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Onde Os Fracos Não Tem Vez (2007)


Título Original: No Country for Old Men
Direção: Irmãos Coen
Roteiro por: Irmãos Coen
País: EUA


Javier é um assassino psicopata. E ele mata um monte de gente e usa uma doze com silenciador.

Bom, não tem mais muita coisa pra se falar. Ótimo filme, mas não acho que vá ganhar muita coisa. Javier merece, contudo. Puta personagem massa.

Nota 8.0

O Preço da Coragem (2007)

Título Original: A Mighty Heart
Direção: Michael Winterbottom
Roteiro por: John Orloff baseado em livro de Mariane Pearl
País: UK/EUA


Finalmente um filme ruim, entre os indicados.

Casal de jornalistas, poucos meses após 9/11, (francesa e americano) estão no Paquistão e o cara é sequestrado. Dias depois, morto. Baseado em fatos reais.



E? Isso acontece "todo dia." Detalhes de como foi a negociação, blá blá blá, ninguém quer saber isso. Filme chato da porra.

Interessante ver como a polícia de lá é fraca. O que aconteceu com tiro no joelho, pra conseguir informação? Além de terem formas de torturas (digo da polícia, claro) patéticas, não sabem o que fazer com os cúmplices. Em certo ponto do filme, conseguem capturar um ou dois envolvidos no sequestro, mas é aquele tipo de coisa, operação feita de forma que cada um saiba o menos possível. Então se tu pergunta "o sequestrado ainda está vivo?" óbvio que o cara não vai saber te responder. E então? O que fazer? Fazer ele dar depoimento falando que blá blá blá? O que aconteceu com simplesmente matar o infeliz por ter participado de algo escroto desses?


Nem a atuação da Angelina faz o filme valer a pena; é, também, fraca. Ela dá uns berros quando descobre que o marido está morto. E fala sério, haja paciência pra ficar na esperança "será que ele volta? será que ele está morto?". Se fosse eu, depois de uns 10 dias disso, já teria ido embora do país, com ou sem esposa.

Nota 4.7

Senhores do Crime (2007)

Título Original: Eastern Promises
Direção: David Cronenberg
Roteiro por: Steven Knight
País: UK/Canada/EUA


Cronenberg + Viggo + máfia + poucas, mas bem colocadas, cenas de violência. Essa foi a fórmula de vitória de Cronenberg, para Marcas da Violência, que foi repetida aqui. E, novamente, Cronenberg wins.

A principal diferença entre os dois, é que em Marcas, Viggo já era mafioso e já era um cara fodão (a nível de assassino profissional). Em Senhores do Crime (tradução podre), ele é um novato na máfia. E, pra falar a verdade, nem todo mundo na máfia é inteligente, frio e sábio. Existe muita gente idiota também; como o "capitão" do Viggo. É daqueles caras babacas, mas que tem tudo, só porque papaizinho é chefão. Então Viggo tem que aguentar o cara encher o saco, fazer cagadas, e tudo mais. No meio disso tudo, Naomi Watts é parteira, tatuagens, um diário, sangue e muitas expressões em russo.


Assim como Marcas da Violência, Senhores do Crime é no ponto. Se fosse um pouco mais do que é, seria pior. Fotografia épica, trilha sonora decente, final bom. Viggo merece ganhar melhor ator só pela cena em que luta contra dois caras, pelado, em um banheiro público; com direito a facas e muito sangue.

Nota 9.1

Desejo E Reparação (2007)

Título Original: Atonement
Direção: Joe Wright
Roteiro por: Christopher Hampton baseado em livro de Ian McEwan
País: UK/França


Keira ama James. James ama Keira. Mas eles não sabem disso ainda. Então um dia James resolve mandar uma carta obscena sobre Keira, para a mesma, por engano. O romance começa. Mas no meio dessa confusão, a inocente e pequena irmã de Keira, acaba lendo a carta e presenciando outras cenas estranhas de ambos e, enfim. Um grande desentedimento. Um grande desentendimento que fode com a vida dos pombinhos.


Atonement é um ótimo filme. A fotografia é excelente, a trilha sonora é legal, as atuações são boas. Pareceu que eu iria falar mal do filme agora? Pois não vou; o filme é bom mesmo. Fala sobre culpa, raiva, decepção, solidão e tudo mais. Vi que é baseado num livro, e fui correndo ver se não era a tal irmã quem tinha escrito o livro, pois, porra, caso sim, ela teria que ter sido uma pessoa absurdamente forte para não ter se matado, devido à culpa (vejam o filme e entendam).

Nota 8.8

O Gângster (2007)

Título Original: American Gangster
Direção: Ridley Scott
Roteiro por: Steven Zaillian e Mark Jacbson
País: EUA


Denzel é o aprendiz de um falecido mafioso negro. Russell é um detetive que, um dia, achou 1 milhão de dólares em um porta-mala de carro e devolveu pra polícia, de tão bonzinho que é. Baseado em fatos reais. E assim começa o filme.

A primeira uma hora e meia não é nada demais. O final que é massa. O interessante é que esses dois personagens só se encontram nos últimos minutos. Cada um passa o filme todo sem saber da existência do outro.


Sem muito mais o que falar. 157 minutos de filme, o drama que vi ontem não tinha nem 2h e é muito melhor. Apenas mais uma prova de que é, novamente, possível fazer filmes excelentes, com menos de 120 minutos.


Nota 7.8

4 Meses, 3 Semanas e 3 Dias (2007)


Título Original: 4 luni, 3 saptamani si 2 zile
Direção: Cristian Mungiu
Roteiro por: Cristian Mungiu
País: Romênia


Fulana A e Fulana B são amigas estudantes. Então um dia Fulana A resolve fazer um aborto ilegal.

Sabe, essa é a grande diferença entre dramas bons americanos e dramas bons não-americanos. Nos hollywoodianos, são filmes épicos; surpresas, personagens únicos, e por aí vai (isso nos dramas bons, logicamente). Os estrangeiros não; eles relatam puramente a realidade. Não é nada diferente, é simplesmente a verdade. A, oh, tão cruel verdade. E outra diferença interessante: os atores americanos simplesmente, por acaso, são os personagens. Exemplo, um loiro bonitão que por acaso é um agente secreto. Em filmes europeus, principalmente, não é assim. A porra do ator É a porra do personagem. É gente que tu nunca ouviu falar que se encarna muito e vira aquela pessoa, com aqueles problemas.


Essa porra de filme te deixa tenso durante o tempo todo. Aprendi que aborto ilegal não é uma coisa legal, muito menos considerável. Aprendi que dá medo; muito. Mesmo não sendo contigo (sim, pois Fulana B é a protagonista, e não a que vai fazer o aborto). E olha que nem sou mulher.


Isso é que é drama bom. Não precisa de muita coisa, não. Só poucos atores dedicados, takes longos e diálogos longos com a câmera parada (esse filme tem cenas lindas assim) e um roteiro realista.


Nota 9.4