Direção: Kevin Smith
Roteiro: Kevin Smith
País: EUA
Um post mais do que especial. Aqui inicio um novo grupo de filmes. Filmes obrigatórios (e, na sua grande maioria, geniais) que, sim, eu nunca vi antes. Vou tagear esses posts como "arrumando falhas culturais." E, putz, não poderia ter começado melhor. Que filme bom!
Dante e Randal são amigos que trabalham muito perto um do outro. Dante em uma loja de conveniências e Randal em uma locadora de vídeos, em prédios vizinhos. O filme começa com Dante recebendo uma ligação informando que ele vai precisar trabalhar hoje. Ele vai, claro, já mau humorado. Um tempo depois, Randal chega para conversarem e matar tempo. E o resto do filme conta como foi o dia deles.
O Balconista lida com situações cotidianas de, bem, pessoas que trabalham atrás do balcão, no caixa, lidando com clientes. Não são as histórias de como o atendente de tal loja te tratou mal ou whatever, e sim de clientes peculiares. Naturalmente, eles conversam sobre tudo durante o trabalho. E isso é o destaque desse filme: os diálogos. São geniais. Sabe quando você resolve fazer algo, qualquer coisa, e uma pessoa cita todos os contras e lhe deixa pensando coisas como "hm, realmente, são argumentos válidos.. e agora?"? O Balconista é cheio dessas conversas. São coisas que faltam no mundo, sinceramente. Ninguém diz "você não deveria fazer isso por isso e por aquilo", as pessoas acham que cada um sabe julgar bem o que é melhor para si e para os outros e cada um fica na sua.
Dante é o cara dos dilemas, das reclamações, introspectivo. Randal é a voz interior dele. O lado que diz: que se foda, ninguém se importa, just do it. Tem uma cena que exemplifica muito bem isso. Quando Dante acorda, o chefe dele diz pelo telefone que estaria na loja ao meio-dia e que aí Dante poderia ir embora. O chefe não aparece e o protagonista tinha um jogo de hockey às 14h. No horário do jogo, nada do chefe e os jogadores já estão na loja, pois eles vão jogar num lugar ali perto mesmo. Dante então decide fechar por alguns minutos, "eu nem deveria estar aqui hoje mesmo." Quando está fechando, ainda dentro da loja com Randal, chega um dos jogadores e pede um Gatorade, de graça. Dante hesita, fala que se der pra ele, teria que oferecer para todos os outros também. O cara diz que, porra, um só, grande merda. Randal então apóia o cara. Já vai fechar a loja mesmo, se é pra ser irresponsável, que seja direito. E então Dante fica nesse dilema, por alguns segundos até se decidir.
O Balconista é cheio de diálogos assim. É aquele tipo de filme que você só não diz que é perfeito, pois pessoalmente não gostou de tais cenas comparado à outras. Mas no fundo você sabe que você é o problema. Dá vontade de rever agora mesmo. Mas verei o 2 em breve, aguardem.
Nota 9.8
Dante e Randal são amigos que trabalham muito perto um do outro. Dante em uma loja de conveniências e Randal em uma locadora de vídeos, em prédios vizinhos. O filme começa com Dante recebendo uma ligação informando que ele vai precisar trabalhar hoje. Ele vai, claro, já mau humorado. Um tempo depois, Randal chega para conversarem e matar tempo. E o resto do filme conta como foi o dia deles.
O Balconista lida com situações cotidianas de, bem, pessoas que trabalham atrás do balcão, no caixa, lidando com clientes. Não são as histórias de como o atendente de tal loja te tratou mal ou whatever, e sim de clientes peculiares. Naturalmente, eles conversam sobre tudo durante o trabalho. E isso é o destaque desse filme: os diálogos. São geniais. Sabe quando você resolve fazer algo, qualquer coisa, e uma pessoa cita todos os contras e lhe deixa pensando coisas como "hm, realmente, são argumentos válidos.. e agora?"? O Balconista é cheio dessas conversas. São coisas que faltam no mundo, sinceramente. Ninguém diz "você não deveria fazer isso por isso e por aquilo", as pessoas acham que cada um sabe julgar bem o que é melhor para si e para os outros e cada um fica na sua.
Dante é o cara dos dilemas, das reclamações, introspectivo. Randal é a voz interior dele. O lado que diz: que se foda, ninguém se importa, just do it. Tem uma cena que exemplifica muito bem isso. Quando Dante acorda, o chefe dele diz pelo telefone que estaria na loja ao meio-dia e que aí Dante poderia ir embora. O chefe não aparece e o protagonista tinha um jogo de hockey às 14h. No horário do jogo, nada do chefe e os jogadores já estão na loja, pois eles vão jogar num lugar ali perto mesmo. Dante então decide fechar por alguns minutos, "eu nem deveria estar aqui hoje mesmo." Quando está fechando, ainda dentro da loja com Randal, chega um dos jogadores e pede um Gatorade, de graça. Dante hesita, fala que se der pra ele, teria que oferecer para todos os outros também. O cara diz que, porra, um só, grande merda. Randal então apóia o cara. Já vai fechar a loja mesmo, se é pra ser irresponsável, que seja direito. E então Dante fica nesse dilema, por alguns segundos até se decidir.
O Balconista é cheio de diálogos assim. É aquele tipo de filme que você só não diz que é perfeito, pois pessoalmente não gostou de tais cenas comparado à outras. Mas no fundo você sabe que você é o problema. Dá vontade de rever agora mesmo. Mas verei o 2 em breve, aguardem.
Nota 9.8
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