de surpresa. De qualquer forma, é um bom filme. Destaque pra atuação dos dois atores que é sem dúvida a melhor parte de Tyrannosaur.

Nota 7

Side Effects (2013)

Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
País: EUA

Próxima grande produção estrelando Rooney Mara, depois do sucesso da versão americana de The Girl with the Dragon Tattoo. Eu estava bastante ansioso mas fiquei decepcionado.

O tema de Side Effects é muito bom. Bem, o título meio que diz tudo. O personagem de Mara (Emily) sofre de depressão e é casada com Martin (Channing Tatum), que acaba de sair da cadeia. Por causa de sua condição, Emily começa a consultar o Dr. Jonathan (Jude Law), um psiquiatra. Ele sugere um remédio novo para Emily, que já estava sob outra medicação. Durante, então, os efeitos colaterais de toda essa química, ela faz um crime bem tenso (não é bem spoiler mas não vou falar) e é mandada para um hospício.

Side Effects fala sobre isso. De quem é a culpa, quando o criminoso/paciente reage mal a efeitos colaterais e faz coisas que nem lembra fazer? Culpa dele? Culpa de ninguém, porque é problema mental e ele não consegue controlá-los? Culpa do psiquiatra que recomendou um remédio desses?


O problema do filme é que, da metade pra frente, ele toma rumos desnecessários e acontece algo que acho terrível: muitos plot twists. Se vão ser poucos (ou o ideal, um só), ótimo, mas não bote vários. É praticamente um atrás do outro. 

Nota 7


Last Train Home (2009)

Direção: Lixin Fan
País: China / Canadá / UK

Pra qualquer um que não mora na Ásia, Last Train Home é um documentário de choque cultural. Uma cultura onde um adolescente de 17 anos decide por si mesmo abandonar o colégio e ir trabalhar, para ajudar a família e a si mesmo.

Durante o ano novo chinês, milhões de chineses que moram nas fábricas onde trabalham voltam para casa, pela única vez no ano, visitar suas famílias. São 130 milhões de pessoas e essa é a maior migração humana no mundo. Nesse documentário, acompanhamos apenas uma família. Os pais moram juntos e trabalham numa fábrica de roupas, enquanto na sua casa, no interior, seus filhos e uma avó cuida da casa e sobrevive. Uma adolescente mulher (menina do cartaz), um menino criança que está no colégio e uma avó de 60 anos. Esses três fazem todo o trabalho pra cuidar do sítio, como colher comida, lavar roupas, alimentar as galinhas, etc.

O processo de migração é brutal. 130 milhões, ou seja, é difícil comprar passagem. Se não conseguir, vai ter que esperar mais um ano pra ver a família. É tanta gente que é impossível não se perder, caso não esteja sozinho. Vemos filhos que conseguiram passar de uma grade, mas cujos pais ficaram pra trás. Vemos pessoas carregando malas e sacos enormes, chorando tamanho o estresse que esse processo causa, e não fazem nada a não ser andar pra frente, em direção ao próximo trem pra casa.

Em sua cena mais dramática, no segundo ano novo do filme (quando a filha já tinha decidido parar com os estudos pra trabalhar), a família discute e a filha diz coisas ofensivas, o que faz o pai bater nela e começam uma briga. Com a filha no chão chorando, a mãe, do lado, na mesma hora toma o lado do marido, dizendo "como tu ousas desrespeitar o teu pai, que trabalha todo o dia pra trazer dinheiro pra essa família?"

Nota 7.5

(Depois atualizo o post com o grid)

Ruby Sparks (2012)

Diretor: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Roteiro: Zoe Kazan
País: EUA

Um filme sobre fantasias, o combate entre realidade e ficção, escrever e, bem, manic pixie dream girls.

Manic pixie dream girl é um termo usado para quando o seguinte acontece em ficção: temos um protagonista hétero, muito tímido e constrangido e então ele conhece, quase sempre do nada, uma moça alternativa, sempre bonitinha, normalmente com cabelo colorido, que imediatamente começa a gostar do nosso mocinho e tem a intenção de levá-lo à aventuras divertidas e a viver de verdade. Exemplos: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, Garden State, Zooey Deschannel e basicamente todos os seus personagens.

A diferença de Ruby Sparks para qualquer outro filme com MPDGs é que a realidade do nosso protagonista (Paulo Dano) literalmente se mistura com a ficção do livro que ele está escrevendo (meio como acontece no excelente Stranger Than Fiction). Ele é um cara só, rico porque escreveu um livro quando jovem e fez muito sucesso. Mora sozinho com o seu cachorro. Então começa a ter sonhos que essa ruiva linda (Ruby Sparks, interpretada por Zoe Kazan) é sua namorada caída do céu. Ele tem a ideia de escrever sobre ela e sobre o romance que eles teriam. Afinal, quem não gosta de ter fantasias? Mas então ela saí das suas palavras, assume forma física e vira uma pessoa. A namorada sobre qual ele escrevia.

No começo é tudo perfeito, claro, afinal ele criou ela. Isso faz Ruby Sparks ter uma certa vantagem sobre os outros MPDG porque nos outros filmes tudo que acontece as vezes parece bom demais pra ser verdade. Mas nesse caso não é assim porque Paul Dano literalmente escreveu como as coisas vão ser então faz sentido elas serem perfeitas do ponto de vista romântico. Digo, ele escreveu que ela é sua namorada e isso implica que ela o ama.

(Mas é claro que esse romance perfeito não dura o filme inteiro.)


O final de Ruby Sparks é um pouco forçado mas tem uma cena logo antes dele que eu gostei bastante. Quando ele fala o monólogo do seu livro novo. Ele cita uma frase clássica que diz que o escritor, no seu melhor momento, sabe que as palavras não estão saindo de ti e sim por ti. No caso, como se ele fosse um veículo que expressa seus sentimentos. E é exatamente isso que acontece.

Nota 7

The Perks of Being a Wallflower (2012)

Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky baseado em livro dele mesmo
País: EUA

The Perks of Being a Wallflower é, em suma, um filme sobre ser jovem e solidão.

Charlie (Logan Lerman, o Percy Jackson dos filmes) acaba de começar o high school e, claro, ele não tem nenhum amigo e sofre bullying. Depois de algumas aulas, descobrimos que ele é colega do outro rapaz do pôster, Patrick (Ezra Miller, o Kevin de We Need to Talk About Kevin). Patrick é descolado, parece simpático e faz piada com tudo e todos, ou seja, Charlie quer ser amigo dele. Em uma noite qualquer, Charlie senta perto dele num jogo de futebol americano da escola. Eis que chega Sam (Emma Watson), amiga de Patrick, e Charlie logo se apaixona por ela (eles, na verdade).

Sabe quando você conhece um grupo de amigos e eles são tão engraçados e divertidos que você parece estar intoxicado (de um bom jeito) por eles e fica feliz simplesmente na presença dos mesmos? É isso que acontece. Em meio de festas e curtidas, conhecemos mais sobre o passado de cada personagem, principalmente de Charlie e Sam, claro, o casal protagonista. Naturalmente, Sam começa a namorar outro cara e o mesmo acontece com Charlie (ele namora Mae Whitman, a Maeby de Arrested Development, que faz um personagem ótimo).

Um filme sobre adolescência e conformismo, expectativas e traumas. Aprovado.


Nota 7.5

God Bless America (2011)

Direção: Bobcat Goldthwait
Roteiro: Bobcat Goldhwait
País: EUA

Pela sinopse desse filme, você já sabe que ele é de humor negro. O protagonista está pra morrer e decide sair matando todo mundo que julga "ser o câncer da sociedade." Gente que atende celular e falan normalmente durante um filme no cinema. Vizinhos com a TV muito alta e um bebê que não para de chorar. Adolescentes da MTV com seu próprio reality show que reclamam pros pais que eles deram o carro errado pra ela. Gente que reclama não ter ganho um iPhone no Natal. 

Na primeira cena de God Bless America, em uma fantasia, o protagonista invade o apartamento vizinho e mata com uma escopeta o tal casal e, com um sorriso na cara, inclusive o bebê que não parava de chorar. Nessa hora você pensa "OK, vai ser esse tipo de filme." Felizmente não é bem isso, em diversos outros momentos, Frank, o nosso protagonista, faz discursos para os colegas ou amigos sobre como a sociedade atual (ou americana, convenhamos) é tóxica e não tem mais valores. No final do post vou postar um pedaço de um diálogo com o qual concordo bastante para mostrar o tipo de opinião que o filme expressa.


O que dá errado então em God Bless America? Primeiro, pelo menos pra mim é muito óbvio que todas as opiniões do filme são as opiniões do roteirista/diretor (ou, se não são, ele apenas copiou o que dizem) e isso nunca é bom. Se você quer reclamar do mundo, faça um blog ou escreva um livro a respeito. Não crie um personagem que é como você gostaria de ser. O mesmo acontece com o seriado The Newsroom, por exemplo, onde claramente as opiniões do protagonista são as mesmas de Aaron Sorkin. Em segundo lugar, se ele reclama tanto da sociedade ser "edgy", sair matando todo mundo que é chato é extremamente edgy. Você vai matar aquele cara só porque ele não ligou o pisca na hora de dobrar? Como você é radical, cara. Não quero discutir "os problemas da sociedade" aqui (até porque acredito que não tem solução) mas ninguém te força a ver TV ou a ver filmes ruins, então quando você reclama deles você só está sendo um pé no saco. Vá morar no meio da selva.

Naturalmente, por ser uma pessoa com bom senso, eu concordo com quase tudo que o protagonista diz. Mas né. Vou colar aqui o pedaço de diálogo que eu mais gost


Office Worker: So, you're against free speech now? That's in the Bill of Rights, man. 

Frank: I would defend their freedom of speech if I thought it was in jeopardy. I would defend their freedom of speech to tell uninspired, bigoted, blowjob, gay-bashing, racist and rape jokes all under the guise of being edgy, but that's not the edge. That's what sells. They couldn't possibly pander any harder or be more commercially mainstream, because this is the "Oh no, you didn't say that!" generation, where a shocking comment has more weight than the truth. No one has any shame anymore, and we're supposed to celebrate it. I saw a woman throw a used tampon at another woman last night on network television, a network that bills itself as "Today's Woman's Channel". Kids beat each other blind and post it on Youtube. I mean, do you remember when eating rats and maggots on Survivor was shocking? It all seems so quaint now. I'm sure the girls from "2 Girls 1 Cup" are gonna have their own dating show on VH-1 any day now. I mean, why have a civilization anymore if we no longer are interested in being civilized? 

Nota 7

Safety Not Guaranteed (2012)

Direção: Colin Trevorrow
Roteiro: Derek Connolly
País: EUA

Divertido, e concordo com o cartaz quando diz "Back to the Future meets Juno."

Safety Not Guaranteed se passa em torno do anúncio nos classificados que está no pôster. Viagem no tempo. Aubrey Plaza (Parks & Recreation), a mocinha e protagonista, é uma estagiária de uma revista. Ela é designada a fazer uma matéria sobre a pessoa por trás desse anúncio, junto com seu "chefe" Jake Johnson (The New Girl) e Karan Soni. Jake também aproveita a empreitada pra encarar uma ex-colega com quem já teve um relacionamento e decide revisitar esses sentimentos.

O homem por trás do anúncio é Mark Duplass (The League) e logo de começo percebemos que ele é peculiar. Lembra o Dwight de The Office. Primeiro Jake decide entrar em contato mas é cortado. Então entra Aubrey e eles começam uma amizade bacana. Claro, no começo todos achamos que Mark é simplesmente louco pois viajar no tempo é impossível, e ele é extremamente paranóico, mas com o passar do filme, vemos que talvez ele tenha razão.

Nota 7

Looper (2012)

Direção: Rian Johnson
Roteiro: Rian Johnson
País: EUA

Looper se passa em 2074, quando a viagem no tempo já foi inventada, apesar de ser essencialmente ilegal. Ela é tão obscura que os únicos com acesso são mafiosos do mais alto calibre. Eles a usam com o seguinte objetivo: livrar-se de corpos. Matar alguém e esconder o corpo é muito trabalhoso então eles mandam o corpo pro passado e um agente (Looper) já contactado faz o trabalho e se desfaz do corpo - de forma que, no presente, quando a tal pessoa "precisa" morrer", o corpo dela nem existe mais.

Acontece que, bem, como os Loopers também são criminosos, as vezes a máfia manda eles mesmos para morrerem no passado. E então às vezes um Looper se mata, sem saber. Mas às vezes ele sabe. E às vezes quem foi enviado pro passado foge com outras intenções. É isso que acontece com Joseph Gordon-Levitt e Bruce Willis (o mesmo personagem).

A temporalidade de Looper não é tão complicada, apesar de dar um nós na mente do expectador em alguns momentos.  São aqueles assuntos de sempre. Se Bruce diz que X acontece, Joseph vai lá e faz Y, o que acontece? Bruce tem memórias falsas? Aquilo nunca aconteceu?


Naturalmente, viagem no tempo não é o único elemento futurista do filme. Os celulares são pedaços pequenos de vidro, algumas motos voam, a arma que os Loopers usam é um tipo de espingarda sem coice algum (heh), existe uma droga nova que é um colírio... E existem mutantes. Telecinése. É. Tudo bonito e bem pensado, mas nada marcante, assim como o roteiro.

Bom, mas só. Vale comentar a maquiagem do JGL, pois deixaram ele bem parecido com o Bruce Willis, o que ficou bizarro e assustador. Mas bem feito.

Nota 7.5

Perfect Sense (2011)

Direção: David Mackenzie
Roteiro: Kim Fupz Aakeson
País: UK, Suécia, Irlanda e Dinamarca

Bom! Não estava esperando nada e recebi um bom drama sobre epidemias.

Perfect Sense fala sobre uma doença que tira os cinco sentidos dos infectados, em ordem: olfato, paladar, audição, visão e tato. Ninguém sabe a origem da doença e ninguém sabe a cura. Ou seja, tem umas noções apocalípticas interessantes. Eva Green estuda epidemiologia e está envolvida com o processo de análise da doença e Ewan McGregor é um chef e trabalha num restaurante perto da casa de Eva. Bonitos como só eles, eles começam uma relação na mesma época que a epidemia inicia e tem que lidar com isso.

Pela sinopse, Perfect Sense lida com um problema sério no cinema: ser dramático demais. Mas isso não acontece. Claro, não tem solução e você sente o desespero da humanidade junto, mas ficou tudo tão bem feito que você não nota. Não tem gente chorando sem parar e personagens suicidas.

Pode ser que isso não seja tão realista, mas, convenhamos, com a Eva Green (ou Ewan McGregor, pra quem curte) do meu lado, eu não me sentiria tão mal assim.

Nota 7.8

A Serbian Film (2010)

Direção: Srdjan Spasojevic
Roteiro: Srdjan Spasojevic e Aleksandar Radivojevic
País: Sérvia

Decepcionado.

Eu diria que, pelo que li na internet durantes esses últimos dois anos, A Serbian Film é um dos filmes mais polêmicos que foram feitos. Extremamente perturbador, diziam. Eu esperava no mínimo bastante violência extrema, mas... bom, vamos à review.

A ideia de A Serbian Film é excelente. Milos é um ex-ator pornô que resolve topar uma nova produção pela quantia enorme de dinheiro que iria ganhar. O problema é que logo no começo ele nota que os caras querem filmar um filme snuff e não um pornô. O que é um filme snuff, você se pergunta? São "filmes" feitos para chocarem, mas, bem, de forma realista. É onde ninguém é ator (ou todos, quem sabe?) e, se matam alguém no filme, alguém realmente morreu. Sem efeito especial. Logicamente, por ser criminoso, não existem, digamos, profissionais famosos no mundo do snuff. Assim sendo, A Serbian Film toca nessa ideia de que, no mundo dos milionários loucos, existem cineastas igualmente loucos que filmam esse tipo de coisa por dinheiro. Ou seja, Milos vai "trabalhar" e nota que o filme envolve pedofilia, necrofilia, estupro... E, acreditem, tem mais.

Nesse caso, o genial da ideia é que, assim como nós, Milos não sabe o que vai acontecer. Ele vai pra onde mandam, às vezes encontra uma mulher com quem ele transa na frente das câmeras (como está acostumado) e acabou o expediente. Mas a medida que os dias passam, as situações vão ficando mais complicadas. Vukmir, o diretor do filme, é um visionário do snuff; qualquer reação inesperada é digna de ser filmada. Quanto mais real, mais artístico. Assim sendo, quando Milos resolve desistir do projeto, Vukmir começa a influenciá-lo com drogas e certos tipos de hipnose para basicamente controlar Milos como quiser. Quando Milos encontra vídeos do que fez, aí sim vemos o quão doente é Vukmir e o tipo de cliente que ele tem.


O problema é que A Serbian Film se perde pela metade. Primeiro, certas cenas foram feitas claramente apenas com o objetivo de chocar as pessoas. Sim, qualquer estupro em filme, por exemplo, também é feito com essa função, mas isso depende do diretor e de como ele retrata isso. Às vezes funciona (vide Irreversível) e às vezes fica desnecessário e forçado, como nesse caso aqui. Em segundo lugar, existe uma linha entre um filme de terror que perturba com a sua violência realista e um filme trash cuja violência foi feita pra rir. A Serbian Film tem duas cenas hilárias (três, na verdade, contando com a última) que, sinceramente, é impossível que tenham sido feitas para serem levadas a sério. Se era pra ser engraçado, ótimo, eu ri, mas que faça o filme inteiro trash e que não tente ser "intenso e perturbador." Resolvi aumentar a nota só por causa dessas três que me fizeram rir muito.

Em certas partes eu achei que ia me encontrar com um filme brutalmente inesquecível. Mas não. É doentio e foi banido em diversos países, claro. Qualquer um faz isso. É só pensar nas ideias mais maldosas que você pode e filmar. Dá pra ver até claramente em que cena a maioria das pessoas parou de ver o filme ou decidiu que ele seria banido. Digamos que ela envolve um recém-nascido. Mas não. Não deu certo. 

Divertido para ver com quem curte trashs, aliás, tem que ser alguém com problemas que curta trash, mas é só.

Nota 7

OBS.: Esse cartaz pelo menos é bonito. E, se você já viu o filme, saiba que estou conversando com um amigo meu que viu A Serbian Film com a mãe. Pois é.

The Descendants (2011)

Direção: Alexander Payne
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash baseado em livro de Kaui Hart Hemmings
País: EUA

Bom, bom. E nomeado a cinco GG nesse ano.

George Clooney é um advogado. Ele também é dono de uma porção enorme de terra que pretende vender. Ele não mora mais com a esposa, mas nenhum pediu divórcio ainda. Ele não tem contato com as duas filhas. E lida uma vida relativamente agradável. Então um dia a esposa sobre um acidente na praia e entra em coma. Isso faz com que ele volte pra sua casa antiga e lide com suas filhas e tudo que ele deixou pra trás.

Antes de mais nada, é bom dizer que The Descendants se passa no Havaí. Eu não sabia disso quando fui ver o filme, mas foi uma ótima surpresa. Paisagens lindas. Logo nos primeiro minutos do filme, Clooney faz um pequeno monólogo sobre como o Havaí não é como você pensa. Não é praia, praia, praia o dia inteiro e ninguém trabalha. Sim, praias em todos os lugares e muita gente usa roupa praiana o tempo inteiro, em geral, é um lugar normal com cidades normais. Eventualmente Clooney descobre que sua esposa estava o traindo (não é spoiler, mostra no trailer, então não enche). Então ele e as filhas começam essa jornada de descobrir quem é o cara e tudo mais.

Pelo trailer, eu julgava que iria rir mais do que me emocionar, mas o filme é mais triste do que eu esperava. O que, claro, é uma coisa boa. Então, fica a dica.

Nota 7.8

Breves comentários sobre o GG: Não deve ganhar melhor filme. Clooney talvez ganhe melhor ator, mas vou torcer pro Fassbender. A filha mais velha concorre a melhor atriz coadjuvante. Ela é bonita e atua bem, mas não. Melhor diretor também não. Nem melhor roteiro. E era isso.

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 2

Moving on...

30 Minutes Or Less

Eh... Eu estava esperando uma boa comédia, por causa desses três da esquerda aí do cartaz. Mas as piadas são fracas. Aziz Ansari e Danny McBride decepcionam, Jesse Eisenberg tá legal porque, pelo menos no começo do filme, ele faz papel de um badass.

Enfim, só recomendo se for muito fã de algum dos três. Caso contrário, não vale a pena. Also, vale lembrar que a ideia do filme é baseada numa história real (dupla de criminosos plantam uma bomba num entregar de pizza e mandam ele assaltar um banco em menos de 30 minutos). Não vou falar o que acontece em cada história, mas só digo que no filme acontece diferente.

Nota 5.8

Our Idiot Brother

Logicamente, vi o filme pelo elenco. Paul Rudd, Elizabeth Banks, Zooey Deschanel, Emily Mortimer e Rashida Jones. Gosto de todos. E o trailer parecia engraçado o suficiente. Decepcionei-me um pouco (não tanto quanto no filme de cima). 

Rudd é o irmão maconheiro da família que vai preso e, de repente, precisa da ajuda das irmãs. Que, claro, têm as suas vidas e não querem ajudar um "peso morto." Lições de moral, reavaliação de valores, etc. Surpreendi-me com a Banks, ela está mais amor do que o normal.

As piadas são OK e o Rudd ficou divertido. Por sinal, a Zooey faz um casal com a Rashida, então... Se isso lhe interessa, fica a dica.

Nota 6

Cowboys & Aliens

Filme OK. Você já viu o trailer então já sabe sobre o que é.

Daniel Craig faz o típico badass e Harrison Ford faz o típico manly man. Olivia Wilde, AQUELA LINDA, um dos principais motivos que me fez ver o Cowboys & Aliens, está decente. 

O suspense assusta, a ação funciona mas a proposta é bem mais fodona do que o resultado final. De qualquer forma, é massa e diverte.

Nota 7

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 1

Então, como tenho enrolado muito pra postar aqui, e não tenho o que falar sobre os filmes que vi faz tempo, vou fazer uma série de posts grandes comentando tudo que vi nos últimos meses (que ainda não foi postado aqui). Depois disso, com sorte, volto aos posts normais.


Midnight in Paris

 Divertido! A ideia do filme é clássica. Todo mundo que eu conheço já pensou alguma vez na vida "queria ter nascido há algumas décadas atrás." A gente olha pra juventude de hoje e pensa "antigamente, sim, os jovens sabiam viver!". Eu gosto da atualidade, mas adoraria ter vivido nos anos 60, 70 ou 80. Talvez até antes.

Enfim, em Midnight in Paris, Owen Wilson faz o papel de um escritor, que está na França com Rachel McAdams, sua parceira. Owen é apaixonado pela capital francesa mas mais pela sua história do que qualquer coisa. "Imagina os anos 20 aqui em Paris!", ele pensa o tempo inteiro. Então, numa noite aleatória, ele resolve festejar com uns estranhos e, boom, viagem no tempo. Ele de repente se encontra nos anos 20. E lá encontra todo tipo de pessoa famosa que admira (Hemingway, Dali, Picasso, Buñuel, T.S. Eliot, Gauguin...). É, só citando essa lista já deu vontade de ir pros anos 20. Ele conhece também Marion Cotillard (AQUELA LINDA) e ela traz uma questão pertinente ao filme. Talvez quem viveu os anos 20, por exemplo, tenha detestado a década. Talvez eles queriam ter nascido alguns anos atrás, porque afinal, the grass is always greener on the other side.

Nota 7.7


 Crazy, Stupid, Love

 Amor! Esse filme eu queria ver faz meses antes de ser lançado, principalmente pelo elenco. Steve Carrell, Julianne Moore, Emma Stone e Ryan Gosling. Semanas antes da estreia, aqui em Toronto, este cartaz maravilhoso estava em todos os lugares. Como não amar?!

Steve Carrell e Julianne Moore estão com problemas no casamento. Ryan Gosling é o bonitão que só pensa em sexo. Até que ele se apaixona por Emma Stone (dá pra culpá-lo?). E o filme também lida com amor adolescente, apaixonar-se por alguém mais velho e tudo mais. Duas cenas em particular são lindas (a noite de Emma e Ryan e a ligação da Julianne pro Steve).

Nota 8.4

One Day

 Meh...

O cartaz é bonito e a ideia é legal, mas é só isso.

Anne Hathaway (essa linda) e Jim Sturgess se conheceram no último dia de faculdade e a partir de então começaram uma relação interessante.

Todo ano, no mesmo dia, eles conversam. O problema é que, ano após ano, fica tudo muito chato. Fica naquele "vão ou não vão?" e mesmo quando a resposta está clara, não tem quase nada acontecendo no fundo do filme. Jim ficou bem mas o sotaque da Anne tá forçado. Em geral, fraquinho.

Nota 5.5

Armadillo (2010)

IMDb: Armadillo
Direção: Janus Metz Pedersen
Roteiro: Kasper Torsting
País: Dinamarca

Não tenho muito o que falar desse documentário. Ele conta a história de um esquadrão dinamarquês que foi pra Guerra do Afeganistão. É tudo bem realista. Ou seja, a maior parte do tempo é os caras esperando e não fazendo nada e tem um pouco de guerra de verdade.

Para fãs de guerra.

Nota 7.5