Direção: Eric Steel
Roteiro: Eric Steel
País: EUA
Documentário sobre suicídio e a Golden Gate Bridge, que, até 2006, era onde mais pessoas se matavam por ano.
O filme cata relatos de famílias que já perderam um membro por causa disso. Um dos casos é de um guri que se jogou da ponte e não morreu. Outro é de um fotógrafo que estava pela ponte tirando fotos e notou uma mulher indo pra parte do lado da ponte, onde, bem, normalmente se veria técnicos arrumando algo or something. Na verdade, não é o lugar mais perigoso do mundo, dá pra ficar sentado até na parte do lado, dá pra ver bem isso no documentário. Mas se você vê uma pessoa normal ali, pode ter certeza que ela pretende pular. Ou está com muita vontade. Enfim, o fotógrafo viu a mulher ali e ficou tirando fotos dela. Ela contemplando e ele fotografando. Até que, enfim, ele percebeu o que estava acontecendo e foi impedir a mulher de pular.
Logo no começo de A Ponte, conversamos com uma mulher que presenciou um suicídio desses. Aí ela ficou com a dúvida na cabeça "será que isso acontece com muita frequência?" e foi perguntar pra um guarda marinho. "It happens all the time." Tanto que Eric Steel, o diretor, deixou a câmera gravando por dias sem parar. Capturou 23 suicídios.
Não sei se preciso dizer, mas esse foi um documentário polêmico. I mean, filmar ao invés de ajudar as pessoas? Esse, por exemplo, é um dos casos do filme (convenhamos, um jeito bem badass de pular). E, sim, essa é a foto de um suicídio real. É curioso que, em várias cenas onde tem pessoas andando nessa parte do lado da ponte que já mencionei, as outras pessoas seguem com seus dias normalmente caminhando pela calçada. "Hm, por que aquele cara está ali? Enfim, tenho outras coisas pra me preocupar." Tenho uma amiga que já presenciou alguém pulando de um prédio (em São Paulo) e, porra.. Assim como ela, eu não conseguiria não dar bola. E se o estranho conseguisse de fato se matar, eu ficaria profundamente perturbado.
Uma coisa que eu achei interessante, though, e por certo lado "positiva", é que muitos casos e famílias.. "suportaram" a decisão do suicida. Se alguém diz que quer se matar, todo mundo que gosta dele vai fazer de tudo pra que fulano não morra. Mas muita gente percebe que, para essas pessoas, viver é.. Bem, uma merda. Não o "vida de merda" que você pensa quando falta luz durante aquele trabalho que você tava fazendo ou quando fulana diz que só quer ser sua amiga. Dava pra notar, pelos relatos dos familiares, que nada fazia valer a pena, pros caras que se mataram. Então alguns sentiram certo alívio quando ficaram sabendo que tal pessoa se matou. "Ele foi pra um lugar melhor." É o que tem que se pensar nessas horas.
Me decepcionei um pouco com o filme pois esperava mais suicídio e menos ponte, if you know what I mean. Poderia ser bem melhor.
Nota 7.8
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