Sinédoque, Nova York (2008)

Título Original: Sinedoche, NY
Direção: Charlie Kaufman
Roteiro: Charlie Kaufman
País: EUA

PUTA QUE PARIU! Que Charlie Kaufman é um gênio todo mundo já sabe, mas ele precisa ficar nos lembrando a cada filme que faz? Acho bom que sim!

Por onde começar...? Primeiro, pra quem não sabe, essa é a estreia dele como diretor. Ou seja, muita gente estava com uma expectativa enorme sobre esse filme. E ela foi plenamente satisfeita, na minha opinião. Ah, e pra quem não sabe quem é Charlie Kaufman, foi o cara que escreveu o roteiro de Adaptação, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Quero ser John Malkovich. Se você não viu algum desses 3 filmes, veja agora. Sério.

Bom, sobre o Sinédoque, NY. Como todos os trabalhos dele, o filme começa relativamente normal e do meio pro final tudo se mistura; imaginação, lembranças, sonhos, fantasia e realidade. Já explico isso melhor. Caden (Philip Seymour Hoffman) é um diretor de Teatro e está, bem, com uma crise na sua vida. Nada o motiva, nada dá certo. Porém, um dia ele ganha um prêmio e isso o empolga a fazer uma peça nova. Algo ambicioso. Ele compra um galpão enorme e resolve recriar NY lá dentro. Contando a vida de seus moradores, incluindo a sua. Então, o rumo da estória muda nas entrevistas de atores que fariam o papel do Caden.

Um dos candidatos (senhor de idade) diz que acompanha o trabalho de Caden há 20 anos e que também o segue todos os dias (sendo um stalker) e isso o faz conhecer Caden melhor do que qualquer outra pessoa. Caden fica curioso e com certo receio desse cara mas resolve deixá-lo interpretá-lo. O problema é que o Caden ator se comporta como o Caden o tempo inteiro.

O Caden de verdade não se importa (o cara está ganhando experiência e ao mesmo tempo mostrando o seu valor), mas outras pessoas da vida dele também ganham papéis no filme, naturalmente. Como as várias mulheres da vida de Caden. E o Caden de mentira se envolve com uma das mulheres de verdade. E assim segue. Não só isso, como qualquer acontecimento na vida do Caden verdadeiro, logo já é transposto para a peça. Isso dá aquele ar confuso e ao mesmo tempo fantástico para o filme.

Quando foi que isso aconteceu? Como isso pode estar acontecendo? É o tipo de pergunta que você se faz vendo o filme. Preciso rever agora. Ah, e o final é sensacional também.

Nota 9.6

1 comments:

Mateus Casali disse...

Na fila.

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