Roteiro: Paul Thomas Anderson
País: EUA
Finalmente vi no cinema (em pré-estreia!) o novo e altamente antecipado filme do mestre PTA, diretor do clássico moderno There Will Be Blood. Se este é tão bom por causa do ator principal ser Daniel Day-Lewis, Joaquin Phoenix (e Philip Seymour Hoffman) o substitui perfeitamente.
O Mestre tem dois temas centrais: o pós-guerra americano depois da Segunda Guerra Mundial e a origem dos cultos. Freddie Quell é um sujeito simples e fuzileiro naval que, como muitos soldados dos anos 50, só sabe matar pessoas. Então quando a guerra acaba e eles estão livres para fazerem o que quiserem e "começar negócios", ele fica meio perdido. Ele assume alguns hobbies e empregos como fotografia mas, novamente, como muito soldados dos anos 50, Freddie ficou traumatizado com a guerra e, bem, não funciona direito na sociedade. Ele cai na bebida. Em uma noite qualquer, ele entra de penetra em uma festa num iate. Ele dorme lá e no dia seguinte conhece o comandante Lancaster Dodd (Seymour), que, de acordo com o mesmo, é "um escritor, médico, físico nuclear, filósofo teórico, mas acima de tudo, um homem, como você."
Lancaster Dodd tem um "culto" chamado A Causa, que fala sobre aliens de trilhões de anos e viagens mentais no tempo, misturando hipnose com auto-ajuda. É, confuso, mas logo no primeiro encontro de Freddie com Dodd, quando Dodd percebe que encontrou um "discípulo e cobaia", vemos os métodos d'A Causa podem funcionar. Freddie vira o queridinho do grupo e, junto da família toda que inclui Amy Adams como esposa, eles viajam pelos EUA espalhando A Causa.
Com o passar do tempo, surge muito ceticismo. De acordo com críticos, Dodd não passa de um cultista, pois ninguém pode discordar dele e somente sua opinião é certa. Isso não é ciência. Até o próprio filho de Dodd acha que seu pai não sabe do que está falando e inventa coisas a medida em que abre a boca. Resta ao nosso protagonista Freddie distinguir mentira de verdade, gênio de lunático, ascenção de demência.
Atuações soberbas, trilha sonora pertinente, roteiro com sentido e direção, cinematografia, como de costume, única. Sem dúvida, O Mestre é um filme daqueles que pedem para ser revistos logo em que acaba. Vejam e vejam de novo.
Nota 9.5
Nota 9.5
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