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O Homem Duplicado (2013)

Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Javier Gullón baseado em livro de José Saramago
País: Canadá e Espanha

"O caos é a ordem ainda não decifrada."

A Família (2013)

Direcao: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson e Michael Caleo baseado em livro de Tonino Benacquista
País: EUA / França

"Desculpa, eu não falo françês."

Stoker (2013)

Direção: Park Chan-Wook
Roteiro: Wentworth Miller
País: UK / EUA

"Sabe quando vê uma foto sua que foi tirada quando não sabia que estavam tirando uma foto sua? De um ângulo que tu não consegue ver quando se olha no espelho? E você pensa 'Isso sou eu. Isso... também sou eu.' Sabe do que estou falando? É assim que me sinto agora."

Filme muito interessante sobre família, assassinato e sexualidade. Sempre fui um grande fã do Park Chan-Wook então estava muito empolgado com Stoker. Seu primeiro filme em Hollywood com atores famosos tipo Mia Wasikowska, Nicole Kidman e, um dos meus favoritos, Matthew Goode. Um elenco essencialmente bem escolhido, principalmente quando se fala do Goode; vejo poucos atores atuais com um olhar tão profundo e intimidador.

O filme é sobre uma família relativamente distante que, por descuidos do destino, costuma sofrer traumas e acidentes demais. Quando o marido da Kidman morre, o misterioso Goode (irmão ausente do marido) aparece para ajudar a esposa e sua sobrinha, Mia.

Stoker, com consistência, um filme perturbador. Crédito a Wentworth Miller (sim, o cara de Prison Break) e seu roteiro surpreendentemente bom. Chan-Wook, como sempre fez um excelente trabalho como diretor.

Mal posso esperar por seu próximo filme, seja o que for.

Side Effects (2013)

Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
País: EUA

Próxima grande produção estrelando Rooney Mara, depois do sucesso da versão americana de The Girl with the Dragon Tattoo. Eu estava bastante ansioso mas fiquei decepcionado.

O tema de Side Effects é muito bom. Bem, o título meio que diz tudo. O personagem de Mara (Emily) sofre de depressão e é casada com Martin (Channing Tatum), que acaba de sair da cadeia. Por causa de sua condição, Emily começa a consultar o Dr. Jonathan (Jude Law), um psiquiatra. Ele sugere um remédio novo para Emily, que já estava sob outra medicação. Durante, então, os efeitos colaterais de toda essa química, ela faz um crime bem tenso (não é bem spoiler mas não vou falar) e é mandada para um hospício.

Side Effects fala sobre isso. De quem é a culpa, quando o criminoso/paciente reage mal a efeitos colaterais e faz coisas que nem lembra fazer? Culpa dele? Culpa de ninguém, porque é problema mental e ele não consegue controlá-los? Culpa do psiquiatra que recomendou um remédio desses?


O problema do filme é que, da metade pra frente, ele toma rumos desnecessários e acontece algo que acho terrível: muitos plot twists. Se vão ser poucos (ou o ideal, um só), ótimo, mas não bote vários. É praticamente um atrás do outro. 

Nota 7


Zero Dark Thirty (2012)

Diretor: Kathryn Bigelow
Roteiro: Mark Boal
País: EUA

As pessoas tem que tirar da cabeça que esse filme é propaganda americana. Zero Dark Thirty é muito mais sobre persistência individual e ambição do que sobre "a vitória dos EUA sobre os terroristas". Sabe por que demorou uma década para que ele fosse capturado? Porque uma década depois de 9/11 ninguém mais se importava com Bin Laden. Ele estava desaparecido completamente, nenhuma pista levava a nenhum lugar, ninguém tinha certeza de nada. O nosso protagonista, o personagem da Jessica Chastain, era a única pessoa no CIA que ainda queria capturá-lo custe o que custar e nem na missão final ela tinha certeza de que Bin Laden estava no lugar. Era impossível ter certeza. Mas seu instinto sabia. E foi isso que ela fez.

Também não entendo quem reclama da promoção (?!) de tortura em Zero Dark Thirty. Vocês acham que eles conseguiram as informações que tinham como? Chá das cinco com o Al-Qaeda?


Filme muito bom. Um relato frio e objetivo sobre a "greatest manhunt in history." Novamente, bom trabalho, Bigelow.

Nota 9

Breve comentário sobre o Oscar: Chastain era pra ter ganho de Lawrence.


Argo (2012)

Direção: Ben Affleck
Roteiro: Chris Terrio baseado em livro de Antonio J. Mendez e artigo de Joshuah Bearman
País: EUA

Baseado em fatos reais.

Lá pelos anos 70, os EUA já tinha a mania de "implantar a democracia" por causa de petróleo em países do Oriente Médio. Eles e o Reino Unido planejaram um coup d'état, tiraram o presidente do Irã do comando e botaram um substituto no lugar. A população, naturalmente, ficou furiosa e algum tempo depois, o substituto ficou seriamente doente. Os EUA tiraram o cara do país "para melhores cuidados" e enquanto isso os iranianos não tinham quem depor. Os revolucionários resolveram invadir e tomar conta da embaixada americana no Irã e capturaram vários reféns. Argo fala sobre os seis que conseguiram fugir.

Tony Mendez (Affleck) é um especialista de "exfiltração" do CIA, ou seja, ele entra disfarçado em situações para tirar pessoas de lá. Ele e seu chefe (Bryan Cranston) surgem com um plano para salvar os reféns, atualmente escondidos na casa do embaixador canadense, lá no Irã. E o plano deles é o seguinte: Affleck vai pro Irã como um cineasta canadense. Ele está viajando pelo Oriente Médio procurando locações para filmar uma ficção científica. Ele chega no Irã, o resto de seu grupo (os seis reféns) chegam no outro dia e, uns dias depois, todos vão embora do país juntos. Ou seja, eles terão de fingir que são diretores, cameramen, roteiristas e por aí vai. O problema é sair por aí (e passar por um aeroporto) numa cidade tomada pelas forças revolucionárias, quando todo país sabe que seis reféns fugiram e estão sendo procurados.

A melhor palavra pra definir Argo é tenso. A qualquer momento pode dar algum problema; alguém pode apontar pra você na rua gritando "é ele, é ele!" que todos se viram e danou-se. Não só isso como o filme também é uma corrida contra o próprio CIA pois alguns superiores não gostaram dessa ideia e pretendem montar uma armada para resgatar os reféns à força.

É daqueles suspenses que te deixam na beira da cadeira. Muito bom.

Nota 8

Looper (2012)

Direção: Rian Johnson
Roteiro: Rian Johnson
País: EUA

Looper se passa em 2074, quando a viagem no tempo já foi inventada, apesar de ser essencialmente ilegal. Ela é tão obscura que os únicos com acesso são mafiosos do mais alto calibre. Eles a usam com o seguinte objetivo: livrar-se de corpos. Matar alguém e esconder o corpo é muito trabalhoso então eles mandam o corpo pro passado e um agente (Looper) já contactado faz o trabalho e se desfaz do corpo - de forma que, no presente, quando a tal pessoa "precisa" morrer", o corpo dela nem existe mais.

Acontece que, bem, como os Loopers também são criminosos, as vezes a máfia manda eles mesmos para morrerem no passado. E então às vezes um Looper se mata, sem saber. Mas às vezes ele sabe. E às vezes quem foi enviado pro passado foge com outras intenções. É isso que acontece com Joseph Gordon-Levitt e Bruce Willis (o mesmo personagem).

A temporalidade de Looper não é tão complicada, apesar de dar um nós na mente do expectador em alguns momentos.  São aqueles assuntos de sempre. Se Bruce diz que X acontece, Joseph vai lá e faz Y, o que acontece? Bruce tem memórias falsas? Aquilo nunca aconteceu?


Naturalmente, viagem no tempo não é o único elemento futurista do filme. Os celulares são pedaços pequenos de vidro, algumas motos voam, a arma que os Loopers usam é um tipo de espingarda sem coice algum (heh), existe uma droga nova que é um colírio... E existem mutantes. Telecinése. É. Tudo bonito e bem pensado, mas nada marcante, assim como o roteiro.

Bom, mas só. Vale comentar a maquiagem do JGL, pois deixaram ele bem parecido com o Bruce Willis, o que ficou bizarro e assustador. Mas bem feito.

Nota 7.5

Take Shelter (2011)

Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols
País: EUA

Sensacional! Tava enrolando pra ver esse filme desde o ano passado (burrice minha não ter visto no cinema) mas agora foi.

Curtis (Michael Shannon, de Boardwalk Empire) é um engenheiro civil cuja mãe desenvolveu esquizofrenia pelos trinta anos. Ele está nessa idade e começa a ter visões/sonhos pós-apocalítpcas e dá-se início a uma forte paranóia e cinismo do personagem. Com sua mulher Samantha (Jessica Chastain, aquela linda de A Árvore da Vida), Curtis tem uma filha surda-muda que está agendada para ter uma cirurgia. Mas com Curtis piorando as coisas mudam.

Os sonhos, como ele mesmo diz, começam com uma tempestade, como se vê no cartaz. Uma chuva com ferrugem, uma água meio laranja. E normalmente é aí que, nos sonhos, acontece algo ruim, como tentam matá-lo ou sua família. É um aviso, isso é óbvio. E é por isso que ele fica paranóico. Sabendo de seu histórico familiar, Curtis também acha que está ficando louco. Então ele resolve criar um abrigo para iminente tempestade (comum em países onde tornados são uma ocorrência constante).


Take Shelter, na minha opinião, fala mais sobre esquizofrenia do que qualquer outra coisa. Mesmo, com o passar do filme, Curtis sabendo que suas visões não tem muito sentido, ele tem essa premonição de que algo terrível vai acontecer. Não tem como explicar. Durante as visões dele e em alguns momentos onde ele (quase) perde o controle, a gente sente muito medo. Felizmente sua mulher e filha sempre estão presentes para ajudá-lo. 

O filme tem duas cenas em particular que são fantásticas e, se você já viu, é meio óbvio saber quais são. Excelente filme. Atuações ótimas. Esses dois atores têm muito futuro. Definitivamente entraria no meu Top 10 melhores de 2011.

Nota 9.3

The Cabin in the Woods (2011)



Direção: Drew Goddard
Roteiro: Joss Whedon e Drew Goddard
País: EUA

Genial!

Antes de mais nada, é preciso dizer que é muito difícil comentar esse filme e as ideias que ele mostra sem estragar esse post e enchê-lo de spoilers. Mas vou tentar.


Pelo trailer de The Cabin in the Woods, não se espera nada demais. Espera-se clichês de filmes de terror. Grupo de jovens, fim de semana, casa na floresta, merda acontece e, bem, muita gente morre. Pelo cartaz, espera-se Cubo. O que se recebe é um prato cheio para fãs do cinema de horror. Logo no começo, com diversas e pequenas dicas, já se percebe que a premissa do trailer é uma fachada e que tem algo muito sério acontecendo. O roteiro é escrito de tal forma que te deixa sempre curioso, pois nunca revela muito de uma vez só. Certos aspectos da comédia você simplesmente aproveita, mesmo não entendendo muito bem o que está acontecendo.

Assim como em The Avengers te faz, em inúmeras cenas, pensar "ISSO! Está tudo tão... CERTO! É assim que um filme nerd de super-heróis deveria ser!", The Cabin in the Woods te faz pensar o mesmo sobre filmes de terror. Porém não é algo que vai poder ser repetido, porque agora a ideia já foi usada e quem resolver imitar, vai ser uma cópia descarada. Então fica aqui meu obrigado a Joss Whedon e Drew Goddard por um roteiro fantástico.

Nota 9

Adendo: Eu honestamente gostei mais desse filme do que The Avengers, mas por um simples e injusto motivo. Não estava esperando nada sobre The Cabin in the Woods (inclusive nem queria de fato ver, só fui por Joss Whedon e pelas várias críticas positivas). E The Avengers, já tinha um hype desgraçado. Nota igual pra não ter injustiça.

Margin Call (2011)

Direção: J.C. Chandor
Roteiro: J.C. Chandor
País: EUA

Margin Call fala sobre os homens que previram a crise econômica de 2008.

Tudo aconteceu quando, em um dia qualquer, uma empresa financeira despedia 80% de um dos seus setores. O chefe do setor inclusive, Stanley Tucci, é um deles. Minutos antes de ir embora, porém, ele dá um pendrive com todas informações sobre seu atual projeto, que não irá conseguir acabar pois foi demitido. Quem recebe as informações é Zachary Quinto, um dos pupilos de Stanley. Assim que o pendrive é entregado, Stanley diz "tenha cuidado." Curioso, Quinto resolve trabalhar sem parar no projeto enquanto seus amigos Paul Bettany e Penn Badgley saem pra beber pra comemorar não terem sido despedidos. Algumas horas de análise e projeções depois, Quinto chega a uma terrível conclusão. Imediatamente ele liga pros dois e a partir daí começa uma reação em cadeia de cada um ligando pro seu respectivo chefe para alertá-los da situação. Mas de uma coisa todos sabem: vai dar merda.

Com um elenco fortíssimo (Zachary, Penn, Stanley, Paul, que já mencionei, mais Kevin Spacey, Demi Moore e Jeremy Irons), Margin Call consegue passar com sucesso a sensação de "estamos na beira de uma crise econômica." Logo no começo, quando é apenas o trio inicial que sabe das más notícias, dois deles estão num carro voltando pro escritório. Zachary nota as pessoas na rua, na noite, normalmente, se divertindo, como de costume. Ele diz "olha pra essas pessoas, elas não fazem a menor ideia do que vai acontecer." O filme também tem dois discursos marcantes, sobre, digamos, a filosofia da economia, um por Paul e um por Jeremy no final. Afinal, quando se é o primeiro grupo de pessoas a ter informações como estas, certas ações podem (ou devem) ser tomadas, tudo depende da ética. "Temos que fazer a coisa certa" mas "a coisa certa pra quem?".

Nota 8

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 3

E provavelmente o último dessa série. E com dobradinha Gosling.

50/50

Seth Rogen e Joseph Gordon-Levitt. Anna Kendrick e Bryce Dallas Howard. Dramédia. Baseado em fatos reais.

Seth Rogen faz ele mesmo. Um dia um amigo dele falou que estava com câncer e tinha 50% de chances. Rogen recomendou que ele escrevesse um roteiro a respeito. O amigo o fez e o resultado é 50/50. 

Pouca comédia, o que é bom quando se trata de, né, um assunto sério e baseado em fatos reais. O drama funciona muito bem e o climax do filme é realmente tenso e emocionante. Vai fazer você reavaliar sua amizades com pessoas queridas.

Nota 8.4

The Ides of March

Lembro de quando ouvi falar desse filme pela primeira vez. Foi, na verdade, quando vi esse pôster, enorme, num cinema. Minha primeira impressão foi: parece ótimo. E de fato é.

Clooney dirige ele mesmo, Ryan Gosling, Paul Giamatti, Philip Seymour Hoffman, Evan Rachel Wood e Marisa Tomei. Baita elenco. Como indica o cartaz, é sobre a campanha de dois políticos que concorrem pela presidência americana. Curiosamente, o segundo candidato (Clooney é um) mal aparece, pois o filme foca mais nos bastidores e em Gosling, novato no negócio mas que sabe muito bem como o sistema funciona.

Excelente drama político. E uma recomendação indireta: veja se você gosta de poker.

Nota 8.6

Drive

A REAL HUUUMAN BEEEING. Esse sim! Que filme!

Gosling faz um dublê de Hollywood especialista em carros e perseguições. No seu tempo livre, ele gosta de ser contratado por criminosos pra ser o motorista de fugas. Sua vida é isso. Então ele conhece uma vizinha, Carey Mulligan, AQUELA LINDA. Seu namorado está na cadeia e ela tem um filho. Pela falta de afeição na vida nos dois, ambos começam a se ver e ter uma relação bonita. Um dia, um de suas fugas dá errado e, resumo dos fatos, ele agora está sendo perseguido por quem não deveria. Então os dois tem que lidar com isso e também com o namorado de Carey que eventualmente sai da cadeia.

Drive é surpreendemente violento (e gráfico), o que é ótimo. O clima dos anos 80 funciona perfeitamente, por causa da excelente trilha sonora. As atuações estão boas, assim como o roteiro. E o filme é tenso. Tudo se encaixa. Vejam!

Nota 9.4

Minha experiência com Drive, no TIFF: Drive estreiou no festival internacional de Toronto e, apesar de não ter conseguido ingresso pra vê-lo durante a premiação, eu estive lá e vi alguns dos atores principais. Eu estava esperando, vocês já devem saber, a Carey Mulligan, mas depois descobri que ela estava (e ainda está ) filmando The Great Gatsby, na Nova Zelândia. 

Mas vi o Ryan Gosling e consegui autógrafo do Bryan Cranston. Foi engraçado e divertido. Tapete vermelho, de um lado fãs e mais fãs, do outro a imprensa. Eles chegavam, tiravam fotos oficiais logo no começo e depois iam pro corredor. Alternavam entre as duas seções.  Numa das vezes que as fãs histéricas (nem tanto) gritaram RYYYAAAAN, enquanto ele estava dando alguma entrevista, ele se virou pra gente e abriu os braços como alguém querendo uma explicação e falou sorrindo "Whaaaaat?" Muito divertido. Impossível não gostar dele ator, fico muito feliz que esse ano tenha sido ótimo pro mesmo. 

E sobre Cranston, ele parecia, assim como parece nas entrevistas, um cara muito de boa e humilde, extremamente diferente de Walter White. Foi um inferno conseguí-lo perto, pois os dois tem o nome muito parecido (Bryan e Ryan) então ele sempre achava que estávamos se referindo ao Gosling, haha. Quando o entreguei o pôster pra ele assinar, ele perguntou "Who is this badass person?" rindo. 

Foi uma ótima noite.

Julho, Agosto, Setembro, Outubro POST 2

Moving on...

30 Minutes Or Less

Eh... Eu estava esperando uma boa comédia, por causa desses três da esquerda aí do cartaz. Mas as piadas são fracas. Aziz Ansari e Danny McBride decepcionam, Jesse Eisenberg tá legal porque, pelo menos no começo do filme, ele faz papel de um badass.

Enfim, só recomendo se for muito fã de algum dos três. Caso contrário, não vale a pena. Also, vale lembrar que a ideia do filme é baseada numa história real (dupla de criminosos plantam uma bomba num entregar de pizza e mandam ele assaltar um banco em menos de 30 minutos). Não vou falar o que acontece em cada história, mas só digo que no filme acontece diferente.

Nota 5.8

Our Idiot Brother

Logicamente, vi o filme pelo elenco. Paul Rudd, Elizabeth Banks, Zooey Deschanel, Emily Mortimer e Rashida Jones. Gosto de todos. E o trailer parecia engraçado o suficiente. Decepcionei-me um pouco (não tanto quanto no filme de cima). 

Rudd é o irmão maconheiro da família que vai preso e, de repente, precisa da ajuda das irmãs. Que, claro, têm as suas vidas e não querem ajudar um "peso morto." Lições de moral, reavaliação de valores, etc. Surpreendi-me com a Banks, ela está mais amor do que o normal.

As piadas são OK e o Rudd ficou divertido. Por sinal, a Zooey faz um casal com a Rashida, então... Se isso lhe interessa, fica a dica.

Nota 6

Cowboys & Aliens

Filme OK. Você já viu o trailer então já sabe sobre o que é.

Daniel Craig faz o típico badass e Harrison Ford faz o típico manly man. Olivia Wilde, AQUELA LINDA, um dos principais motivos que me fez ver o Cowboys & Aliens, está decente. 

O suspense assusta, a ação funciona mas a proposta é bem mais fodona do que o resultado final. De qualquer forma, é massa e diverte.

Nota 7

Super 8 (2011)

IMDb: Super 8
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: J.J. Abrams
País: EUA


Novo filme do J.J. Abrams. Se você não sabe quem é ele, como diz um amigo meu, "qual é o teu problema?!" Co-criador de Lost e Fringe, diretor de Missão Impossível 3 e Star Trek.

Super 8 é simples. Ambientado em 1979, ele fala sobre um grupo de adolescentes amigos que gostam de fazer filmes caseiros sobre detetives and whatnot. Um dia eles conseguem convencer a menina mais bonita da escola (Elle Fanning :3) a participar. Eles estão filmando perto de uma estação de trem quando de repente... um acidente enorme acontece perto deles. Vagões capotam, coisas explodem, shit happens. Todos protagonistas sobrevivem. Alguns dias depois, eventos estranhos surgem. Então descobrimos que são relacionados a aliens.

Fatores legais do filme: Elle Fanning está ótima, pela escolha de trabalhos que ela tem feito, já dá pra ver que é muito superior à detestável irmã Dakota Fanning. O romance da infância que rola em Super 8 é bonitinho, como deveria ser. O filme é tenso e dá bastante sustos. A comédia (química) entre as crianças funciona. Resumindo... Aprovado!

Nota 7.8

Cisne Negro (2010)

Título Original: Black Swan
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman e John J. McLaughlin baseado em estória de Andres Heinz
País: EUA

O que faz a arte se não inspirar? Ela nos leva a outros mundos, a lugares impossíveis de ficção. Por ser falso, de mentira, merece ser desmerecido? Pelo contrário. Algo que cumpre tão bem um de seus propósitos é digno somente de muito apreço e admiração. Como seriam as coisas sem a arte? Como seriam certas pessoas se não pudessem se expressar artisticamente da forma que fizeram, onde, nas suas obras, são completas e perfeitas? História seria feita? O que já foi feito em nome da arte? Para ter uma pintura mais ideal ou um livro mais verdadeiro. Vejo como me sinto em relação a esse filme e acredito, não, tenho certeza que faço parte de uma minoria que compreende e compartilha esses sentimentos. Essa admiração que nos deixa hipnotizados. Não somente em relação a Cisne Negro, claro, mas e sim a toda arte em geral. E esse filme trata disso: arte.

Black Swan é sobre o Lago dos Cisnes, um balé composto por Tchaikovsky. A história é a seguinte: era uma vez uma princesa mas a bruxa malvada a transforma num cisne. Para voltar a ser humana, ela precisa encontrar amor verdadeiro. Ela encontra, mas sua irmã, a cisne negra, seduz o cara e o nosso cisne branco se mata no final. Agora sobre o filme: Natalie Portman é uma bailarina jovem (pelos 20, ou menos), bonita, elegante e perfeccionista. Filha única, a coitada é muito mimada e vive sob a influência de sua mãe, ex-bailarina que parou a carreira por causa da gravidez. Então Vincent Cassel quer fazer uma releitura do Lago dos Cisnes, mas mais visceral e cru. Portman é perfeita para o cisne branco, mas e o negro? Ela deveria conseguir interpretar ambos perfeitamente. Aí que entra Mila Kunis, bailarina nova do pedaço, que manja das coisas. E então Kunis e Cassel começam a "ajudar" Portman a, bom, entrar em contato com seu lado negro, digamos. E Cisne Negro trata dessa self-jouney da Portman.


Overall, perfeito (só não dou nota 10 porque né). Melhor Aronofsky desde Requiem for a Dream. O cara manja muito de suspense, a história ficou belíssima, atuações sensacionais, trilha impecável... Aprovado ao extremo.

Nota 9.8

O Orfanato (2007)

Título Original: El Orfanato
Direção: Juan Antonio Bayona
Roteiro: Sergio G. Sánchez
País: México / Espanha

Ótimo suspense.

Laura cresceu num orfanato com várias outras crianças, até o dia em que foi adotada por uma família feliz. Muitos anos depois, ela já casada decide voltar e criar seu próprio orfanato lá, para crianças incapacitadas. Mas o filho dela, autista com alguns amigos imaginários, começa a ter visões das antigas crianças que moravam lá e, depois de alguns dias na casa nova, desaparece por muitos meses. Então o filme mostra Laura atrás do filho.

Gostei de O Orfanato pois ele é tenso e bem assustador e isso que procuro num suspense. Also, o plot twist do final (inerente a todo suspense) me surpreendeu de tão simples e funciona perfeitamente.

Nota 8.5

O Escritor Fantasma (2010)

Título Original: The Ghost Writer
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski baseado em livro de Robert Harris
País: França / Alemanha / UK


Você deve saber o que é um escritor fantasma. O wikipedia resume bem: um escritor profissional que é pago para escrever livros, matérias, blá, creditados à outra pessoa. Nesse filme, Ewan McGregor é contratado para ser o escritor fantasma de Pierce Brosnan, um político importatíssimo da UK. Mas, claro, o ex-escritor fantasma do cara se matou (ou não) e Ewan logo percebe que se meteu numa baita merda, que Pierce é um war criminal, etc.

Ao todo, O Escritor Fantasma é muito bem trabalhado. E o plot twist do final não é absurdo e caiu muito bem. Um ótimo suspense!

Nota 8

Entre Irmãos (2009)

Título Original: Brothers
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: David Benioff baseado em filme de Susanne Bier e Anders Thomas Jansen
País: EUA

Bom drama.

É aquela clássica história: Sam (Tobey Maguire) vai pra guerra e deixa sua esposa (Natalie Portman) com as filhas. Dá merda lá e ele fica supostamente morto. Ela move on e se envolve com o Tommy (Jake Gyllenhaal), irmão do marido. Então Sam volta.

As atuações (dos três) são o melhor do filme, sem dúvida. Entre Irmãos realmente só começa quando Tobey volta da guerra. Diferente. Ele fica mais frio and all that jazz. A cena do jantar em família, no aniversário de uma das filhas, é tensa demais e muito boa. Also, vi uma entrevista com o Tobey um dia e mostraram uma das cenas que ele surta. Ele ficou muito hesitante em comentar a respeito, pois é aquele tipo de coisa, onde tu precisa buscar sentimentos e vontades do teu lado negro, digamos. Respeitei muito ele por isso, não é uma cena normal.


Nota 8


BTW, tenho pulado um monte de filmes aqui no blog. Alguns estou esperando estrear no cinema, outros não postei ainda por preguiça mesmo. Dois próximos posts: Karate Kid (o novo) e Invictus. Próximo filme que vou ver: The Book of Eli. Se já viu algum dos três, feel free to comment.

A Estrada (2009)

Título Original: The Road
Direção: John Hillcoat
Roteiro: Joe Penhall baseado em livro de Cormac McCarthy
País: EUA

Ótimo.

Viggo Mortensen e seu filho vivem num mundo pós-apocalíptico. De alguma forma, "o planeta morreu" e agora é tudo cinza, nada é natural e é cada um por si. E A Estrada nos mostra como eles sobrevivem no meio desses problemas como falta de comida e gangues canibais.

O fato mais interessante, sem dúvida, desse filme é o quanto a moralidade dos personagens é... relativa. Se no meio desse mundo sem nada, você encontra um cara suspeito? E se você tiver uma arma melhor que a dele? E se ele tiver um casaco mais quente? Viggo diz o filme inteiro que eles são os good guys mas com o passar do tempo o filho começa a se questionar sobre isso.

A Estrada é muito bom. Triste e cru. E possui um final inesperado e épico. Vejam.

Nota 8.9

A Origem (2010)

Título Original: Inception
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
País: EUA

Outro dos filmes mais esperados do ano. Não decepciona at all!

Leonado DiCaprio e JGL são extratores. Um extrator é contratado para invadir a mente de uma pessoa enquanto ela dorme para obter informações importantes. Mas Leo, diferente de JGL, tá longe de ser "perfeito." Ele mora longe de sua família pois foi acusado falsamente de ter matado sua mulher. Então surge uma oportunidade de trabalho para umas pessoas muito poderosas que podem mexer vários pauzinhos e ajudá-lo na reunião da família Cobb.

Mas o trabalho de Leo e JGL (e do grupo que eles reunem) não é nada fácil. Conseguir informação da mente de alguém é tranquilo, claro, mas o que Ken Watanabe quer é inserir uma ideia na cabeça de Cillian Murphy. Inserção, nesse meio, é considerado como lenda urbana. Mas Leo é muito confiante e aceita o trabalho.


Uma dos aspectos que mais me agradou em A Origem foi a conversa toda sobre sonhos, conspirações e "outras realidades." Lembrou muito de Matrix e Waking Life, dois filmes épicos. Mais um aspecto: efeitos especiais. Só dois em particular, sendo que um nem é tanto. Bom, o, praticamente, sonho inteiro de JGL sozinho no hotel e as lutas com a gravidade fodida. O segundo são os slow motions da câmera que foram muito bem usados (fica a dica, Zack Snyder). E, claro, o motivo principal de A Origem ser tão bom é o roteiro e direção. Tudo pode não ser extremamente original (como dizem os haters) mas é muito, muito bem feito. Épico, tenso e manly tears. Não é preciso mais nada.

Nota 9.6

Kick-Ass - Quebrando Tudo (2010)

Título Original: Kick-Ass
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Matthew Vaughn e Jane Goldman baseado em HQ de Mark Millar e John Romita Jr.
País: EUA

Um dos filmes mais esperados do ano. Não vi no cinema porque minha cidade é uma merda. Also, antes de mais nada, digo que foi impossível pra mim não comparar o filme com a HQ. Sou grande fã dela e já sabia de várias mudanças que o filme traria. Poucas me agradavam. Mas me surpreendi. Enfim..

"Sempre me perguntei porque ninguém fez antes de mim. Digo, com todos aqueles filmes baseados em HQs e seriados, dá pra imaginar que pelo menos um ecêntrico solitário faria um uniforme pra ele. A vida cotidiana é tão empolgante assim? Colégios e escritórios são assim tão legais que somente eu fantasio sobre isso? Fala sério, seja sincero. Todo mundo já pensou em ser um super-herói em algum momento de sua vida." Eu sei que eu já. E é assim que Kick-Ass, tanto o filme como a HQ, começa.

Acho que todo mundo já conhece a história. Dave, a nerd with a golden heart, percebe que ninguém precisa de super-poderes para ajudar os necessitados. Então ele resolve inventar um super-herói e enfrentar bad guys pelas ruas. Ele acaba ficando muito famoso. And then shit gets real. Surgem novos mascarados épicos, muita gente morre, máfia, you name it. E então Dave precisa lidar com as consequências.


OK, OK, vamos fazer uma lista. Vantagens do filme: o fucking jetpack. Dave falar que não pode morrer sem saber o fim de Lost. Algumas piadas sobre quando Dave era o gay BFF da mocinha. Quase tudo da Hit-Girl que não tem na HQ. A cena Watchmen da segunda luta de Kick-Ass (gente que assiste os horrores e não faz fucking nada). O sequestro de Kick-Ass ao vivo na TV.

Vantagens da HQ: antes de mais nada, ele não pega a fucking mocinha. Dave sempre foi, e sempre será, um loser. Um final com ela é patético. A morte do Big Daddy. A verdade sobre Big Daddy e Hit Girl. A última cena da HQ ("você pode ver nos jornais de amanhã"). O plot twist do Red Mist.

Bom, não preciso de mais. Sim, o filme tem cenas inéditas muito boas, mas algumas fundamentais da HQ são completamente inexistentes no longa. O que, pra mim, prova que a HQ é muito superior. Kick-Ass não deixa de ser um filme muito divertido. Mas como adaptação..

Nota do filme se não existisse a HQ: 9.2
Nota do filme como adaptação: 4.0
Nota da HQ: 9.9

E mais duas coisas: Se você gostou mais do filme do que da HQ, você é idiota e não merece meu respeito. E se você não leu nem viu ainda, LEIA ANTES. Depois veja o filme e tire suas próprias conclusões.