Bonequinha de Luxo (1961)

Título Original: Breakfast at Tiffany's
Direção: Blake Edwards
Roteiro por: George Axelrod, baseado em livro de Truman Capote
País: EUA


Muita controvérsia sobre a minha opinião desse filme. Gostei de tudo. Audrey Hepburn é sempre encantadora e apaixonante. Só não gostei do final. Não é que seja um final muito ruim, mas é que me decepcionou muito. Se estivéssemos vivendo na época do filme, eu teria achado o filme lindo. Incluindo o final. Mas como não estamos nessa época, estamos em 2005, com valores totalmente diferentes, não me agradou tanto. Seguinte:


Audrey Hepburn é uma moça de forte personalidade e bem louca da cabeça. Ela tinha um marido, filhos adotados e uma vida no interior mas abandonou tudo isso, para morar em NY. Então ela começa a viver a esmo, sendo feliz, aproveitando-se dos homens que a acham bonita. Ela tem planos de se casar com homens ricos, só por causa do dinheiro, e não tem vergonha de dizer isso. Ela poderia fazer isso tranquilamente se não fosse o ator principal.

Eles viraram vizinhos e se apaixonam, primeiramente, não aquela paixão de "quero-te pra mim" mas a paixão de "a presença dela me agrada (de uma forma como outras não fazem)". Ele se apaixona por ela primeiro, claro. Aí acontece um monte de coisa. Mas eles não eram propriamente namorados. Eram amigos, íntimos. Mas ele, claro, queria se casar com ela, ter filhos e tudo mais. Ela não era assim. Ele achava que ela o achava um cara diferente, especial, não que nem os ratos (esse é o termo que usavam) que ela usava para sugar.

Então um belo dia, no pleno auge da sua "amizade", ela diz que vai se casar com um brasileiro ricão lá que tinha ido anteriormente à uma festa na casa dela. Por causa do dinheiro, óbvio. Afinal das contas, ela não trabalha, é sustentada por outros. O cara principal, claro, acha um absurdo e disse que a ama e diz que, por isso, ela o pertence. Ela acha isso ridículo, não quer ser presa à uma pessoa (não importa se ela seja a pessoa mais legal do mundo). Diz que não quer ser presa numa jaula. Então ele vem com aquele papo besta, de que ela já está presa numa jaula, que ela mesmo criou, e blá blá blá. Todo esse papo besta pra dizer que ela não pode se sentir triste de vez em quando, e que para que não aconteça mais isso (mas é inevitável!), ela precisava aceitar o amor do cara principal e amar ele também (ela o amava, mas não necessariamente no sentido de "vamos casar e ser felizes pra sempre").

E pq eu me não gostei do final? Pq ela cai no papo furado. Que na verdade é só um "Pq ser feliz sozinha quando se pode ser feliz com alguém que tranca, e eventualmente, cansa, irrita, enoja, etc.?". Ela mesmo diz que era uma besta selvagem, e quanto mais amam uma besta selvagem, mais forte ela fica, para, eventualmente, sair para a selva e tudo mais. Mas, cansadinha de ficar triste uma vez por semana e de sentir um vaziozinho existencial de vez quando, que, claro, a única solução é se envolvendo com alguém para solucionar, ela aceita o que o cara diz e beija ele no final.


Não é que eu achei o final previsível, é que ela não poderia ter feito isso. Ela tinha personalidade muito forte, era independente sentimentalmente. Mas, por fim, ela fica com pena do cara e resolve tentar ser feliz com ele, ou coisa do tipo.


De qualquer forma, o filme é excelente, pois, além de tudo, aborda tal tema consigo.

2 comments:

Anônimo disse...

sage

Anônimo disse...

No livro o final é diferente... Talvez vc gostasse mais...

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