Título Original: Nouvelle Vague
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro por: Jean-Luc Godard
País: França
Caramba, que troço massa! Totalmente diferente de tudo que eu já vi! Isso que ainda é Godard novo, imagina só o antigo.
Eu ia ver o filme ontem de noite, de madrugada, mas acabei ficando com preguiça e me deitei. Sem sono, pensei "ah, vou ver o filme deitado mesmo". Botei play, vi os 5 primeiros minutos e desliguei. Mas e que 5 minutos! Desde o começo já dá pra ver o quão diferente e bonito o filme é. Me apaixonei pela segunda cena do filme (a primeira é verde com cavalos, gostei mais da segunda). A partir daí, quando bateu uma hora de filme, não parava de pensar "Se acabar agora, vai ser perfeito". Queria que acabasse rápido antes que estragasse. Até que acabou, uma hora. Sem estragar.
O filme até tem uma narrativa que tem lógica e que anda, mas isso não é o principal do filme. O principal são os pensamentos, soltos, aleatórios, belos e filosóficos. Um simples jardineiros que questiona a felicidade. Uma conversa de executivos que leva à uma metáfora da sociedade que controla as pessoas. Inúmeros pensamentos sobre amor, o ser humano, decepções. Poderia ir parando o filme de 5 em 5 minutos para anotar as genialidades que falam. O único problema é que as vezes ficavam 3 vozes ao mesmo tempo e só uma legenda. Muitas vezes mais de uma língua sendo falada.
Enfim. Mais Godard, por favor.
Destaque para as seguintes falas do meu personagem favorito do filme: "As lembranças são o único paraíso do qual não seremos expulsos". E segundos depois, "A lembranças é o único inferno ao qual fomos condenados em inocência."
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