Mostrando postagens com marcador alemanha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador alemanha. Mostrar todas as postagens

The Grand Budapest Hotel (2014)

Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson e Hugo Guiness baseado em livro de Stefan Zweig
País: EUA, Alemanha e UK

Se você é fã do Wes Anderson, você provavelmente está se perguntando: quem são os atores que Anderson vai usar pela primeira vez nesse filme?

The Girl with the Dragon Tattoo (2011)

Direção: David Fincher
Roteiro: Steven Zaillian baseado em livro de Stieg Larsson
País: EUA, UK, Suécia e Alemanha

Excelente.

Não sei o que me atraiu a esse filme primeiro. David Fincher em geral, David Fincher adaptando um thriller sueco ou a incomum parceria entre Daniel Craig e Rooney Mara. Apesar de que, confesso, minutos antes de começar, eu só pensava na Rooney e tinha quase esquecido do Fincher.

Vamos à trama: Craig é um jornalista investigativo que acabou de passar por uma merda profissionalmente. Tudo que ele quer agora é fugir da pressão por alguns dias. E é o que acontece. Um senhor milionário entra em contato com Craig, em relação a um crime cometido na sua família há décadas atrás. A família Vanger era dona de uma pequena ilha na Suécia e, um dia nos anos 60, quando um acidente de carro bloqueou completamente o único acesso à ilha, uma das filhas da família simplesmente desapareceu. A única solução possível? Alguém a matou e a enterrou na própria ilha. Mas por quê? E quem? Trata-se da ilha, afinal, ou seja, só pode ter sido culpa de algum parente.

Por outro lado, temos Rooney Mara, uma adolescente gótica e hacker. Extremamente anti-social e não-convencional, Mara costumava trabalhar para o governo, tamanha suas habilidades em conseguir informações privadas de, bem, quem ela quiser (ou quem mandarem ela conseguir). Sem família ou amigos alguns, nota-se de começo que ela já passou por muita merda na vida. E, sim, ainda passa, como nos mostra o começo do filme, mais de uma vez. Eventualmente os dois cruzam caminhos e permanecem juntos.


Essa trama investigativa já foi plano de trabalho de Fincher, com Zodíaco. Os tais casos aparentemente sem soluções. Em ambos filmes, ele consegue nos deixar muito interessados nos mistérios, até que você começa a pensar como os personagens e investigar como eles. Ambos os filmes também tem quase três horas e mesmo assim aparecem apressados, mas por um bom motivo: baseado em livros de quase 400 páginas cada.

Mas o maior destaque de The Girl with the Dragon Tattoo é Rooney Mara. Seu personagem é marcante e achei impressionante ela fazer algo assim no "começo" de carreira. Um papel assim definitivamente muda uma pessoa e ela vai olhar para novos roteiros com outros olhos. De acordo com o IMDb, ela está envolvida no próximo projeto de Kathryn Bigelow (The Hurt Locker) e em outro com Terrance Malick (The Tree of Life) e eu acho isso excelente. Espero que ela mantenha o cabelo curto.


Os mistérios são explicados com clareza, as atuações são boas, a trilha sonora (composta por Trent Reznor, do Nine Inch Nails, que também trabalhou com Fincher em The Social Network e inclusive ganhou vários prêmios por ela), embora mal apareça, tem sua importância e não é ignorada. Also, foi um dos únicos filmes de 2011 que me deu uma vontade absurda de rever logo depois que eu saí do cinema. Aprovadíssimo.

Nota 9.3

Melancholia (2011)

Direção: Lars von Trier
Roteiro: Lars von Trier
País: Dinamarca, Suécia, França e Alemanha

Ótimo!

Em Melancholia, Lars von Trier, um dos diretores mais polêmicos da atualidade, faz um belo ensaio sobre o fim do mundo e a morte. 

Tudo acontece na festa de casamento de Kristen Dunst com Alexander Skarsgard. Esse sempre foi o sonho dele, mas ela é uma pessoa mais excêntrica. Por mais que goste da ideia de passar a vida toda com o noivo, o casamento em si é uma tarefa tão cansativa e boba. Não só os dois chegam extremamente atrasados para a cerimônia, como Kristen está sempre "indo ao banheiro" e voltando depois de meia hora ou mais. Tudo acontece numa casa de campo enorme e não é um dia qualquer. Cientistas descobriram a existência de um planeta (chamado Melancholia) que se escondia atrás do Sol e vai passar bem perto da Terra nessa noite, o que promete ser um belo espetáculo. O problema é que alguns pessimistas prevêem que o planeta vai passar perto demais da Terra e talvez até se chocar com ela. E se você leu o primeiro parágrafo...

É interessante ver como os personagens lidam com isso. Depois do casamento, na verdade, quando só temos Kristen, Charlotte Gainsbourg (irmã) e Jack Bauer (cunhado) pra lidar com a situação. Ah, e o filho de Charlotte x Jack. Uma curiosidade é como o personagem de Kristen é como é (depressiva, alguns dizem), ela trata desse assunto de forma mais racional. Enfim, o melhor de Melancholia é tudo que acontece depois do casamento (parte mais chata e acessível do filme). A última cena em particular é memorável. 

Nota 9.1

Cave of Forgotten Dreams (2010)

IMDb: Cave of Forgotten Dreams
Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
País: França Alemanha EUA Canadá UK

Sensacional.

Werner Herzog já se provou (pelo menos pra mim) ser um diretor genial que, ultimamente, tem feito documentários muito interessantes. Vide Encounters at The End of The World. E nesse longa mais recente ele também resolve inovar: um documentário em 3D. Sim, estranho, não faz muito sentido. Só pra entrar na modinha? Talvez. Mas o 3D de Cave funciona, e muito bem. Logo na primeira cena a gente já percebe que Herzog leva essa tecnologia a sério. E a partir daí, dentro da caverna, só melhora.


Mas o que é a caverna dos sonhos esquecidos, afinal? É uma caverna na França que por MUITOS anos ficou escondida por uma pedra gigante. Ninguém nunca soube que existia uma caverna ali. Então, com o passar do tempo, a pedra se moveu e lá dentro encontraram-se centenas de desenhos pré-históricos. Adicione isso a algumas excelentes frases de efeito de Herzog sobre a existência do homem e ao excelente uso do 3D e temos um documentário marcante.

Nota 9.5

PS: Recomendo extremamente que vejam o filme em 3D. Se não tiverem a oportunidade, 2D.

O Bom Coração (2009)

Título Original: The Good Heart
Direção: Dagur Kári

Roteiro: Dagur Kári
País: EUA / Islândia / Dinamarca / França / Alemanha



Paul Dano é um mendigo de, heh, bom coração, enquanto Brian Cox, como dá pra ver pelo cartaz, é o velho ranzinza. Dano tenta se matar no começo no filme e Brian tem um problema no coração, e assim eles se conhecem. Brian acha um absurdo o estilo de vida de Dano e resolve "adotá-lo" como "aprendiz" e assim o leva para sua casa / bar. Então várias lições de moral ensue, como boa educação, como tratar clientes e mulheres, qual é o sentido da vida e tudo mais. Mas Brian não é bem o melhor exemplo pra isso, vide pérolas como "não estamos aqui para salvar as pessoas, e sim destruí-las." O personagem dele pode ser visto como um Woody Allen ou Larry David mas (forçadamente) mais extremo.

Brian faz um personagem legal, though, daqueles que discute com as pessoas pelo bem de discutir, mesmo que não concorde com o que quis. Tem uma cena que ele defende o vegetarianismo (algo que um personagem como ele claramente seria contra) só pra irritar e instigar um debate.

Um filme divertido e bonito.

Nota 7.3

Morte no Funeral (2007)

Título Original: Death at the Funeral
Direção: Frank Oz

Roteiro: Dean Craig

País: UK / USA / Alemanha / Holanda


Você sabe quando uma comédia sobre funeral vai ser boa quando a primeira cena é a chegada da funerária no local com o caixão errado.

Bom, não existe muita história para ser contada sobre Morte no Funeral. O pai da família morre. Filhos e mulher vão pro velório. Gente que não se encontrava faz tempo. Estranhos peculiares amigos do pai. Uma pequena coisa dá errado com alguns presentes. Outra com outros. E começa a bola de neve.

Li uma crítica falando mal do filme e dizia que "não consegue entender esse humor britânico de vergonha alheia." Na minha opinião, Morte no Funeral não tem tanto disso, não. É um filme que, assim, de cabeça, procurando comparações, lembra um pouco de Queime Depois de Ler, pois muita coisa inesperada acontece e pessoas ficam irritadas e estressadas. Mas isso é muito engraçado!

Vejam!

Nota 8.9

O Escritor Fantasma (2010)

Título Original: The Ghost Writer
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski baseado em livro de Robert Harris
País: França / Alemanha / UK


Você deve saber o que é um escritor fantasma. O wikipedia resume bem: um escritor profissional que é pago para escrever livros, matérias, blá, creditados à outra pessoa. Nesse filme, Ewan McGregor é contratado para ser o escritor fantasma de Pierce Brosnan, um político importatíssimo da UK. Mas, claro, o ex-escritor fantasma do cara se matou (ou não) e Ewan logo percebe que se meteu numa baita merda, que Pierce é um war criminal, etc.

Ao todo, O Escritor Fantasma é muito bem trabalhado. E o plot twist do final não é absurdo e caiu muito bem. Um ótimo suspense!

Nota 8

Há Tanto Tempo que te Amo (2008)

Título Original: Il y a longtemps que je t'aime
Direção: Philippe Claudel
Roteiro: Philippe Claudel
País: França / Alemanha

Drama francês que vi num cineclube esses dias.

O filme fala sobre Juliette, uma mulher que acabou de sair da cadeia depois de passar 15 anos lá. Ela só tem a sua irmã de família e depende totalmente dela para voltar para a sociedade. Então Juliette passa a morar com a irmã, junto com seu marido, um filho criança e o pai do marido. O filme demora bastante pra contar porque de fato ela ficou presa por tanto tempo e isso é um de seus pontos mais fortes. Outra coisa que me agradou bastante foi Juliette ter pequenos surtos de paciência, o que me deixou pensando que ela poderia matar todo mundo a qualquer momento, haha. Mas logo percebemos que ela, realmente, só está tentando voltar ao normal e esquecer tudo que já lhe aconteceu.

Bem legal.

Nota 7.8

Mammoth (2009)

Título Original: Mammoth
Direção: Lukas Moodysson
Roteiro: Lukas Moodysson
País: Suécia / Dinamarca / Alemanha

Quem dera todos os updates desse blog fossem sobre filmes como esse! Bom, como eu disse no twitter semanas atrás, quando vi Mammoth: Lukas Moodysson definitivamente entrou pra minha lista de cineastas mais respeitados e admirados de todos os tempos. Todos filmes dele que vi são nota 9 pra cima, então, né..

Mammoth fala sobre quando coisas ruins acontecem a pessoas boas e até quando elas aguentam. Gael Garcia Bernal e Michelle Williams são um casal e tem uma filha. Eles também têm uma empregada tailandesa chamada Gloria. E Gloria tem dois filhos, ambos na Tailândia, junto com sua família. Logo no começo do filme, Gael viaja para a Oceania e assim o filme se divide em quatro histórias. Gael e sua viagem de negócios, Michelle e seu trabalho (médica), a relação de Gloria com Jackie (filha dos patrões) e o dia-a-dia dos filhos de Gloria, na sua terra natal.

Pelo que falei, sim, Mammoth é o Moodysson mais Iñárritu (diretor de Babel, 21 Gramas, Amores Brutos; filmes onde é comum a história se dividir em vários pedaços) que já vi. Mas isso é longe de ser ruim. O personagem de Gael é um cara novo e rico, ele criou uma rede social sobre games e o site alcançou o status de myspace, praticamente. Por isso (e mais alguns outros motivos), o filme tem bastante esse lance de relacionamento a distância. Ele frequentemente se comunica com a mulher, mesmo do outro lado do mundo. E Gloria também eventualmente conversa com os filhos, por telefone. Isso tudo deixa o filme muito realista e plausível. A vida é assim, não?


O problema em Mammoth é quando os personagens começam a perceber que, bem.. É preciso estar lá. O estresse de pequenas coisas que dão errado é crucial na vida das pessoas e é necessário expôr isso de alguma forma. Não dá pra deixar tudo acumulado. Chega uma hora que.. basta, não? E Mammoth se desenvolve assim, você fica tenso com os personagens.

Por fim, em um filme que fala sobre isso, sobram duas conclusões possíveis: um final feliz (como em Bem-Vindos) ou triste (como em Lilja 4-ever). Mas não vou falar o que acontece, claro. Veja Mammoth logo.

Nota 9.8

Bastardos Inglórios (2009)

Título Original: Inglorious Basterds
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
País: EUA / Alemanha


Lindo.

Bastardos Inglórios conta a história de um grupo secreto de americanos (liderados por Brad "Aldo" Pitt) que, "contratados" pela Inglaterra, os ajudava a matar nazistas. Eles então encontram uma menina judia (como eles) que conseguiu escapar dos caras malvados quando criança. Ela acaba sendo forçada a ser amiga de uns nazistas (um se apaixona por ela) e eles resolvem fazer um evento no cinema dela, onde ela pretende sua vingança, com ajuda dos Bastardos. Bom, é basicamente isso. Como é bom ver material novo do Tarantino. Desde o primeiro diálogo, nota-se suas características no filme. Diretor foda é foda.

Ah, uma coisa que juro que pensei durante o filme. Sabe quando fazem filmes, digamos, históricos, os cineastas sempre querem deixar tudo muito fiel ao passado, certo? Ou seja, as pessoas se comportam da mesma forma, em todos os filmes. Bastardos Inglórios difere nisso, o que deixa tudo mais divertido.

Nota 9.3

Se Beber, Não Case (2009)

Título Original: The Hangover
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
País: EUA/Alemanha


Muito engraçado!

A proposta desse filme é clássica, mas da forma que ela foi feita aqui, ficou excelente. A história todo mundo conhece: o cara vai se casar e aí os amigos resolvem fazer a despedida de solteiro. E qual é o plano? Vegas, baby, Vegas!

Eles chegam lá, o hotel é luxuoso demais e tudo é perfeito. Afinal, é uma ocasião muito especial, onde dá pra gastar tanto assim. Os quatro caras se arrumam e ficam prontos pra sair. Antes, três deles fazem o seu brinde tradicional, falando algo sobre a amizade com o noivo. Você começa a ficar muito empolgado. "Hoje vai ser foda!" e o amigo mais íntimo do noivo dos três ali termina dizendo algo como "e que comece a noite inesquecível." Várias horas depois, eles acordam no quarto do hotel e, claro, ninguém lembra de nada. E o pior: o noivo está sumido.

A partir daí, eles tentam seguir pistas para achar o cara. E, claro, a reação das pessoas é a mais variada. Gente que eles nunca viram antes os tratando muito bem só por causa de ontem, outros dão socos, pedem dinheiro, tudo sem a menor explicação. Até que, claro, eles falam "er, eu não lembro de nada de ontem" e aí eles começam a buscar explicações para os absurdos que estão acontecendo e também, naturalmente, para achar o noivo, que vai se casar em pouco tempo.


Se Beber, Não Case é muito bom. Mesmo eu, que não bebo nem nada, achei ótimo. Obrigatório pra quem já fez coisas e ficou sabendo pelos outros, no dia seguinte.

Nota 8.9

Duplicidade (2009)


Título Original: Duplicity
Direção: Tony Gilroy
Roteiro: Tony Gilroy
País: EUA/Alemanha


Eh..

Clive Owen e Julia Roberts são agentes secretos mas de agências diferentes. E ambos tem o mesmo objetivo: conseguir a fórmula para um troço lá. Naturalmente, durante o processo, eles acabam se conhecendo, transam e bolam um plano de fuga que os deixaria ricos. E Duplicidade é sobre isso.

O filme tem cenas bem tensas e o final é a melhor parte. Mas é genérico e te deixa com um ar de "meh, não foi tão ruim assim." Isso nunca é bom.


Nota 5.9

A Onda (2008)

Título Original: Die Welle
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel baseado em livro de Todd Strasser
País: Alemanha


Que filme foda!

Rainer é um professor de ensino médio que gosta de Ramones. Ele não é nada conservador, como os outros professores do colégio, bem pelo contrário. Deveras liberal. E um dia ele seria encarregado de organizar um seminário sobre Anarquia, mas certas pessoas mexem uns pauzinhos e, com medo dele iniciar uma campanha revolucionária entre os alunos, deixam Rainer como responsável pelo seminário de Autocracia.

Autocracia, você se pergunta? Que porra é essa? Seria um sistema baseado num único líder, com poderes absolutos e ilimitados. Bote isso na Alemanha e você tem o Fascismo. E A Onda é exatamente sobre isso. A princípio, claro, o professor fica decepcionado ao ter que dar aulas sobre algo que ele repuna completamente. Mas ele tem uma idéia: que tal tenta implantar um regime autocrata na sala de aula? Daria certo? Posso provar para os alunos que isso é algo horrível.

Então ele começa e, claro, dá tudo errado. A grande maioria dos jovens de hoje está perdida tentando desesperadamente se encaixar em algum lugar ou se destacar entre os outros. E, claro, isso atualmente é impossível. Não importa o que você faça, como você se vista ou que músicas escuta, as pessoas vão te rotular e vai existir sempre um estereótipo babaca especialmente pra você. Com jovens assim, se você encontra um professor descolado e confiante, ele acaba sendo o cara mais foda do mundo. E se o professor diz que brincar de Fascimo é divertido, você mergulha de cabeça.


Enfim. Na minha sincera opinião, o filme não é bem sobre o que falei nesse último parágrafo e sim como a autocracia é ruim e all that bla bla bla. Mas talvez A Onda seja, sim, uma crítica a uma juventude desorientada.

Nota 9.3

Os Falsários (2007)

Título Original: Die Fälscher
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Stefan Ruzowitzky baseado em livro de Adolf Burger
País: Alemanha


Ótimo filme sobre judeus que sobreviveram aos campos de concentração falsificando dinheiro para os nazistas.

Vencedor do Oscar 2008 melhor filme estrangeiro. Recomendo mesmo.


Nota 8.8

2 Dias em Paris (2007)

Título Original: 2 Days in Paris
Direção: Julie Delpy
Roteiro: Julie Delpy
País: França/Alemanha


Duas crias de Linklater: Golderg e Delpy.

Eles fazem um casal que vão para Paris, cidade de Delpy, para conhecer a família dela, e toda essa rotina. Porém, o cara acaba fica conhecendo muitos antigos namorados da moça, e nota que todo mundo ao seu redor é um pouco "mente aberta" demais, do que com o qual ele está acostumado.

O filme é divertido (Goldberg está genial como o americano chato), apesar de totalmente espelhado em obras como Antes do Amanhecer.

Nota 7.5

O Leitor (2008)

Título Original: The Reader
Direção: Stephen Daldry
Roteiro: David Hare, baseado em livro de Bernhard Schlink
País: EUA/Alemanha


O Leitor é um filme sobre segredos e experiências que marcam vidas.

Michael, o nosso protagonista, é um jovem de 16 anos, antes da Segunda Guerra Mundial. Um dia ele encontra uma adulta chamada Hanna e, bom, resumindo, eles têm um caso. Entre as coisas que fazem nas horas juntos, Hanna gosta que Michael leia livros para ela. Não demora muito pra se perceber (nós, e não o protagonista) que ela não sabe ler. E, vá se foder, isso não é spoiler, dá pra notar logo no começo.

Então, coisas acontecem e eles param de se ver. Anos depois, ele está estudando Direito e um dia vai a um caso, já na pós-guerra, sobre nazismo e tudo mais. E eis que a culpada do dia é a Hanna. Ela trabalhava pra SS. Acontece que ela sempre foi meio, for lack of better word, burrinha mesmo. Ela não sabia que ia "ter que fazer" coisas desumanas, mesmo que "sem querer." Por várias vezes no filme, você sente um desespero, junto do Michael, de não poder ajudá-la, dá muita pena dela. E, por não admitir no julgamento que não sabe ler, ela leva a pior. E é então que, muitos anos depois, quando Michael já é adulto, pai e casado, ele resolve entrar em contato com Hanna.


Como eu disse, é daqueles filmes sobre acontecimentos que marcam. O caso que ele teve com ela, bom, ela foi a sua primeira, afinal, marcou ele pra sempre e era algo que ele não conseguia esquecer. Muito menos depois de vê-la no julgamento. Eu me pergunto se coisas assim acontecem "no mundo real"; fatos, pessoas, que você passa a vida inteira pensando sobre. No mundo de hoje parece que não existe, essas coisas de "amor da minha vida" são termos tão comuns que dão nojo, mas faz sentido, afinal "todos somos únicos" e tudo mais. Enfim... o filme é foda.


Nota 8.8

Operação Valquíria (2008)

Título Original: Valkyrie
Direção: Bryan Singer.
Roteiro: Christopher McQuarrie e Nathan Alexander
País: EUA/Alemanha


Operação Valquíria conta a história dos nazistas bonzinhos. Sim, isso existia. Acontece que certas pessoas acreditam que Hitler não era, digamos, a melhor pessoa pra liderar a Alemanha e por isso planejaram acabar com ele e com o fascismo muitas vezes. Aliás, é uma das únicas coisas boas do filme, nos mostra que, como já disse, nem todos os nazistas aprovavam, er, o genocídio.

No final do filme diz que mais de 15 atentados ocorreram contra Hitler, parecidos com o do filme. A gente não aprende isso nas aulas de História. Outra coisa engraçada do filme é, em certos momentos, você pensava "cacete, parece que vai dar certo." Mas aí "wait, não foi assim que Hitler morreu." Ou seja, em todas aquelas cenas em que o Tom Cruise parecia triunfar, prendendo "true nazis", e onde eles diziam "vocês não vão escapar disso! vocês vão pagar!", eu ria, pois foi o que aconteceu de verdade.


Enfim...


Nota 6.1

Não Estou Lá. (2007)

Título Original: I'm Not There.
Direção: Todd Haynes
Roteiro por: Todd Haynes e Oren Moverman
País: EUA/Alemanha


Então. Quem nunca ouviu falar de Bob Dylan neste mundo, pode se dar um tiro na cabeça. Agora. Não digo necessariamente gostar da música dele, pois não é muito de meu agrado, mas conhecer todo mundo conhece.

Bob Dylan é um cantor de folk music que surgiu pela década de 60. O folk, na época, era algo meio hippie, onde todos falavam mal do governo e sociedade, e as músicas eram todas só violão e voz. Bob era um deles. Porém, com o tempo, ele foi mudando e a sua música também. Uns anos depois, ele resolveu ir mais para o rock'n'roll, com guitarras elétricas, o que causou muita controvérsia entre seus fãs. Era comum ele ser chamado de traidor. Mas ele sempre foi daqueles caras que não está nem aí.

É engraçado que, pelo filme, ele parece daqueles jovens hiper-ativos e drogados, pois ele não fala coisa com coisa. Mas sem dúvida ele é uma pessoa genial.

Minha parte favorita é quando ele está dando uma entrevista pra um jornalista dentro de um carro, e o cara tocando nas mesmas feridas do Dylan, "traiu o movimento", e então o Dylan sai do carro e vai indo embora. O repórter pergunta e segue o diálogo:
- Você não sente nada por ter feito isso e isto?
- Sentir o quê?
- Sentimentos como amor, raiva, etc...
- Eu não sinto nenhuma dessas coisas.


Ah, e o melhor Bob é a Cate Blanchett. Também corresponde à fase mais interessante da carreira dele, na minha opinião.


Nota 8.3

Coração de Tinta - O Livro Mágico (2008)

Título Original: Inkheart
Direção: Iain Softley
Roteiro por: David Lindsay-Abaire, baseado em livro de Cornelia Funke
País: EUA/Alemanha/UK


Coração de Tinta tem uma proposta interessante. O protagonista tem o seguinte poder especial: toda vez que ele lê algo em voz alta, aquilo acontece. Na hora.

Infelizmente o filme não é muito bem trabalhado com essa idéia. Por vezes, fica muito confuso (por exemplo, quando isso acontece, pessoas saem do livro pro mundo real e vice-versa, mas às vezes isso não acontece) e não se incomodam em explicar muito bem.


Nota 5.1

Traídos Pelo Destino (2007)

Título Original: Reservation Road
Direção: Terry George
Roteiro por: John Burnham Schwartz e Terry George, baseado em livro de John Burnham Schwartz
País: EUA/Alemanha


Traídos Pelo Destino é um filme sobre Hit'n'Run. E, consequentemente, sobre culpa. Hit and Run, pra quem não sabe (não sei como é o nome em português), são aqueles acidentes de carro onde o culpado (quem atropela), ao invés de descer do carro e socorrer a vítima, vai embora e problema teu.

Dwight (Mark Ruffalo) é o "atropelador" e a vítima é o filho de Ethan (Joaquim Phoenix), casado com Grace (Jennifer Connelly, principal razão que me fez ver esse filme, serei sincero). Todos moram em uma cidade pequena e, por isso, quando Ethan acha necessário procurar um advogado para ir atrás do covarde maldito que atropelou seu filho, ele acaba deparando com Dwight, um advogado. Dwight lembra de Ethan mas este não viu o motorista muito bem., por isso não sabe que esse advogado é o assassino de seu filho. O tempo vai passando e Ethan vai percebendo que há algo muito estranho nesse cara.


É um filme interessante. Digo, o quão provável é que capturem um "atropelador e fugitivo?" As únicas pistas são o carro, uma tosca lembrança do motorista e deu. Justamente por isso, enquanto a polícia da cidade faz de tudo (quase nada) pra ajudar o Phoenix, ele sozinho vai em busca do motorista. Todo mundo fica falando "a polícia está fazendo o possível, deixe isso pra lá, vamos tentar voltar a viver a nossa vida", mas realmente, creio que a raiva seja muito grande, pra deixar o cara simplesmente solto por aí. Claro, foi um acidente, mas, ah, enfim.. É tenso.


Nota 6.8


PS.: Não, esse filme não faz parte dos indicados ao GG. Só vi porque não tinha nenhum indicado no PC. Mas breve volto a postá-los.