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O Homem Duplicado (2013)

Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Javier Gullón baseado em livro de José Saramago
País: Canadá e Espanha

"O caos é a ordem ainda não decifrada."

A Família (2013)

Direcao: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson e Michael Caleo baseado em livro de Tonino Benacquista
País: EUA / França

"Desculpa, eu não falo françês."

12 Years a Slave (2013)

Direção: Steve McQueen
Roteiro: John Ridley baseado em livro de Solomon Northup
País: EUA e UK

O filme mais perturbador e emocionante que eu vi em BASTANTE tempo.

Argo (2012)

Direção: Ben Affleck
Roteiro: Chris Terrio baseado em livro de Antonio J. Mendez e artigo de Joshuah Bearman
País: EUA

Baseado em fatos reais.

Lá pelos anos 70, os EUA já tinha a mania de "implantar a democracia" por causa de petróleo em países do Oriente Médio. Eles e o Reino Unido planejaram um coup d'état, tiraram o presidente do Irã do comando e botaram um substituto no lugar. A população, naturalmente, ficou furiosa e algum tempo depois, o substituto ficou seriamente doente. Os EUA tiraram o cara do país "para melhores cuidados" e enquanto isso os iranianos não tinham quem depor. Os revolucionários resolveram invadir e tomar conta da embaixada americana no Irã e capturaram vários reféns. Argo fala sobre os seis que conseguiram fugir.

Tony Mendez (Affleck) é um especialista de "exfiltração" do CIA, ou seja, ele entra disfarçado em situações para tirar pessoas de lá. Ele e seu chefe (Bryan Cranston) surgem com um plano para salvar os reféns, atualmente escondidos na casa do embaixador canadense, lá no Irã. E o plano deles é o seguinte: Affleck vai pro Irã como um cineasta canadense. Ele está viajando pelo Oriente Médio procurando locações para filmar uma ficção científica. Ele chega no Irã, o resto de seu grupo (os seis reféns) chegam no outro dia e, uns dias depois, todos vão embora do país juntos. Ou seja, eles terão de fingir que são diretores, cameramen, roteiristas e por aí vai. O problema é sair por aí (e passar por um aeroporto) numa cidade tomada pelas forças revolucionárias, quando todo país sabe que seis reféns fugiram e estão sendo procurados.

A melhor palavra pra definir Argo é tenso. A qualquer momento pode dar algum problema; alguém pode apontar pra você na rua gritando "é ele, é ele!" que todos se viram e danou-se. Não só isso como o filme também é uma corrida contra o próprio CIA pois alguns superiores não gostaram dessa ideia e pretendem montar uma armada para resgatar os reféns à força.

É daqueles suspenses que te deixam na beira da cadeira. Muito bom.

Nota 8

The Perks of Being a Wallflower (2012)

Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky baseado em livro dele mesmo
País: EUA

The Perks of Being a Wallflower é, em suma, um filme sobre ser jovem e solidão.

Charlie (Logan Lerman, o Percy Jackson dos filmes) acaba de começar o high school e, claro, ele não tem nenhum amigo e sofre bullying. Depois de algumas aulas, descobrimos que ele é colega do outro rapaz do pôster, Patrick (Ezra Miller, o Kevin de We Need to Talk About Kevin). Patrick é descolado, parece simpático e faz piada com tudo e todos, ou seja, Charlie quer ser amigo dele. Em uma noite qualquer, Charlie senta perto dele num jogo de futebol americano da escola. Eis que chega Sam (Emma Watson), amiga de Patrick, e Charlie logo se apaixona por ela (eles, na verdade).

Sabe quando você conhece um grupo de amigos e eles são tão engraçados e divertidos que você parece estar intoxicado (de um bom jeito) por eles e fica feliz simplesmente na presença dos mesmos? É isso que acontece. Em meio de festas e curtidas, conhecemos mais sobre o passado de cada personagem, principalmente de Charlie e Sam, claro, o casal protagonista. Naturalmente, Sam começa a namorar outro cara e o mesmo acontece com Charlie (ele namora Mae Whitman, a Maeby de Arrested Development, que faz um personagem ótimo).

Um filme sobre adolescência e conformismo, expectativas e traumas. Aprovado.


Nota 7.5

Moneyball (2011)

Direção: Bennett Miller
Roteiro: Steven Zaillian e Aaron Sorkin baseado em livro de Michael Lewis
País: EUA

Muito bom. Não entendo de baseball mas sim de futebol e esportes em geral então vou compara-los.

Moneyball fala sobre baseball e o gerente (Brad Pitt) dos Oakland Athletics na temporada de 2002. Eles não são um time grande. São daqueles que sempre perdem para os principais, aqueles que se classificam mas nunca ganham campeonatos. Parte disso deve-se a que o patrimônio da franquia seja 39 milhões, enquanto a dos Yankees, por exemplo, é de 114. Com tão pouco dinheiro, como um time pode ganhar dos ricos que sempre contratam gente melhor? Como, por exemplo, o Bahia pretende ser campeão, quando existem São Paulo, Grêmio, Fluminense, Santos e por aí vai?

Um dia, Pitt vai a Cleveland tentar uma troca de jogadores e conhece Jonah Hill, um analista novato de jogadores. Depois de uma troca de ideias, Pitt o convence a trabalhar para Oakland e eles bolam um plano. Esportes como baseball não dependem de um jogador e sim do time inteiro. Ou seja, mesmo que gastassem todo seu dinheiro em um jogador excelente, o resto dos Athletics continuaria uma porcaria e eles seguiriam sem conseguir nada. 

Então, baseado num sistema de estatísticas e projeções de Hill, eles decidem remontar o time inteiro. O único fator importante para eles: se o jogador consegue chegar na primeira base com frequência. Não importa se ele é velho demais ou já foi preso ou tem fama de drogado. Uma comparação tosca e errada mas digamos que quem chega mais na primeira base seria quem faz mais gol. Eles contratam, digamos, um zagueiro que faz bastante gol. Mas resolvem botar o cara de atacante. O zagueiro não entende nada daquela posição, mas os números dizem que ele faz bastante gol então é lá que ele vai ficar. É exatamente isso o que Pitt e Hill fazem. Claro, problemas acontecem. Afinal, Pitt não é o técnico do time. Philip Seymour Hoffman é. E o técnico, assim como todo o resto do mundo, não entendem o que Pitt está pensando e bota o zagueiro que faz gol na zaga, naturalmente. Mas isso só faz com que Pitt troque os zagueiros bons por caras piores pro técnico não ter opção. E aí seguem os problemas.


A ideia é muito interessante e o mais legal é ver que ela aconteceu de verdade. Obviamente eu não vou falar se o plano (ou até que ponto) funciona. Confira você mesmo.

Nota 8

Oslo, 31 August (2011)

Direção: Joachim Trier 
Roteiro: Joachim Trier e Eskil Vogt baseado em livro de Pierre Drieu La Rochelle
País: Noruega

Ótimo retrato da depressão, por um primo de Lars Von Trier. Muitos críticos consideram até melhor do que Melancholia.

Anders é um ex-viciado que completou 10 meses na rehabilitação. Hoje ele tem uma entrevista de emprego, um dos primeiros passos para entrar na sociedade novamente. Então, nesse dia, ele volta a Oslo e revive sentimentos passados. Visita alguns familiares e melhores amigos. Todos ficam orgulhosos de verem Anders tão bem, limpo e aparentemente normal. Mas também percebem que existe uma certa depressão, uma espécie de sentimento de exclusão. Ele tenta interagir com as pessoas mas algo sempre o incomoda e faz com que ele se distancie. O filme se passa em um dia e fica aquele suspense de uma possível recaída de Anders. 

Em uma das cenas mais marcantes, depois de uma noite de festa com uns amigos, eles invadem um clube social pra tomar banho de piscina. Todos entram na piscina menos ele. A mulher que estava com ele, já na água, o chama mas ele só sorri. E então ele vai embora.

Nota 8

Goon (2011)

Direção: Michael Dowse
Roteiro: Jay Baruchel e Adam Goldberg baseado em livro de Adam Frattasio e Doug Smith
País: Canadá e EUA


Goon é um filme de hockey que na verdade fala mais sobre a pancadaria legalizada por trás do esporte. O filme está fazendo um sucesso enorme aqui (essencialmente, por ser um filme de canadenses para canadenses) mas, como fã da NHL, também pude apreciar esse ótimo retrato dessa pequena parcela da América do Norte. Jay Baruchel co-escreveu, produziu e é um dos principais personagens do filme. Ele faz um adolescente viciado em hockey que tem um podcast em vídeo onde comenta os jogos e, em destaque, os maiores hits e lutas das partidas. 

Na grande maioria dos esportes em equipe, a função de um defensor, por exemplo, é marcar (ou impedir) que o atacante do outro time avançe. Isso, com o passar dos vários minutos de qualquer partida, cansa ambos jogadores e, claro, com um trash talk ali ou aqui, tudo começa a parecer pessoal. É muito comum então algum deles fazer uma jogada ilegal com o propósito de desabilitar o adversário fisicamente. Um carrinho bem dado e jurar que foi na bola, no futebol. Bom, quando as coisas ficam quentes assim e, para evitar essas jogadas baixas e "por trás das câmeras", no hockey, é permitido socar (sim) o adversário. Se os dois julgam necessário e querem se "desestressar um contra o outro", eles tiram as luvas e se atacam. O jogo para até algum sair "vitorioso" ou de pé. Quando isso acontece, naturalmente, todos os fãs e envolvidos, começam a torcer para o respectivo jogador de sua equipe e, bem, todo mundo vai a loucura , quer ver sangue e o adversário "sair da luta" imóvel. Basicamente. O filme retrata isso muito bem. 

O melhor amigo de Jay é Seann Williams Scott (conhecido por todo mundo como o Stiffler de American Pie), um brutamontes estúpido (ele mesmo diz) que trabalha como segurança de um bar. Seann só é bom em uma coisa e ele sabe disso: dar porrada nos outros. Depois de uma pancadaria nas arquibancadas de um jogo da segunda divisão, ele ganha a atenção de um caça-talentos. O profissional vê potencial em Seann. Em pouco tempo, ele faz parte dos Halifax Islanders e, como grande parte dos times de segunda, a situação não tá boa. Jogadores velhos demais, ninguém se importa realmente com ganhar ou não e a estrelinha do time muito menos - e ele também nem pode jogar bem se o time não ajuda. Não preciso nem dizer, mas com Seann, tudo começa a melhorar e o time passa a ver a glória de uma ascenção.

O principal conflito de Goon, porém, está em Ross Rhea, um jogador que, assim como Seann, ganhou a fama e habilidade sendo o tank do time. Rhea ainda atua na mesma liga e nada como um novo prodígio pra fazer os da velha guarda ficarem receosos e precisarem defender o seu título ou status como melhor. Naturalmente a briga entre os dois é o ápice do filme e Goon constrói tudo tão bem a tal momento que é impossível não ficar empolgado e se ajeitar na cadeira quando fica claro que a cena vai acontecer. Sensacional.

Queria dizer que você não precisa gosta de esportes pra gostar de Goon mas não garanto. É preciso, sim, entender trabalho em equipe, sentir orgulho de fazer parte de um grupo e, desde que você veja aquele outro cara com o mesmo uniforme seu, saber que ele vai fazer sua função em prol de um resultado positivo.

Nota 8.9

The Girl with the Dragon Tattoo (2011)

Direção: David Fincher
Roteiro: Steven Zaillian baseado em livro de Stieg Larsson
País: EUA, UK, Suécia e Alemanha

Excelente.

Não sei o que me atraiu a esse filme primeiro. David Fincher em geral, David Fincher adaptando um thriller sueco ou a incomum parceria entre Daniel Craig e Rooney Mara. Apesar de que, confesso, minutos antes de começar, eu só pensava na Rooney e tinha quase esquecido do Fincher.

Vamos à trama: Craig é um jornalista investigativo que acabou de passar por uma merda profissionalmente. Tudo que ele quer agora é fugir da pressão por alguns dias. E é o que acontece. Um senhor milionário entra em contato com Craig, em relação a um crime cometido na sua família há décadas atrás. A família Vanger era dona de uma pequena ilha na Suécia e, um dia nos anos 60, quando um acidente de carro bloqueou completamente o único acesso à ilha, uma das filhas da família simplesmente desapareceu. A única solução possível? Alguém a matou e a enterrou na própria ilha. Mas por quê? E quem? Trata-se da ilha, afinal, ou seja, só pode ter sido culpa de algum parente.

Por outro lado, temos Rooney Mara, uma adolescente gótica e hacker. Extremamente anti-social e não-convencional, Mara costumava trabalhar para o governo, tamanha suas habilidades em conseguir informações privadas de, bem, quem ela quiser (ou quem mandarem ela conseguir). Sem família ou amigos alguns, nota-se de começo que ela já passou por muita merda na vida. E, sim, ainda passa, como nos mostra o começo do filme, mais de uma vez. Eventualmente os dois cruzam caminhos e permanecem juntos.


Essa trama investigativa já foi plano de trabalho de Fincher, com Zodíaco. Os tais casos aparentemente sem soluções. Em ambos filmes, ele consegue nos deixar muito interessados nos mistérios, até que você começa a pensar como os personagens e investigar como eles. Ambos os filmes também tem quase três horas e mesmo assim aparecem apressados, mas por um bom motivo: baseado em livros de quase 400 páginas cada.

Mas o maior destaque de The Girl with the Dragon Tattoo é Rooney Mara. Seu personagem é marcante e achei impressionante ela fazer algo assim no "começo" de carreira. Um papel assim definitivamente muda uma pessoa e ela vai olhar para novos roteiros com outros olhos. De acordo com o IMDb, ela está envolvida no próximo projeto de Kathryn Bigelow (The Hurt Locker) e em outro com Terrance Malick (The Tree of Life) e eu acho isso excelente. Espero que ela mantenha o cabelo curto.


Os mistérios são explicados com clareza, as atuações são boas, a trilha sonora (composta por Trent Reznor, do Nine Inch Nails, que também trabalhou com Fincher em The Social Network e inclusive ganhou vários prêmios por ela), embora mal apareça, tem sua importância e não é ignorada. Also, foi um dos únicos filmes de 2011 que me deu uma vontade absurda de rever logo depois que eu saí do cinema. Aprovadíssimo.

Nota 9.3

The Descendants (2011)

Direção: Alexander Payne
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash baseado em livro de Kaui Hart Hemmings
País: EUA

Bom, bom. E nomeado a cinco GG nesse ano.

George Clooney é um advogado. Ele também é dono de uma porção enorme de terra que pretende vender. Ele não mora mais com a esposa, mas nenhum pediu divórcio ainda. Ele não tem contato com as duas filhas. E lida uma vida relativamente agradável. Então um dia a esposa sobre um acidente na praia e entra em coma. Isso faz com que ele volte pra sua casa antiga e lide com suas filhas e tudo que ele deixou pra trás.

Antes de mais nada, é bom dizer que The Descendants se passa no Havaí. Eu não sabia disso quando fui ver o filme, mas foi uma ótima surpresa. Paisagens lindas. Logo nos primeiro minutos do filme, Clooney faz um pequeno monólogo sobre como o Havaí não é como você pensa. Não é praia, praia, praia o dia inteiro e ninguém trabalha. Sim, praias em todos os lugares e muita gente usa roupa praiana o tempo inteiro, em geral, é um lugar normal com cidades normais. Eventualmente Clooney descobre que sua esposa estava o traindo (não é spoiler, mostra no trailer, então não enche). Então ele e as filhas começam essa jornada de descobrir quem é o cara e tudo mais.

Pelo trailer, eu julgava que iria rir mais do que me emocionar, mas o filme é mais triste do que eu esperava. O que, claro, é uma coisa boa. Então, fica a dica.

Nota 7.8

Breves comentários sobre o GG: Não deve ganhar melhor filme. Clooney talvez ganhe melhor ator, mas vou torcer pro Fassbender. A filha mais velha concorre a melhor atriz coadjuvante. Ela é bonita e atua bem, mas não. Melhor diretor também não. Nem melhor roteiro. E era isso.

Boy A (2007)

Título Original: Boy A
Direção: John Crowley
Roteiro: Mark O'Rowe baseado em livro de Jonathan Trigell
País: UK

Mais Andrew Garfield, em um filme sobre second chances.

Andrew era uma criança que sofria bullying e um dia encontrou um amigo excluído também. Então esses dois um dia fazem uma burrice enorme e acabam sendo responsáveis pelo assassinato de uma colega de classe. Ambos são presos. O amigo de Andrew se mata. E Andrew, alguns anos depois, sai da cadeia e vai pra outra cidade com outro nome, outra vida. Sendo que aí ele tem menos de 20 anos. Então dá pra saber como o personagem dele é perturbado.

O interessante de Boy A é ver como ele se adapta em um trabalho normal e em criar uma vida decente, nunca se expondo o bastante. Também temos a relação dele com seu "pai adotivo", o responsável por Andrew pós-cadeia, um cara que, naturalmente, acredita em second chances. Tudo isso sempre tentando chamar o menos de atenção possível, vai que alguém em algum lugar o reconheça. Isso deixa o filme bem tenso.

Aprovei.

Nota 7.7

Não me Abandone Jamais (2010)

Título Original: Never Let Me Go
Direção: Mark Romanek
Roteiro: Alex Garland baseado em livro de Kazuo Ishiguro
País: UK / EUA

OK, this is a big one. Esse é um filme que quero ver há mais de 4 meses, por dois motivos, basicamente. Primeiro, o elenco. Carey Mulligan pra ser mais exato, apesar de gostar muito do Andrew Garfield e (um pouco menos) da Keira Knightley. Fiquei sabendo do filme provavelmente pelo Tumblr, vendo algumas imagens dos três. Fui me informar, vi que era baseado num livro de um japa (Kazuo Ishiguro) e comecei a pesquisar sobre a obra. Pela capa e cenas do trailer, eu já fiquei muito interessado. Percebi que era daqueles filmes/livros que eu tinha certeza que ia gostar. Então, após ler várias reviews boas e comentários positivos de um amigo meu (que me disse que o Kazuo escreve em inglês), eu resolvi comprar o livro na língua original. E, depois de muito enrolar, como sempre, eu terminei de ler. E, novamente, agora já por saber como tudo acontece, enrolei mais ainda pra ver o filme, por achar que talvez nunca estivesse preparado, hah. Mas enfim.

Never Let Me Go (recuso-me a botar em português, nenhuma tradução é fiel o suficiente) fala sobre uma menina, Kathy (Carey), e seus dois amigos Tommy (Andrew) e Ruth (Keira). Desde sempre, eles estudam no mesmo colégio, uma espécie de orfanato pois todos moravam lá. Eles não tinham nenhum contato praticamente com o mundo exterior e os professores de Hailsham (o nome do local) os tratavam como as crianças mais importantes do mundo. É tudo sempre um pouco suspeito, diferente do normal, quase todo mundo dá olhares de pena para as crianças, mas, claro, são todos tão jovens e eles não se importam. Mas então um dia uma professora relativamente nova em Hailsham resolve falar. Vou falar a cena a seguir como ela é descrita no livro, muito diferente do filme, pois ficou bem melhor assim.

Chove e vários alunos (assim como essa professora) estão em baixo de um toldo, a caminho de um campus para outro de Hailsham, basicamente. A professora está inquieta e estressada. Os alunos nem percebem o estado dela e levam conversas normais. Uma das crianças comenta que adoraria ir pra Hollywood quando crescer e virar uma atriz famosa. A professora imediatamente começa a prestar a atenção e na hora fica muito triste. Então ela liga o "foda-se" e diz. Ela fala que nenhuma das crianças de Hailsham vão virar adultos. Que quando chegar certo ponto, todas doarão orgãos vitais para o benefício de outras pessoas. Que é esse o propósito delas e de Hailsham, já está tudo programado, não existe outra opção. Claro, as crianças ficam absurdamente chocadas com as informações. Com o passar do tempo, elas também percebem que são clones. Clones feitos unicamente com esse objetivo, doação de orgãos, enquanto o seu original, está no mundo lá fora, com uma vida normal.

A infância acaba e todos viram adolescentes. Onto the next step... Todos devem se mudar de Hailsham e ir para escolas já mais direcionadas para, né, a preparação do que virá a seguir. Tommy, Kathy e Ruth conseguem ir os três para o mesmo lugar. Então ali elas ficam sabendo de um rumor interessante. Nessa época, Tommy e Ruth estão namorando, apesar de Tommy gostar mais de Kathy (e ela gostar dele), foi Ruth quem teve a iniciativa e ela quem se deu bem. Um casal experiente da segunda escola (Cottages, me acostumei com esse termo) menciona a adiamento. É basicamente o seguinte: se um casal dessas casas conseguisse provar que estivesse apaixonado um pelo outro, o pessoal os daria alguns anos para, you know, viverem e serem felizes, ao invés de começar a doar orgãos logo de cara. É a ideia romântica perfeita. Vamos ter uns anos juntos para depois dizer adeus. Infelizmente nenhum dos três protagonistas tinha ouvido falar disso mas o conceito de adiamento ficou na cabeça deles. E é basicamente em função disso que ficam em função os nossos protagonistas: esperança e a incessante busca de sentido nessa existência maldita.

Não vou comparar muitas cenas entre os dois, em algumas, como sempre, o filme foi muito pior (a cena que citei da professora desabafando, no livro também tem uma cena da Madame interrompendo uma dança com a almofada de Kathy escutando o toca-fita) mas em outras ganhou meu respeito (a segunda ou terceira doação de Ruth, o grito do Tommy perto do final). E o final. Tava tudo indo tão bem, mas mudaram as palavras. A moral do final do livro vocês podem ler no final desse post e ela é, apesar dos pesares, algo como "life goes on" e o filme tem uma vibe mais Blade Runner. "But then again, who does?"


Nota 8.6


BTW, essa capa é a do livro, mais bonita do que qualquer pôster do filme.



"I was thinking about the rubbish, the flapping plastic in the branches, the shore-line of odd stuff caught along the fencing, and I half-closed my eyes and imagined this was the spot where everything I'd ever lost since my childhood had washed up, and I was now standing here in front of it, and if I waited long enough, a tiny figure would appear on the horizon across the field, and gradually get larger until I'd see it was Tommy, and he'd wave, maybe even call. The fantasy never got beyond that --I didn't let it-- and though the tears rolled down my face, I wasn't sobbing or out of control. I just waited a bit, then turned back to the car, to drive off to wherever it was I was supposed to be."

A Rede Social (2010)

Título Original: The Social Network
Direção: David Fincher
Roteiro: Aaron Sorkin baseado em livro de Ben Mezrich
País: EUA

Você tem Facebook? Por quê? Você sabia que no começo do Facebook, assim como no orkut, só entrava com convite? Você sabia que o Facebook surgiu em Harvard e só podia se cadastrar quem tinha e-mails terminados em @harvard.edu? Você sabia que Eduardo Saverin, um brasileiro de 25 anos, é dono de 5% do site (o que faz dele um bilionário)? Você sabia que Shawn Fanning, o criador do Napster, teve uma profunda participação no crescimento do Facebook? Pois nesse filme, David Fincher, com o mesmo ritmo frenético de Clube da Luta, nos mostra tudo isso.

Tenho certeza que você conhece o conceito de clube social secreto. Pois é, isso existe, não é futilidade (bem, kinda) de adolescente mimado em seriado sobre aparências. Aqueles clubes que (obviamente) você precisa ser convidado e então tem o período de tempo em que você fica sob observação e deve fazer como mandam. Eles existem fora da ficção e tem uma simples palavra que faz as pessoas quererem entrar: contatos. A Rede Social é, em parte, sobre isso.

Vamos para um dia qualquer de 2000 e pouco. Mark Zuckerberg está bêbado e acabou de perder a namorada. Nos campus de Harvard. Ele é um nerd daqueles self-proclaimed genius e lembra os personagens de The Big Bang Theory, mas né, sem ser tão idiota. Não foi por isso que ela terminou com ele. Ele volta para o seu quarto, dividido com mais uns três colegas, todos programadores, e vai pra internet. Cansado, ele resolve criar um site ali, rapidinho. Duas fotos de mulheres, clique na que você acha mais bonita. The thing is: todos os sites dos campus de Harvard (e faculdades ao redor) tem fotos dos estudantes. E, bem, Mark, com suas l33t skills, consegue quase todas as fotos de alunas rapidamente e monta o site. O atrativo não era escolher entre duas mulheres, e sim entre duas que você conhece. Ele manda o link pra todo mundo da faculdade (todos habitantes dos dormitórios estudantis de Harvard) e, poucas horas depois, o servidor da faculdade cai, tamanho o movimento da banda.

Claro, o site é desativado mas people talk. Pessoas do topo da cadeia social entram em contato com Mark, pois, bem, talvez seja ele que pode ajudá-los naquele projeto. Mark logo aceita, afinal vê aquilo como uma oportunidade para crescimento pessoal e profissional mas percebe as limitações dessa ideia deles. Então ele resolve fazer melhor. O Facebook no início era uma espécie de cardápio de pessoas. Tinha informações básicas (e absolutamente necessárias para college people, como relationship status) e, de lá, dava pra, bem, fazer um breve julgamento sobre a pessoa e ver se o seu interesse aumentava ou não. Todas essas informações era o próprio dono do perfil que botava, afinal o Facebook era extremamente exclusivo e elitista. Então todo mundo tinha orgulho de ter um perfil. Resumindo... Era tipo um orkut sem comunidades e sem scrapbook. Na verdade, nem fala se tinha sistema de amigos, mas, a-há, assim como dá no Facebook atual, dava pra ver quais eram os estudantes de tal faculdade. Claro, não demorou muito pra perceberem que isso dava dinheiro. Mark não queria ficar rico, tudo que ele queria é reconhecimento. Mas sabe como os seres humanos são. E é a partir daí que começa a dar merda.


A Rede Social alterna entre dois tempos. Primeiro, os flashbacks. Tudo como aconteceu, em ordem. E, ao mesmo tempo, mostra Mark contra os diversos processos legais que ele aturou com o passar do tempo. E é tudo muito, muito bem feito.

Bom, resumindo: um excelente filme sobre nerds, milhões, internet e faculdade.

Nota 9.4


GG talk: Sobre o Globo de Ouro... O filme levou melhor filme, diretor, roteiro e trilha sonora. Tudo merecido. Pena que os guris (Jesse e Andrew) não levaram nada.

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (2010)

Título Original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Direção: David Yates
Roteiro: Steve Kloves baseado em livro de J.K. Rowling.
País: UK / USA

Tudo acaba aqui, como diz o cartaz.

Vi a maioria dos filmes de HP somente uma vez (principalmente, por algum motivo, os últimos) e, por isso, eu não lembrava de quase nada, quando HP7 começou. Então vou recapitular o principal: em HP6, descobrimos que Voldemort repartiu sua alma em sete e escondeu os pedaços em diversos objetos. E para matá-lo, só destruindo esses troços (Horcrux) antes. Então os bonzinhos estão tipo procurando as esferas do dragão, pois ninguém sabe onde as Horcruxes estão. Also, como Dumbledore morreu no filme anterior, os malvados tomaram conta do pedaço. Ou seja, "todo mundo" está atrás de HP.

Assim sendo, HP e seus amigos passam o filme inteiro fugindo e se escondendo. O que me deixou pensando, no começo do filme. Senti falta de quando os filmes eram todos em Hogwarts e as descobertas legais eram coisas como ter aula de tal coisa ou que existem feitiços para fazer aquilo. Deu saudade de quando os nossos três protagonistas eram assim. E depois então eu pensei: NOT. OK, brincadeira. Acontece que, assim como na vida, seja pro bem ou pro mal, tudo muda. E às vezes shit gets real. E é o que acontece nesse HP7.

O filme conseguiu me passar muito bem a sensação pessimista de... solidão e desesperança que os personagens passam. Tanto que minha cena favorita foi quando Harry e Hermione dançam sozinhos dentro de uma barraca, ouvindo alguma música do rádio. Nessa parte, o Ron não está com eles, pois eles tinham brigado e a Hermione principalmente estava bastante chateada. Então, no meio de um monte de merda e de uma música bonita no rádio, ele pede a mão dela para uma dança. Ela aceita mas demora um pouco pra se separar dos problemas. Até que, enfim, aproveita. Mesmo que tudo esteja ruim lá fora, e pode ser inclusive que a gente morra amanhã, mas agora, nesse instante, temos esse momento e podemos dançar. Então why not? Enjoy.


Claro, HP7 tem muito mais do que isso, tem até várias cenas hilárias, o que eu não estava esperando, por se tratar de uma parte tão séria da estória. Enfim, só me resta uma coisa a dizer. QUE VENHA A ÚLTIMA PARTE!

Nota 8.8

Invictus (2009)

Título Original: Invictus
Direção: Clint Eastwood

Roteiro: Anthony Peckham baseado em livro de John Carlin

País: EUA


Motivos não faltavam pra ver esse filme. Dirigido por Clint Eastwood (OK, nem preciso continuar a lista). Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela. Rugby na África do Sul. Pois é.

Eis um fato que você não sabia: o time de rugby da África do Sul foi campeão mundial em 1995. Pois foi. Matt Damon (wut) faz François Pienaar, o capitão do time, e é uma pessoa relativamente normal. Mandela, o novo presidente do país, nota que a África do Sul ainda está frágil, afinal o apartheid tinha acabado logo ali, e resolve usar o esporte para unir o povo. Então ele cria uma relação direta com François e os dois ficam encarregados de, bem, deixar todo mundo com orgulho de ser sul-africano.


Enfim, Invictus é muito bom. Obrigatório para fãs de filmes sobre esporte.

Minha cara no final:

MANLY FUCKING TEARS.

Nota 9.2

Na Natureza Selvagem (2007)

Título Original: Into the Wild
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn baseado em livro de Jon Krakauer
País: EUA



O que é liberdade pra você? Ter um dia livre pra fazer o que quiser? Férias? O horário de almoço no trabalho? Matar aula? Saber que você pode ir pra rodoviária e viajar pra qualquer lugar do país e, se quiser, não avisar ninguém? Agir como se não estivessem olhando? Fazer um inesperado mochilão sozinho, com o total desligamento da sociedade e sua fixação por futilidades como materialismo e consumismo? Pois pra Chris McCandless, ultimate freedom era exatamente essa última opção. "A vida é mais do que relações pessoais." E foi isso que ele fez.

Chris McCandless (Emile Hirsch) é um inteligente e curioso estudante de West Virginia. Ele não é como a maioria dos seus colegas; não se importa muito com, digamos, ter um carro novo ou ser descolado. Ele prefere a companhia dos seus livros, personagens e citações pertinentes que menciona em diversos momentos. Ele, porém, é muito próximo de sua irmã (Jena Malone) e junto dela teve uma infância e pré-adolescência.. perturbada. O pai (William Hurt) trabalhava pra NASA e, pelas suas inovações, ganhava muito dinheiro, algo que deixava a família sempre querendo mais. Um aposento a mais na casa, um aparelho mais moderno e tecnológico. Então, num dia qualquer, Chris finalmente se forma no colégio. Ele tem mais 24 mil dólares guardados pra faculdade. Mas ele resolve doar tudo e fazer um mochilão, a pé, até o Alaska, sozinho e sem avisar ninguém.

Na Natureza Selvagem mostra sua jornada (real) de mais de um ano até seu destino. Grande parte da graça dela, claro, está nas pessoas que conhecem nessa aventura. Muitos atores legais fazem esses coadjuvantes, como Vince Vaughn, Zach Galifianakis, Catherine Keener e (lol) Kristen Stewart. A outra parte da graça está em tudo que ele vivencia sozinho. Paisagens lindíssimas, lugares onde não se vê nenhuma outra pessoas em muitos e muitos quilômetros. Sem muita tecnologia e conveniências sociais (por opção, claro), ele vive, no meio da natureza. Mata e come animais da floresta, sente o mesmo calor do fogo mas com uma satisfação completamente inédita quando faz, com sucesso, uma fogueira. Tudo tem um sabor diferente (e não falo só sobre comida) quando feito pelas próprias mãos, sem auxílio ou supervisão de alguém. Tudo é uma pequena conquista.


Fazia um bom tempo que eu não via um filme com tantas cenas tão emocionantes. Sean Penn como diretor fez um trabalho sensacional. Sei que o crédito deve ir praticamente quase todo para o livro, mas o filme também tem o seu. Ainda mais em uma obra assim. Quão bem palavras podem descrever um lugar assim? A trilha sonora também é excelente, toda composta por Eddie Vedder. Enfim, é tudo sensacional. Quero muito ler o livro. E vejam o filme. It will make you wonder.


Não é muito relevante, mas é algo que quero comentar e me lembrei durante a minha segunda vez vendo Na Natureza Selvagem. Por certo lado, eu concordo com o protagonista. Tenho certeza que não é só comigo que é frequente a vontade de abandonar tudo e quebrar essas correntes que nos prendem a esse nosso entediante e worthless estilo de vida atual. Vontade de, não sei, simplesmente desistir de qualquer tipo de contato com as outras pessoas. Mas, por outro lado, é disso que tudo se trata. Pessoas. Se não fossem elas, não existiria aquela arma pra você usa pra caçar, ou aquela música fantástica que você tanto gosta. As cenas mais emocionantes do filme, justamente, envolvem quem Chris conhece no caminho. E é daí que me veio uma citação de um outro filme (Antes do Amanhecer, do Richard Linklater) em mente. "Eu acredito que, se existe algum tipo de Deus, ele não estaria em mim, ou em você, mas sim no espaço entre nós. Se existe algum tipo de magia nesse mundo, ela está na tentativa de entender alguém enquanto compartilham algo. Eu sei que é praticamente impossível de acontecer, mas quem se importa? A resposta deve estar nas tentativas." E é exatamente por isso que você acorda todos os dias, vai pra rua, estudar ou trabalhar, e acaba conversando com outras pessoas. Essa tentativa. Talvez algo aconteça. Quem sabe?


Vou acabar o post com uma mudança de assunto. Uma das várias citações famosas que Chris usa. Quando perguntado pelos estranhos recentemente conhecidos sobre família e dinheiro, Chris citava Thoreau. "Antes de amor, dinheiro, fé, fama, justiça... dêem-me a verdade."

Nota 9.7

Um Segredo de Família (2007)

Título Original: Un Secret
Direção: Claude Miller
Roteiro: Claude Miller baseado em livro de Philippe Grimbert
País: França

Meh..

Filme interessante sobre uma visão judia sobre o Holocausto. Mas não bem isso. Baseado em fatos reais, Um Segredo de Família fala da família Grimbert, mais examtamente de François, uma criança e suas lembranças do que aconteceu com seus parentes naquela época. Não, não é um filme brutal. É bem dramático, mal aparecem nazistas, é mais sobre as pessoas envolvidas com François e as consequências do nacional-socialismo na comunidade judaica.

Vou contar a melhor cena, que deixou todo mundo surpreso, porque foi muito tensa / estranha / curiosa mesmo. E sei que ninguém vai ver esse filme por causa desse post (inclusive não o recomendo, tem muita coisa melhor pra se ver) então vai fundo e leia o seguinte. François, adulto, se casa e logo se apaixona pela mulher de um parente ou amigo, não lembro bem. Ele passa quase o filme todo sem fazer nada a respeito. Aí eles (todos judeus) encontraram uma casa boa pra "se esconder" e estão a habitando já faz um tempo. A mulher de François recentemente percebeu que ele gosta da tal outra mulher e detestou a ideia de ir pra essa casa, pois a loirona estaria lá. Mas ela acabou indo, com o filho. Então certo dia chegam uns nazistas e querem documentos provando que ninguém ali é judeu. Ao falar com a esposa (François não está presente), ela mostra os dois documentos que possui, o falso e o verdadeiro. As parentes ficam WTF. E então chega o filho dela no aposento e a mãe diz "aquele ali é meu filho." Porra, muito tenso.


Enfim.. Interessante, mas chatinho.

Nota 6.7

Educação (2009)

Título Original: An Education
Direção: Lone Scherfig
Roteiro: Nick Hornby
País: UK

Então.

Jenny é uma adolescente britânica e descolada nos anos 60 que mora no interior. E como todo descolado adolescente nos anos 60, ela gostaria de estar em Londres. Ou, de preferência, na França. Ela então conhece um cara mais velho que, digamos, sabe aproveitar a vida, chamado David. E então o filme começa.

Educação fala sobre as perguntas que uma mulher se fazia naquela época. Casar, criar uma família e não ter vida pessoal ou estudar e estudar e ser uma pessoa realizada intelectualmente e tudo mais? O que vale mais a pena? Quais os riscos?

O drama do filme é bom e o romance também. Destaque pra maravilhosa e perfeita Carey Mulligan (23 anos!) que ninguém provavemente nunca tinha ouvido falar e já foi indicada ao Oscar por esse filme. Sério, se você gosta de meninas bonitinhas, veja esse filme. Aliás, against all odds e totalmente não relacionado aos comentários desse filme, eu prefiro a Carey de cabelo longo.

Nota 7.4

Os Homens que Encaravam Cabras (2009)

Título Original: The Men who Stare at Goats
Direção: Grant Heslov
Roteiro: Peter Straughan baseado em livro de Jon Ronson
País: EUA / UK

Novo George Clooney com Ewan McGregor, Kevin Spacey e Jeff Bridges? Count me in.

Os Homens que Encaravam Cabras fala sobre um experimento supostamente real da CIA que buscava soldados com poderes... psíquicos. Um dia, um cara numa sala com várias cabras, tentou matar uma com o pensamento. A cabra do lado caiu morta. Esse filme satiriza isso. Até onde as pessoas iriam para ter a "vantagem" numa guerra.

Ewan McGregor é um jornalista inocente e só quer o respeito da família e trabalho fazendo uma matéria sobre a guerra. Então um dia ele tem uma oportunidade de ouro: ele encontra George Clooney, um suposto soldado do antigo Exército Americano da Terra Nova. Uma unidade que lidava com membros... diferentes. Durante seu convívio, o assunto mais comentado é Jeff Bridges, o criador dessa brigada. O hippie. As tarefas desse exército não constavam em ficar forte fisicamente nem nada do tipo. Era só, por exemplo, dançar. Ficar "diboa." E, convenhamos, Jeff Bridges é o cara perfeito pra isso. Mas, claro, sempre existe um inimigo. Kevin Spacey é o rival de Clooney, em busca do "reinado" de Jeff, quando este sair.


Bom. Como um amigo meu bem percebeu, George Clooney tem fortes influências de John Cleese nesse filme. Vai dizer que não é parecido? Enfim, funcionou bem. O personagem dele é daqueles loucos que dá pena de não acreditar. O mesmo com Jeff. E como Ewan é bem inocente, ele vai na deles. Mais ou menos. Os Homens que Encaravam Cabras cumprem a sua função. Eles te fazem rir. E é isso que quero numa comédia.

Nota 8.5

Coraline e o Mundo Secreto (2009)

Título Original: Coraline
Direção: Henry Selick
Roteiro: Henry Selick baseado em livro de Neil Gaiman
País: EUA


Took me long enough..

Coraline é uma garotinha que se mudou e está entediada. Ela então conhece os vizinhos, todos mais velhos e estranhos. Mas aí um dia, de saco cheio de tudo, encontra uma portinha na casa nova.. que está fechada. Só que ela confere depois outro dia e, tcharam, tem um caminho colorido que lida para um outro lugar. Tim Burton? Não, Neil Gaiman. Enfim, o filme é mágico. O tal mundo secreto é maravilhoso, mas, bem, não é real. Isso me lembra de Vanilla Sky..


Quer animação boa, veja Coraline. Arrependo-me profundamente de não ter ido para Porto Alegre ver o filme em 3D, já que ele foi feito para ver nesses cinemas.


Nota 9.2