Melancholia (2011)

Direção: Lars von Trier
Roteiro: Lars von Trier
País: Dinamarca, Suécia, França e Alemanha

Ótimo!

Em Melancholia, Lars von Trier, um dos diretores mais polêmicos da atualidade, faz um belo ensaio sobre o fim do mundo e a morte. 

Tudo acontece na festa de casamento de Kristen Dunst com Alexander Skarsgard. Esse sempre foi o sonho dele, mas ela é uma pessoa mais excêntrica. Por mais que goste da ideia de passar a vida toda com o noivo, o casamento em si é uma tarefa tão cansativa e boba. Não só os dois chegam extremamente atrasados para a cerimônia, como Kristen está sempre "indo ao banheiro" e voltando depois de meia hora ou mais. Tudo acontece numa casa de campo enorme e não é um dia qualquer. Cientistas descobriram a existência de um planeta (chamado Melancholia) que se escondia atrás do Sol e vai passar bem perto da Terra nessa noite, o que promete ser um belo espetáculo. O problema é que alguns pessimistas prevêem que o planeta vai passar perto demais da Terra e talvez até se chocar com ela. E se você leu o primeiro parágrafo...

É interessante ver como os personagens lidam com isso. Depois do casamento, na verdade, quando só temos Kristen, Charlotte Gainsbourg (irmã) e Jack Bauer (cunhado) pra lidar com a situação. Ah, e o filho de Charlotte x Jack. Uma curiosidade é como o personagem de Kristen é como é (depressiva, alguns dizem), ela trata desse assunto de forma mais racional. Enfim, o melhor de Melancholia é tudo que acontece depois do casamento (parte mais chata e acessível do filme). A última cena em particular é memorável. 

Nota 9.1

Like Crazy (2011)

Título Original: Like Crazy
Direção: Drake Doremus
Roteiro: Drake Doremus e Ben York Jones
País: EUA

Like Crazy é um filme sobre como relacionamentos (especialmente a distância) sofrem com o tempo e a apatia.

X e Y são estudantes da UCLA e se apaixonam. Tudo é bonito e único. Mas ela é de Londres e seu visa vai expirar logo. Algumas más decisões típicas de "jovens adultos" depois, eles tentam se manter juntos após toda a apatia que a distância traz. Like Crazy é dolorosamente realista e, quando o casal é feliz, ele passa com sucesso a sensação de que são a única coisa que importa no universo. E a gente sente também a ausência, o vazio, de quando eles estão separados.

O filme me fez pensar sobre os pontos-de-vista bons e ruins desse assunto. Um casal feliz que você conheça, por exemplo, por bastante tempo; eles sabem a sorte tem? Como se ganha ou perde a batalha do quanto tolerar a pessoa com o tempo contra a vontade de manter o relacionamento junto? Como se sabe quando é tarde demais pra tentar de novo?


Pelo romance do filme ser bonito e puro, ele me lembrou, em diversas partes, de Brilho Eterno. Inclusive o final, apesar de, bem, não vou comentar. Vou dar nove por causa do final. A protagonista, por sinal, é a coisa mais linda do mundo.

Nota 9